DEPOIS DE UM COCHILO MAIS DO QUE NECESSÁRIO e ter ousado consumir mais Néctar do que deveria, Isabelle se sentiu um pouco mais como si mesma e pôde ficar junto com os outros campistas – após ter trocado o seu peitoral da armadura –, que já se preparavam para enfrentar a nova onda de monstros e semideuses do exército de Cronos.
A situação deles não poderia ser pior, entretanto. O Chalé de Hefesto estava sem fogo grego. O Chalé de Apolo – os poucos que sobraram – corriam como loucos pelas ruas recuperando o máximo de flechas que podiam encontrar. Havia dezesseis campistas e meia dúzia de sátiros e espíritos da natureza que estavam em forma para o combate. Todos os outros se refugiaram no Olimpo. Os pôneis de festa tentaram se organizar em fileiras, mas cambaleavam e riam sem parar, todos cheiravam a cerveja. Os texanos batiam sua cabeças contra os de Colorado. A filial de Missouri discutia sem parar com a de Illinois. No momento, tinham grandes chances de eles começarem a lutar entre si antes da ameaça de verdade chegar.
Quíron se aproximou trotando, Rachel estava em suas costas.
— Sua amiga aqui tem algumas ideias úteis, Percy — disse ele.
Rachel corou.
— São apenas algumas coisas que vi em minha cabeça.
— Um Drakon — disse ele. — Um Drakon de Lídia, para ser exato. O tipo mais antigo e perigoso.
Percy olhou para ela.
— Como você sabia disso?
— Eu não tenho certeza — ela admitiu. — Mas esse Drakon tem um destino específico. Ele será morto por uma criança de Ares.
Annabeth cruzou seus braços.
— Como você poderia saber disso?
— Eu apenas vi. Não consigo explicar.
— Bem, então vamos esperar que você esteja errada — Percy disse. — Porque nós estamos sem disponibilidade de filhos de Ares e-
E com isso, ele xingou baixinho em Grego Antigo.
— O que foi? — Isabelle perguntou.
— O espião — Percy esclareceu. — No meu sonho, Cronos disse que ele sabia que nós não poderíamos vencer esse Drakon. O tal espião o mantém atualizado. Cronos sabe que o Chalé de Ares não está lutando conosco. Ele escolheu intencionalmente um monstro que não podemos matar.
Thalia fez uma careta.
— Se algum dia eu pegar esse espião, ele vai se arrepender muito. Talvez possamos enviar outro mensageiro para o Acampamento...
— Eu já fiz isso — Quíron disse. — Blackjack está a caminho. Mas se Silena não foi capaz de convencer Clarisse, duvido que Blackjack consiga-
Um rugido sacudiu o chão e tudo ao redor. Parecia muito próximo.
— Rachel — Percy disse —, entre no prédio.
— Eu quero ficar.
Uma enorme sombra encobriu completamente o sol. Do outro lado da rua, o Drakon deslizou pela lateral do arranha-céu. Ele rugiu e o vidro de mais de mil janelas explodiram.
— Pensando bem — Rachel disse trêmula e em voz baixa —, estarei lá dentro.
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Todos eles tiveram aulas de lutas contra Drakons no Acampamento, mas não tinha como se estar definitivamente preparado para uma serpente de sessenta metros, tão larga quanto um ônibus escolar, escorregando pelo lado de um edifício, com olhos amarelos como faróis e sua boca cheia de dentes afiados como navalhas e grandes o suficiente para mascar um elefante – até não podiam petrificar ninguém como os de Medusa, mas ainda assim era capaz de congelar qualquer um no lugar de medo.
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𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)
FanfictionCom a chegada de Percy Jackson no Acampamento Meio-Sangue, Belle De La Vie tem a sensação de que nunca mais conseguiria um único momento de perfeita paz em sua vida. De repente, tendo que lidar com o fato de que há mais sobre seu passado e a históri...