A abordagem

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Estava uma daquelas noites em que o cansaço se acumulava em cada parte do meu corpo. Depois de um show em Jeonju, eu só queria algo para comer e um lugar tranquilo para sentar. O barulho das risadas da banda ainda ressoava na minha mente, mas eu precisava de um momento de calma. Então, decidi dar uma passada em uma venda próxima ao hotel.

Assim que entrei, o aroma de comida instantânea e lanches embalados me envolveu. Escolhi algumas coisas rápidas e fui até o caixa. Enquanto esperava, olhei pela janela e avistei uma figura familiar. Era o senhor Kim Hanseo, o dono de uma das melhores gravadoras da Coreia do Sul. Minha mente rapidamente se agitou; a gravadora que poderia mudar nossas vidas. O homem estava parado em uma esquina, fumando um cigarro, com uma expressão que transparecia cansaço.

Eu hesitei por um instante. Ele parecia incomodado, e a última coisa que queria era ser uma dessas pessoas insistentes que só trazem mais aborrecimento. Mas a esperança de levar a nossa música a um novo patamar era forte demais. Assim que paguei pelos lanches, respirei fundo e fui em direção a ele.

— Senhor Kim! — chamei, com um sorriso no rosto. — Que surpresa vê-lo aqui!

Ele virou a cabeça, seus olhos se estreitando ao me reconhecer. O sorriso que ele tentou forçar era menos do que encorajador.

— Ah, Chan, certo? — ele disse, tragando seu cigarro antes de apagar na calçada. — O que você quer?

— Eu só queria conversar um pouco sobre a nossa banda, Stray Kids. Estamos em busca de uma gravadora e pensei que você poderia se interessar pelo nosso som.

Ele soltou um suspiro, claramente incomodado. Não era a primeira vez que eu tentava abordar um executivo da gravadora, e eu sabia que ele provavelmente estava cansado de ouvir propostas semelhantes.

— Olha, eu não estou realmente em busca de novos talentos agora. Estou muito ocupado — respondeu, começando a se afastar.

Mas a determinação que crescia dentro de mim era mais forte do que a hesitação.

— Por favor, senhor Kim! — insisti, seguindo-o. — Temos algo especial. Nossa música é diferente e estamos realmente prontos para dar um passo à frente. Eu só preciso de uma chance para mostrar isso.

Ele parou e me olhou com uma mistura de irritação e curiosidade.

— Uma chance? — ele perguntou, levantando uma sobrancelha. — Todos dizem isso, Chan. O que faz vocês acharem que são diferentes?

— Porque somos — respondi, sentindo a adrenalina correr. — Trabalhamos duro, somos dedicados e acreditamos no que fazemos. Eu só preciso que você ouça um dos nossos shows. Uma apresentação. Se não gostar, eu juro que não vou te incomodar novamente.

O homem olhou para mim por um momento que pareceu durar uma eternidade, enquanto eu mantinha o olhar fixo. Eu sabia que não poderia desistir agora.

— Está bem — finalmente disse, com um tom resignado. — Você tem apenas uma chance. Aqui — ele tirou um cartão do bolso e me entregou. — Ligue e marque uma apresentação. Mas se eu não gostar, você não vai ter uma segunda oportunidade.

Senti uma onda de alívio, mas também uma pressão imensa.

— Obrigado, senhor Kim! — exclamai, incapaz de esconder o sorriso no rosto. — Nós não vamos desapontá-lo.

Ele apenas acenou com a cabeça, como se já estivesse cansado da conversa. Enquanto ele se afastava, eu olhei para o cartão, meu coração acelerado. Aquela poderia ser a nossa chance. Uma oportunidade que não podíamos deixar passar.

Com um misto de esperança e ansiedade, eu voltei para o hotel, sabendo que precisava reunir a banda e preparar algo incrível para mostrar ao senhor Kim. Era o momento que esperávamos. E eu estava determinado a fazê-lo valer a pena.

You're my morning sun Onde histórias criam vida. Descubra agora