𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)

[𝐕𝐈𝐈]. 𝑩𝑬𝑳𝑳𝑬 𝑻𝑬𝑴 𝑴𝑼𝑰𝑻𝑶𝑺 𝑺𝑬𝑵𝑻𝑰𝑴𝑬𝑵𝑻𝑶𝑺 𝑪𝑶𝑵𝑭𝑼𝑺𝑶𝑺

BELLE OLHAVA PARA A TELEVISÃO de uma das inúmeras lojas de eletrodomésticos que estava ligada no canal de notícias. Ultimamente, era só sobre a erupção que falavam. Também pudera, foi um desastre e tanto...

"Ainda não há certeza quanto a outras erupções", dizia o âncora do telejornal conformes as imagens do desastre passavam na tela. "As autoridades ordenaram a evacuação de quase meio milhão de pessoas como precaução. Enquanto isso, as cinzas já alcançaram o Lago Likv e Vancouver, e toda área do Monte Santa Helena está fechada ao tráfego em um raio de cento e cinquenta quilômetros. Embora nenhuma morte tenha sido notificada, ferimentos leves e doenças-"

"O filho de Poseidon causou uma explosão e tanto." Noir disse enquanto posicionado pacificamente sobre o ombro dela.

— É. Causou sim. Mas não é nenhuma surpresa. O pai dele é o deus dos terremotos, afinal. — Espetando um mamão cortado em pequenos pedaços, o estendeu para o corvo, que comeu. - Tifão mostrou sinais de se acalmar?

"Não, senhora."

— Grover e Tyson?

"Até agora nenhum sinal deles. A suposição é de que ainda estão no Labirinto".

Belle assentiu lentamente. Imaginou que fosse esse o caso. Gostaria de ir procurar por eles, mas ao mesmo tempo, querer voltar para aquele lugar apinhado de monstros sendo filha de Hades é a última coisa que queria fazer, principalmente quando havia uma recompensa pela cabeça dela e o fato de que teria que levar Nico com ela e expô-lo a mais perigo definitivamente não estava em sua lista de coisas a se fazer.

— Vamos voltar para o Acampamento...

Já fazia semanas que Percy estava desaparecido e por mais que ela continuasse tentando se comunicar com ele através dos sonhos, a conexão tem ficado cada vez mais difícil, o que apenas comprovava que aquele idiota estava se deixando levar pela presença de Calipso e a magia daquela ilha.

Como pode ser tão idiota?

Não a deixando com nenhuma outra alternativa a não ser esperar que decida por conta própria retornar para onde pertence antes que Belle tenha um colapso nervoso – sinceramente, não aguentava mais os discursos de Quíron sobre a possibilidade de ela ser a Criança da Profecia definitiva.

Naquele momento, uma chuva repentina começou a cair sobre Manhattan, o que fez com que todos os pedestres que estavam por perto começassem a correr em busca de abrigo, seja para esperarem que as gotas de água parassem de cair do céu, ou então para pegarem seus guarda-chuvas. Já Belle apenas olhou para cima, a cobertura da loja a protegendo bem o suficiente. Ela se perguntava como Zeus estava com aquela notícia do possível despertar de Tifão – Belle esperava que muito péssimo. Era uma pena que não pudesse ser mais vocal sobre isso, considerando o fato de que a destruição daquele recinto de imortais arrogantes e desprezíveis também significava a destruição dela e de tantas outras vidas inocentes.

Belle voltou sua atenção para os mortais que passavam. Poderia até ser estranho, mas gostava de observá-los. Ver como era ser normal, como era andar despreocupadamente sem ter que pensar em várias rotas de fugas diferentes caso algum monstro surgisse. Se bem que ultimamente achava que havia virado um hobbie olhar diretamente para a aura da vida das pessoas, olhar para os vestígios de quem eram.

Até porque, não podia fazer isso consigo mesma.

Suspirando levou sua mão para a pequena bolsa que tinha consigo e puxou um guarda-chuva que sempre mantinha com ela.

Era hora de voltar.

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Se Belle fosse do tipo de se sentir afetada o suficiente pelo frio, de certo já teria congelado com toda a quantidade de gelo sólido que conseguia sentir deslizando por sua pele a cada olhar que recebia do Chalé Cinco – especialmente de Clarisse.