[𝐈𝐕]. 𝑬𝑴 𝑵𝑶𝑴𝑬 𝑫𝑬 𝑯𝑨𝑫𝑬𝑺, 𝑷𝑶𝑹 𝑸𝑼𝑬̂?

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PERCY SE SENTOU REPENTINAMENTE ERETO na cama, suas mãos agarravam as cobertas com força. Não havia nenhum som no seu chalé exceto pelo gorgolejar da fonte de água salgada. O relógio na mesa de cabeceira apontava que era pouco mais que meia-noite.

Somente um sonho. Aquele definitivamente era um sonho, quer dizer, não era incomum de vez em quando ter sonhos estranhos; corriqueiro para todo semideus. Mas se era mesmoum sonho, porque estava com uma súbita vontade de ir até o Chalé de Hermes e ver se Bella estava realmente lá?

Não. Estava se precipitando. Foi só um sonho. Sim, só um sonho. Nada mais.

Percy ficou ali, repetindo aquela frases vezes e vezes em sua cabeça. Queria acreditar nisso.

Ele não dormiu pelo resto da noite.

Na manhã seguinte, Percy decidiu contar para Grover sobre o sonho que tivera. Especialmente quando Bella não aparecera para o café da manhã (ela sempre aparecia. Mesmo quando não comia nada. Nunca pulou suas oferendas para Hades).

— Um teto de caverna desabou sobre ela? — ele perguntou.

— Isso. O que diabos isso significa? Eu meio que estou em pânico considerando que ainda não a vi no Acampamento.

Grover balançou a cabeça. Ele enrolava seu dedo no pelo desgrenhado da perna.

— Eu não sei. Mas depois do que Zoë sonhou-

— Uou. O que você quer dizer? Zoë teve um sonho como esse?

— Eu... eu não sei, exatamente. Por volta das três da manhã ela veio à Casa Grande e exigiu falar com Quíron. Ela parecia realmente em pânico.

— Espere, como você sabe isso?

Grover corou.

— Eu estava meio que acampado do lado de fora do chalé de Ártemis.

— Para quê?

— Apenas para estar, você sabe, perto delas.

— ... Você é um perseguidor com cascos.

— Não sou! De qualquer maneira, eu a segui até a Casa Grande e me escondi num arbusto e observei a coisa toda. Ela ficou realmente perturbada quando Argo não a deixou entrar. Foi uma cena meio perigosa.

Percy tentou imaginar aquilo. Argo era o chefe da segurança do Acampamento – um cara grande loiro com olhos por todo o seu corpo. Ele raramente aparecia a menos que alguma coisa séria estivesse acontecendo. Se a coisa toda foi tão perigosa quanto Grover fazia parecer, não iria querer fazer apostas em uma luta entre ele e Zoë Doce-Amarga.

— O que ela falou?

Grover fez uma careta.

— Bem, ela começa a realmente falar à moda antiga quando fica contrariada, então estava um pouco difícil de entender, mas era alguma coisa sobre Ártemis estar com problemas e precisando das Caçadoras. Aí ela chamou Argo de palhaço de cérebro fervido... eu acho que isso é uma coisa ruim. Então ele a chamou de-

— Uou, espera. Como pode Ártemis estar com problemas?

— Eu... bem, finalmente Quíron veio com seus pijamas e sua cauda de cavalo com cachinhos e-

— Ele faz cachinhos em sua cauda?

Grover tapou a boca dele.

— Desculpe. Continue.

— Bem, Zoë disse que precisava de permissão para sair do Acampamento imediatamente. Quíron recusou. Ele a lembrou de que as Caçadoras deviam ficar em espera até receberem ordens de Ártemis. E ela falou... — Grover engoliu em seco — ela falou: "como nós vamos receber ordens de Ártemis se Ártemis está perdida?"

𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)Onde histórias criam vida. Descubra agora