[𝐕𝐈]. 𝑺𝑰𝑻𝑼𝑨𝑪̧𝑶̃𝑬𝑺 𝑫𝑬𝑺𝑬𝑺𝑷𝑬𝑹𝑨𝑫𝑶𝑹𝑨𝑺 𝑬𝑿𝑰𝑮𝑬𝑴 𝑴𝑬𝑫𝑰𝑫𝑨𝑺 𝑫𝑬𝑺𝑬𝑺𝑷𝑬𝑹𝑨𝑫𝑨𝑺

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PERTO DO FIM DO SEGUNDO DIA NO trem, em 13 de junho, oito dias antes do solstício de verão, eles passaram por algumas colinas douradas e sobre o rio Mississippi, e finalmente, entraram em St. Louis.

Annabeth esticou o pescoço para ver o Portal em Arco, que para Percy, não passava de uma enorme alça de sacola de compras fincada na cidade.

— Eu quero fazer aquilo — suspirou ela.

— O quê? — Percy perguntou.

— Construir algo como aquilo. Você já viu o Partenon, Percy?

— Só em fotos.

— Algum dia vou vê-lo em pessoa. Vou construir o maior monumento aos deuses que já foi feito. Algo que vai durar mil anos.

Depois de todos esses anos isso ainda não mudou, então..., Belle pensou distraída enquanto ainda mantinha seu olhar sobre a paisagem.

Ele riu.

— Você? Uma arquiteta?

Ele não sabia o porquê, mas achou aquilo engraçado: a ideia de Annabeth, tendo hiperatividade como tinha, tentando ficar sentada em silêncio, desenhando o dia inteiro.

As bochechas dela coraram.

— Sim, uma arquiteta. Atena espera que seus filhos criem coisas, não apenas as derrubem, como um certo deus dos terremotos.

Percy mudou seu olhar para as águas marrons e turbulentas do Mississippi embaixo. Belle apenas escutava. Uma discussão daqueles dois durante a missão já havia se tornado algo corriqueiro.

— Desculpe — disse Annabeth. — Isso foi maldoso.

— Não dá para trabalharmos juntos? — ele implorou. — Quer dizer, Atena e Poseidon não poderiam colaborar um com o outro?

Annabeth teve de pensar a respeito.

— Eu acho... A biga — disse ela, hesitante. — Minha mãe a inventou, mas Poseidon criou os cavalos saídos das cristas das ondas. Então eles tiveram de trabalhar juntos para torná-la completa.

— Então nós também podemos colaborar um com o outro desse jeito. Certo?

Eles entraram na cidade. Annabeth mantinha seu olhar no Arco conforme o monumento desaparecia atrás de um hotel.

— Acho que sim — disse, por fim.

Graças aos deuses....

Enfim chegaram na estação da rede ferroviária no centro da cidade. O alto falante avisava que teriam uma parada de três horas antes de partirem para Denver.

Belle considerou. Será se ela também deveria contribuir para melhorar o clima daquele grupo para uma missão pacífica? Ela não estava se sentindo particularmente benevolente para com aqueles dois, mas... bem, alguns sacrifícios se faziam necessários de vez em quando, certo?

Grover se espreguiçou. Ainda despertando, disse:

— Comida.

— Gostaria de dar um passeio comigo, Grover? — Belle perguntou.

— Passeio?

— Você está com fome, não? Vamos até o Portal em Arco, lá é um ponto turístico, então certamente deve haver alguma lanchonete dentro do nosso orçamento. Como ainda temos algumas horas, não acho que será um problema — ela voltou sua atenção para Annabeth. — Você também está vindo?

Annabeth piscou, logo em seguida assentiu avidamente. Belle notou que seus olhos cinzas brilhavam animados.

— Sim! Pode ser a minha única oportunidade de subir até o topo. Estou dentro.

𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)Onde histórias criam vida. Descubra agora