[𝐈𝐈𝐈]. 𝑨 𝑴𝑰𝑺𝑺𝑨̃𝑶 𝑸𝑼𝑬 𝑵𝑰𝑵𝑮𝑼𝑬́𝑴 𝑨 𝑵𝑨̃𝑶 𝑺𝑬𝑹 𝑨𝑵𝑵𝑨𝑩𝑬𝑻𝑯 𝑷𝑬𝑫𝑰𝑼

1K 127 64
                                    

LENTAMENTE, BELLE ARRUMAVA SUAS coisas para a missão. Ela não tinha uma mochila de tamanho adequado para que usasse na missão, mas felizmente, Katie Gardner fez a gentileza de lhe dar uma que não usava mais com espaço o suficiente para que guardasse suas coisas: uma muda de roupas, um saco de dormir, pilhas, lanterna, caixa de fósforos, isqueiro, seu kit de tricô e um cantil com água. Ainda tinha um cantil com Néctar e um saco hermético com Ambrosia, que havia sido dado a ela, Annabeth e Percy por Quíron.

Noir voaria um pouco distante, mas ainda assim a acompanharia. O que era muito bom, quer dizer, ao menos teria uma companhia que a deixava confortável.

Isso é algo que terá que fazer sozinha, Belle, foi o que a dissera. Terei que informar o que está acontecendo ao Meu Senhor.

Ao contrário de Percy e Annabeth, Belle não havia ficado para se despedir dos campistas que foram vê-los, tratando de subir logo a colina, onde Quíron estava em sua cadeira de rodas.

— Você tem tudo pronto? Tudo o que precisa? — Quíron lhe perguntou com simpatia.

— Esperançosamente, sim — Belle começa a brincar com o pingente preso à pequena corrente que ligava um anel ao outro em seus dedos. — Quíron eu... Eu... Sinto muito. Por todo o incômodo...

Quíron a olhava, mas Belle manteve teimosamente os olhos em suas mãos. O olhar do centauro era gentil, só que ela não sabia disso.

— Criança, isso não é culpa sua. Suas ações mostrarão isso ao Olimpo.

Belle assentiu, sem mais nada a dizer. Apesar de estar se sentindo culpada em partes por todo o transtorno para o Acampamento, não conseguia tirar da cabeça de que seu pai não era o responsável por aquilo, mesmo que todas as provas – coincidentemente – apontassem para isso. Sabia que, de alguma maneira, seu pai não tinha nada a ver com aquilo.

Era exatamente por isso que havia se oferecido para ir junto. Para provar que seu pai era inocente.

Mas não era como se fosse compartilhar tal pensamento com alguém. Ninguém a daria ouvidos, de qualquer maneira. Quer dizer, quem poderia estar interessado nos pensamentos de uma filha de Hades, não é verdade?

— Este é Argos — Quíron disse a Percy assim que ele, Annabeth e Grover chegaram ao topo da Colina. — Ele vai levar vocês de carro até a cidade e, ahn, bem, ficar de olho em tudo.

Passos apressados farfalhavam a grama atrás deles. Era Luke correndo colina acima carregando uma caixa de sapatos.

— Ei! — ofegou ele. — Ainda bem que alcancei vocês.

Annabeth corou, como sempre acontecia quando Luke estava por perto.

— Só queria desejar boa sorte — disse diretamente para Percy. — E pensei... Ahn, quem sabe você poderia usar isso.

Ele o entregou a caixa, dentro, havia tênis, que pareciam bastante normais.

Luke disse:

Maia!

Asas brancas de ave brotaram dos calcanhares, surpreso, Percy os deixou cair. Os tênis bateram as asas no chão até que estas se dobraram e desapareceram.

— Impressionante! - Disse Grover.

Luke sorriu.

— Ajudaram muito quando eu estava na minha missão. Presente do papai. É claro, eu não os uso muito hoje em dia... —sua expressão tornou-se triste.

Percy não sabia o que dizer com isso. Já era bem legal o fato de Luke ter ido se despedir. Tinha receio de que ele estivesse magoado por Percy ter ganhado tanta atenção nos últimos dias. Mas ali estava ele, com um presente mágico... Aquilo o fez corar quase tanto quanto Annabeth.

𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)Onde histórias criam vida. Descubra agora