[𝐕𝐈𝐈𝐈]. 𝑬𝑵𝑻𝑹𝑬𝑻𝑬𝑵𝑰𝑴𝑬𝑵𝑻𝑶 𝑶𝑳𝑰𝑴𝑷𝑰𝑨𝑵𝑶

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QUANDO ENCONTRARAM O PARQUE AQUÁTICO, o sol estava se pondo atrás das montanhas. A julgar pela placa, outrora se chamara AQUALÂNDIA, mas agora algumas letras haviam sido arrancadas, então dizia AQU L D A.

O portão principal estava fechado com cadeado e com arame farpado. Dentro, enormes escorregadores, tubos e canos se retorciam por toda parte; estavam secos, desembocando em piscinas vazias. Velhos ingressos e folhetos subiam do asfalto com o vento. Com a noite chegando, o lugar parecia triste e arrepiante.

— Se Ares traz a namorada aqui para um encontro — Percy falou, olhando para o arame farpado —, acho que não gosta de ser visto com ela.

Belle ergueu uma de suas sobrancelhas. Ou Percy Jackson era muito corajoso, ou só muito ignorante.

— Percy — advertiu Annabeth —, tenha mais respeito.

— Por quê? Pensei que você detestasse Ares.

— Ainda assim, ele é um deus. E a namorada dele é muito temperamental.

— Não queremos ofendê-la — acrescentou Grover.

— Quem é? Equidna?

— Não seja ridículo — Belle rebateu.

— Não, Afrodite — disse Grover, um pouco sonhador. — A deusa do amor.

— Pensei que ela fosse casada com alguém? Hefesto...

— E daí? — rebateu Grover.

— Ah... — Percy limpou a garganta. Se ocupando com olhar ao redor do parque aquático. — Então, como fazemos para entrar?

Maia! — os tênis de Grover criaram asas. Ele voou por cima da cerca, deu um mortal involuntário no ar, depois pousou cambaleando no lado oposto e finalizou sacudindo o pó dos seus jeans, como se tivesse planejado tudo aquilo. — Vocês vêm?

Suspirando, Belle de um passo e entrou nas sombras e em um piscar de olhos surgiu atrás de Grover, do outro lado da cerca.

— E então?

Annabeth e Percy tiveram de escalar à moda antiga, empurrando o arame farpado um para o outro enquanto se arrastavam por cima do topo.

As sombras se alongaram cada vez mais enquanto os quatro caminhavam pelo parque, conferindo as atrações. Havia a Ilha dos Pequeninos, o Por cima da Cabeça e o Cara, Cadê o Meu Calção?

Nenhum monstro surgiu do nada para pegá-los. Nada fazia o menor barulho.

Em sua exploração, encontraram uma loja de lembrancinhas que fora deixada aberta. Ainda havia mercadorias enfileiradas nas prateleiras: globos de neve, lápis, cartões-postais, e prateleiras de...

— Roupas — disse Annabeth —, roupas limpas.

— É... — Percy disse. — Mas você não pode simplesmente-

— Observe-me.

Agarrando uma fileira inteira de artigos das prateleiras, desapareceu dentro do provador. Poucos minutos depois, saiu vestindo short estampado de flores da Aqualândia, uma grande camiseta vermelha da Aqualândia e sapatilhas de surfe temáticas da Aqualândia. Pendurada no ombro, uma mochila da Aqualândia, obviamente recheada de outras coisinhas da Aqualândia.

— Ora, que se dane — Grover encolheu os ombros.

Logo os quatro pareciam anúncios com pernas do parque temático fantasma.

Belle não poderia dizer que estava confortável com aquelas roupas, mas era bom não estar mais vestida em trapos. O roxo daquela camisa da Aqualândia também era muito bonito – preferia não opinar sobre o short florido, entretanto.

𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)Onde histórias criam vida. Descubra agora