[𝐕]. 𝑬𝑺𝑪𝑳𝑨𝑹𝑬𝑪𝑰𝑴𝑬𝑵𝑻𝑶𝑺 𝑸𝑼𝑬 𝑮𝑬𝑹𝑨𝑴 𝑪𝑶𝑴𝑷𝑹𝑬𝑬𝑵𝑺𝑨̃𝑶

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NAQUELA NOITE, ACAMPARAM NO bosque, a cem metros da estrada principal em uma clareira pantanosa que adolescentes e jovens adultos obviamente vinham usando para festas

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NAQUELA NOITE, ACAMPARAM NO bosque, a cem metros da estrada principal em uma clareira pantanosa que adolescentes e jovens adultos obviamente vinham usando para festas. O chão estava repleto de latas amassadas e embalagens de fast-food.

Tinham pegado um pouco de comida e cobertores da Tia Eme, mas não ousaram acender uma fogueira para secar as roupas molhadas. As Fúrias e a Medusa já haviam proporcionado animação suficiente para um dia. Não queriam atrair mais problemas de jeito nenhum.

Decidiram dormir em turnos. Belle foi a que se prontificou para ser a primeira.

— Eu tenho hábitos noturnos, de qualquer maneira — ela lhes disse. — Prometo acordá-los se algo acontecer, até lá, durmam.

Annabeth enroscou-se sobre os cobertores e já estava roncando quando sua cabeça tocou o chão. Grover subiu com seus tênis voadores para o galho mais baixo de uma árvore, encostou-se no tronco e ficou olhando para o céu da noite. Já Percy ficou ali sentado.

— Vá em frente e durma — ele disse a Grover. — Precisamos descansar o máximo que pudermos.

Ele assentiu, mas ainda assim não fechou os olhos.

— Isso me deixa triste, Percy.

— O quê? Ter se juntado a essa missão estúpida?

— Não. Isso me deixa triste — ele apontou para todo aquele lixo no chão. — E o céu. Não dá nem para ver as estrelas. Eles poluíram o céu. Esta é uma época terrível para ser um sátiro.

Belle olhou para cima. Realmente, o céu não tinha quase nenhuma estrela. O que era estranho, porque podia jurar que sentia que havia muitas delas no céu, talvez fosse o tempo no Acampamento mexendo com sua cabeça.

— Ah, sim. Acho que você seria um ambientalista.

Grover o lançou um olhar penetrante.

— Só um ser humano não seria. Sua espécie está entulhando o mundo tão depressa que... Ora, não importa. É inútil fazer sermões para um ser humano. Do jeito que as coisas vão, nunca encontrarei Pã.

— Que Pam?

— Pã! — bradou, indignado. — P - A - ~! O grande deus Pã! Acha que quero uma licença de buscador para quê?

Uma brisa estranha farfalha pela clareira, encobrindo por um momento o fedor de lixo e putrefação. Trazia o cheiro de frutas e flores selvagens, de água limpa da chuva, coisas que devem ter existido algum dia naqueles bosques. De repente, Belle sentiu saudades de algo. Algo no fundo de sua memória perdida e danificada.

— Fale-me sobre a busca — disse ele.

Grover olhou o com receio, temendo que Percy estivesse apenas se divertindo às custas dele. Belle escutava com atenção.

𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐑𝐀𝐌𝐎𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 (𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬)Onde histórias criam vida. Descubra agora