[𝐕𝐈]. 𝑬 𝑸𝑼𝑨𝑵𝑫𝑶 𝑻𝑼𝑫𝑶 𝑪𝑶𝑴𝑬𝑪̧𝑶𝑼 𝑨 𝑫𝑨𝑹 𝑬𝑹𝑹𝑨𝑫𝑶

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CONNOR! KATIE GARDNER O REPREENDEU. ELA soou como sua mãe, Deméter. ― Isso é sério. Você não vai saquear uma loja de doces no meio de uma guerra!

Desculpa ― Connor murmurou, mas ele não parecia muito envergonhado.

Annabeth passou a mão na frente do escudo, que era uma das invenções de Dédalo, forjado por Beckendorf antes de... bem, antes de aquilo acontecer, e outra cena apareceu: FDR Drive, passando pelo rio na Lighthouse Park.

― Isso nos permitirá ver o que está acontecendo pela cidade ― ela disse. ― Obrigado, Argos. Espero que possamos te ver novamente no acampamento... algum dia.

Argos grunhiu. Ele deu para Percy uma olhada que obviamente significava Boa sorte; você vai precisar, então entrou na van. Ele e as duas harpias motoristas deram a volta, costurando entre grupos de carros parados que enchiam a rua.

Percy assoviou para Sra. O'Leary, e ela veio pulando.

― Ei, garota! ― Ele disse. ― Você se lembra do Grover? O sátiro que encontramos no parque?

― WOOF!

Ele esperava que isso significasse Claro que lembro! E não, Você tem mais cachorros-quentes?

― Eu preciso que você o encontre. Certifique-se de que ele ainda está acordado. Vamos precisar da ajuda dele. Entendeu? Encontre Grover!

Sra. O'Leary o deu um beijo lambuzado e molhado, o que parecia meio que desnecessário. Ela correu para o norte.

Pollux se agachou perto de um policial adormecido.

― Eu não entendo. Por que não adormecemos também? Por que só os mortais?

― Esse é um feitiço muito grande ― Silena Beauregard disse. ― Quanto maior o feitiço, mais fácil é resistir. Se você quiser fazer milhões de mortais dormirem, você tem que arremessar uma camada muito fina de mágica. Adormecer semideuses é bem mais difícil.

Percy olhou impressionado para ela.

― Quando você aprendeu tanto sobre mágica?

Silena ficou vermelha.

― Eu não passo todo o meu tempo no meu armário, sabe?

― Percy ― Annabeth chamou. Ela ainda estava olhando para o escudo. ― Seria bom você ver isso.

A imagem no bronze mostrava o estreito de Long Island perto do La Guardia. Uma frota de lanchas vinha nas águas escuras direto para Manhattan. Cada barco estava cheio de semideuses em armaduras completas. Na traseira do barco líder, uma bandeira roxa com uma foice preta ondulava na brisa da noite. Percy nunca tinha visto aquela bandeira antes, mas não era difícil deduzir: a bandeira de batalha de Cronos.

― Faça uma varredura do perímetro da ilha ― Percy se apressou. ― Rápido.

Annabeth mudou a cena para o norte, para o porto. A Balsa Staten Island estava passando pelas ondas perto da Ellis Island. O deque estava infestado de dracaenae e um bando de cães infernais. Nadando na frente do barco estava um monte de mamíferos marinhos. De primeira, Percy pensou que fossem golfinhos. Depois viu suas caras de cachorro e as espadas presas à suas cinturas, e percebeu que eles eram Telequines – demônios marinhos.

A cena mudou de novo: o litoral de Jersey, bem na entrada do Túnel Lincoln. Um grupo variado de centenas de monstros estava marchando pelas ruas com o tráfego parado: gigantes com seus bastões, ciclopes desonestos, alguns dragões cuspidores de fogo, e só para dificultar, um tanque Sherman da época da Segunda Guerra Mundial que tirava todos os carros do caminho enquanto rumava estrondosamente pelo túnel.

𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)Onde histórias criam vida. Descubra agora