Capítulo 41

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Grayson

Foi complicado, mas consegui convencer Luna de ir dormir no meu quarto, ou melhor, no nosso quarto.

Apesar de eu ter pedido perdão e ela perdoado, ainda sinto que ela está de mal comigo. Consigo deduzir por essa noite mesmo, pois a garota não deixa eu agarrá-la para dormir como todas as noites.

- Luna... - A puxo pela cintura para deixá-la mais perto de mim. - Você disse que tinha me perdoado.

- E eu perdoei. - Ela cruza os braços na altura dos seus seios, impedindo minhas mãos entrarem por sua blusa.

- Então porque não está deixando eu ficar mais perto de você? - A viro para mim, Luna mantém os braços cruzados, pressionando seus seios e consequentemente os deixando maiores.

Ela tem uma expressão de saber muito bem o que está fazendo.

- Você está de castigo por ter sido um bobão comigo.

Um bobão. Já fui chamado de tantas coisas piores que nem considero isso como um insulto a minha pessoa.

- Ah não, não diga isso. - faço minha melhor atuação de uma pessoa em desespero para arrancar um riso da garota, e felizmente funciona.

- Estou falando muito sério.

- O que esse pobre súdito pode fazer para ter seu perdão?

- Mil panquecas de chocolate! - Ela não excita em dizer.

- Algo mais?

- Você vai ter que ficar o dia de amanhã todinho comigo. - Fala como se fosse uma tortura para mim.

Luna é tão fácil de agradar, como pude tratá-la daquela maneira e a magoar?

- Certo, você terá tudo que você quiser.

- Mesmo?

- Sim.

Como não quer nada, círculo sua cintura com meus braços novamente, mas Luna tenta sair do meu aperto.

- Você ainda está de castigo Grayson, nada de carinho.

Grayson? Onde foi parar o Anjinho?

- Não seja má com seu Anjinho. - Reforço o apelido para deixar claro a maneira que deve me chamar. - Eu sei que fui um filho da pu...

- Um bobão. - A garota me corrige e sorrio com sua fofura.

- Um bobão. Mas estou muito arrependido. - Digo sério.

- Só está assim porque ficou de castigo.

- Claro que não. Eu passei a semana longe do meu Anjo, como não vou desejar seu carinho? - Luna tem um leve rubor em suas bochechas, ser o causador disso me agrada muito. Ela gosta quando eu a chamo de Anjo.

Luna tem total razão de estar chateada comigo, fui um filho da puta, quero dizer, um bobão.

Os dias que passei fora só serviram para reafirmar um pensamento que eu tinha.

Posso até continuar com meus trabalhos de assassino, mas não posso continuar nas mãos de John, onde a vida de Luna estará em perigo.

Não posso e não quero mais passar tantos dias fora a trabalho para meu chefe, agora eu tenho uma garota que me espera ansiosamente em casa com brilho nos olhos. E se quero manter esse brilho preciso me desvincular dessa vida que fui obrigado a viver desde meus oito anos, pois isso só traz a tona o meu pior lado, o insensível, grosso, empático e frio, essa semana foi a verdadeira prova disso.

Luna não merece esse lado feio, ela merece tudo do melhor. Não garanto ser um príncipe em um cavalo branco, mas posso ser seu Anjinho por quanto tempo ela desejar.

Por isso que meu chefe tem que morrer e logo.

Dessa forma, passei esses dias na Alemanha a encontro de dois antigos conhecidos que podem me ajudar em parte com meu plano de matar John.

Aaron estará me ajudando na parte bélica e com seus soldados para imobilizar os incontáveis seguranças que rodeiam John. E sua mulher, Octavia, estará na parte de conseguir apagar meus dados que meu chefe mantém a sete chaves.

O plano logo será colocado em prática e se der tudo certo, poderei viver tranquilamente ao lado de Luna e talvez, apenas talvez, se ela estiver de acordo, eu poderei definitivamente chamá-la de minha.

Enquanto esse momento não chegar quero estar parto de Luna, com ela acariciando meus cabelos enquanto fico com a cabeça deitada em seu busto.

- Não gosto de ficar desentendida com você, Anjinho, machuca meu coração.

- O meu também.

É impressionante como consigo falar facilmente sobre meus sentimentos e os demonstrar quando estou com ela.

- Luna. - Seguro seu rosto delicado. - Não quero que guarde nada para si, se eu fizer ou disser algo de errado, quero que fale para mim.

- Tá bom.

- Estou falando sério, não quero que haja outra falta de comunicação entre nós.

- Também não quero.

E é assim que passamos a madrugada, entrelaçados um no outro enquanto eu ouvia a garota falar sobre como foi sua semana e sobre o que eu perdi.

[...]

Acordo no paraíso, com Luna acariciando meu fios loiros enquanto estou deitado na curva de seu pescoço, me deixando inebriado com seu cheiro de baunilha. Contorno pequenos círculos com meu indicador por cima da camisa de Luna.

Criei uma obsessão estranha pelos seios de Luna, não consigo explicar essa fixação por eles. Felizmente a garota não demonstrou nenhum desconforto com isso, então continuo colocando minhas mãos neles por cima de sua camisa ou entre eles, e deitar minha cabeça na alturas deles enquanto agarro sua cintura.

Algumas vezes pensamentos estranhos passam por minha cabeça e me levam a diversas imaginações. Como seria seus peitos em minha boca, ou melhor, e se saísse leite.

Não, não, não.

Isso nunca irá acontecer.

Não tenho nada - ainda - com Luna para pedir algo do tipo e mesmo se eu tivesse, não posso pedir algo assim, é estranho, Luna nunca iria permitir eu mamar em seus seios.

- Anjo, preciso levantar. - Digo sem vontade nenhuma.

- Ah não, fica mais um pouquinho aqui comigo.

- Preciso fazer suas mil panquecas.

- Elas podem esperar um pouquinho. - Sinto beijos serem transferidos repetidamente em minha cabeça. - Quero ficar com o Anjinho agora.

Essa garota me deixa sem palavras e sem fôlego.

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Quero agradecer todo carinho que a história e eu tem recebido, isso me alegra e me motiva de um jeito que vocês não tem noção. Muito obrigada por tudo mesmo.

E já adianto, planejo fazer um livro sobre Aaron e Octavia!

Olhos AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora