You're my morning sun

Descobrindo novos elementos

Em 1974, a atmosfera na banda era eletricamente criativa. Todos nós estávamos imersos na composição de novas músicas, trabalhando duro para criar um álbum que representasse cada um de nós. A energia no estúdio era contagiante, e todos tinham algo a contribuir, seja nas letras ou arranjos. No entanto, eu estava em um estado totalmente diferente, completamente louco.

Naquela época, eu me entregava a tudo. Os comprimidos se tornaram parte da minha rotina; eu os tomava de hora em hora, buscando um alto que parecia nunca ser suficiente. A adrenalina dos shows e o frenesi das noites sem dormir me deixavam inquieto, e eu precisava de mais. Foi então que decidi colocar um piercing na sobrancelha. Olhei no espelho e gostei do que vi: um visual ousado, uma nova forma de me expressar.

Felix, por outro lado, estava passando por sua própria transformação. Ele havia furado as duas orelhas, enchendo-as de brincos e piercings que refletiam sua personalidade vibrante. Eu devo admitir, ele estava sexy pra caralho. A maneira como os brincos brilhavam em seu rosto e como ele se movia enquanto cantava era hipnotizante. Havia algo de irresistível na confiança que ele exibia, e eu não conseguia tirar os olhos dele.

— E aí, Hyunjin, o que você achou? — Felix perguntou um dia, enquanto estava no estúdio ajustando um dos brincos.

— Você está se parecendo cada vez mais com uma estrela do rock — respondi, com um sorriso. — Isso é bem sexy, cara.

Ele sorriu de volta, um brilho travesso nos olhos.

— Obrigado, eu acho que estou apenas tentando acompanhar sua loucura.

A verdade é que estávamos todos explorando novas facetas de nós mesmos. Os ensaios tornaram-se não apenas uma oportunidade de criar música, mas também um espaço onde cada um poderia ser livre. Lembro de Jisung tocando bateria com mais intensidade do que nunca, enquanto Jeongin e Seungmin trabalhavam em harmonias vocais que faziam os cabelos se arrepiar.

— O que você está pensando para essa nova música? — Chan perguntou, interrompendo meu devaneio.

— Acho que precisamos de algo que capture essa energia que estamos sentindo — respondi, piscando para Felix. — Algo que faça as pessoas sentirem que estão em uma montanha-russa.

— Concordo — Felix disse — Precisamos de uma batida forte e letras que façam todo mundo se levantar e dançar.

Naquele momento, todos nós nos unimos, começando a discutir ideias. As vozes se sobrepunham, cada um tentando se fazer ouvir em meio ao caos criativo. Felix estava no centro disso, sua energia contagiando todos nós, e eu não conseguia deixar de admirar o quanto ele estava crescendo, tanto como artista quanto como pessoa.

Mas por trás de toda essa vibração positiva, havia uma sombra se aproximando. A intensidade da vida que estávamos vivendo começou a se manifestar de maneiras que eu não queria reconhecer. Era fácil se perder naquele mundo de música, festas e excessos, mas eu sabia que, em algum momento, teríamos que enfrentar as consequências de nossas escolhas.

Por agora, estávamos juntos, criando algo incrível, e isso era tudo que importava.