[𝐗𝐈𝐈𝐈]. 𝑵𝑶 𝑰𝑵𝑰́𝑪𝑰𝑶 𝑫𝑬 𝑨𝑮𝑶𝑺𝑻𝑶, 𝑨 𝑫𝑬𝑪𝑳𝑨𝑹𝑨𝑪̧𝑨̃𝑶 𝑫𝑬 𝑮𝑼𝑬𝑹𝑹𝑨

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— ENTÃO VOCÊ É A MINHA RECEPÇÃO? — PERCY perguntou enquanto descia do táxi e subia a colina.

A voz dele é o que tira Belle de dentro de seus pensamentos. Ela ergue seu olhar para ele e deixa de mexer nos anéis que havia adquirido no Hotel & Cassino Lótus.

— Tente não soar tão decepcionado, sim? — ela cruzou seus braços. — E é bom ver que você não foi pulverizado por Zeus.

— É bom não ter sido pulverizado por Zeus.

Ela o olha por um tempo.

— Como está sua mãe?

— Muito bem e feliz que estou vivo.

Ela assentiu e os dois começaram a subir a colina, onde todos certamente estavam esperando pelo retorno triunfal do filho de Poseidon, Perseu Jackson.

— Seu padrasto morreu — ela diz abruptamente. O que fez com que Percy tropeçar em seus próprios pés.

— Como... como você sabe disso?!

— Porque eu conheço você — ela deu de ombros. — E o seu padrasto está relacionado com você, então eu sei. Isso foi há alguns minutos, aliás. — ela olhou para seu rosto surpreso — Parabéns.

Percy assentiu estupidamente.

— Ah! — ele disse de repente. — Sua fita! — desamarrando a fita vermelha do pulso, a devolveu para Belle — Obrigado. O amuleto de proteção da filha do Senhor dos Mortos foi muito útil...

Duvido muito, mas que seja...

— ... Fico feliz...

Os dois continuaram o caminho em um tranquilo e pela primeira vez, nenhum pouco incômodo silêncio.

— Eu... Queria te pedir desculpas... — Percy começou. A voz claramente nervosa.

Belle inclinou a cabeça.

— Pelo o que?

— Ah! Você sabe... O roubo do Raio e Hades... E eu não ter acreditado em você... E o jeito que eu falei com você naquela vez... Não foi legal.

Belle tinha que admitir: Percy Jackson parecia ter mais honra do que ela o julgara ter inicialmente. A princípio, estava determinada a nem sequer o dignar um olhar após o fim dessa missão e voltar à morosidade que eram seus dias antes de quase ter sido atingida pelo primeiro raio... mas... por alguma razão, algo no fundo de sua mente lhe dizia que isso seria difícil de conseguir de agora em diante.

Belle não era uma pessoa que perdoava fácil – toda a situação dela com o Chalé de Ares (especialmente agora) é uma prova disso – contudo, Percy e Belle eram crianças dos Três Grandes com uma Profecia pairando sobre suas cabeças. O peso do destino da Civilização Ocidental estavam em seus ombros. Querendo ou não, precisavam se ajudar... Se quisessem pelo menos chegar na adolescência.

Não era o ideal, mas estava disposta a manter uma relação cordial com Percy Jackson por sua sobrevivência – não uma amizade, já que não se julgava capaz de manter uma amizade com um filho de Poseidon – enquanto a conclusão daquela Profecia não chegava, a cordialidade seria mantida.

Ela ainda queria o dar um soco bem dado por não a dar ouvidos, mas por enquanto, isso poderia ficar em espera.

— Foi uma situação muito bem armada. A desconfiança era inevitável — ela o olhou. — Tudo bem que eu poderia ao menos ser ouvida e não ignorada. Eu avisei, alertei. Mas algumas pessoas preferem quebrar a cara por si mesmas, não é verdade? "Não devemos julgar um livro pela capa", é o que eu sempre digo. Bem, que essa experiência nos sirva para não sermos tão quadrados.

𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)Onde histórias criam vida. Descubra agora