Leah
Eu havia passado o dia anterior tentando me manter ocupada - porque eu não queria pensar naquela noite, então estava estranhamente cansada. Ele não havia ido a escola - ou talvez eu não o tenha visto, o que era bom, porque eu não queria vê-lo. Ou falar com ele.
Eu ainda estava tentando entender o que havia acontecido na última noite, mas tudo o que eu conseguia pensar é que Mick agira como um idiota. Um idiota que eu não queria ver e, de certa forma, ele havia me assustado. Toda aquela bebida, e a quantidade de coisas que ele poderia ter usado - coisas que eu nem conhecia - e o modo como ele agira. Eu não ia entrar aquela bagunça.
Eu havia passado o final da manhã, e boa parte da tarde, treinando na piscina olímpica - que devido ao tempo fechado, estava vazia, com Jordan e dois de seus amigos, e a noite, visto um filme ruim com Rebeca e estudado para uma prova de cálculo.
E naquele momento, eu estava pensando numa desculpa para não ir à escola, mas imediatamente mudei de ideia, porque aquilo era ridículo. Eu não podia evitá-lo pra sempre. Ele havia agido como um idiota - tudo bem. Nós não éramos nada, e não tínhamos nada. Basta não se importar - eu disse a mim mesma. Mas então, quando eu o vi encostado em seu carro com Luíza, não pude evitar ficar com raiva, mas então eu me lembrei que, tudo bem, eu não tinha nada a ver com aquilo. Eu o havia dispensado. E ele estava... seguindo.
Tentei ignorar o bolo - sem motivos - que se formou em minha garganta, lembrando a mim mesma que não éramos nada, e na verdade, mal nos conhecíamos. Mas eu gostava de Mick, e não queria que as coisas ficassem estranhas entre nós. Eu gostava dele, e havia ficado preocupada, mas naquele momento, ele me parecia bem. Na verdade, me parecia ótimo.
Observei-o largar o cigarro, e puxar Luíza para perto, e me afastei, ignorando os olhares que vieram em minha direção, e me perguntei se eu fora assim tão óbvia.
Peguei meus fones na mochila, e procurei por um lugar limpo onde eu pudesse sentar atrás das quadras, porque ainda faltavam alguns minutos para as aulas começarem, e ali era a área mais silenciosa da escola que eu conhecia - com excessão de alguns garotos que matavam aula para fumar, poucas pessoas frequentavam aquele espaço, o que era ótimo, porque eu queria ficar sozinha.
Me virei ao ouvir alguns passos, e o vi caminhar em minha direção. Esperei que Luiza estivesse atrás dele - talvez ele quisesse me provocar - mas Mick estava sozinho. Ele tirou a mochila preta dos ombros, jogando-a no chão, e se sentou perto de mim - não exatamente ao meu lado, mas estava próximo. E eu podia sentir o aroma de sua colônia, e um leve cheiro de cigarros.
Ele não me encarou, e tirou um maço de cigarros do bolso. O encarei, esperando que ele dissesse algo, mas ele apenas fumou por algum tempo em silêncio, soprando aquela fumaça irritante em minha direção. Eu odiava cigarros - por vários motivos desde o fato de aumentarem as chances de se ter um câncer de pulmão até a ridícula lembrança de que Marcus fumava, e eu odiava aquilo, porque eu não gostava de me sentir como se estivesse beijando um cinzeiro; e qualquer coisa que me remetesse a ele entrava instantaneamente para a categoria de coisas que eu não suportava.
Guardei meu celular no bolso, e peguei minha mochila, me levantando, e então ele me encarou, e fiquei tentando a ignorá-lo, porque aquela coisa da festa havia me deixado confusa e até um pouco chateada, mas então me lembrei que, teoricamente, nós éramos amigos, e ele estava num momento difícil - e aquilo tudo, toda a noite anterior, me padecia um pedido de ajuda (mesmo que meio fodido), então eu deveria escutá-lo. Ou talvez fossem apenas desculpas porque eu queria ficar. Caramba.
- Não precisa ir embora - ele disse, num tom sarcástico, mas pareceu um pouco chateado, o que fez com que eu me perguntasse o que raios ele estava fazendo ali.
- O que você quer, Mick? - perguntei, de uma vez, porque eu não estava com paciência, ou tempo, ou humor para enrolações. A primeira aula já estava para começar, e eu estava cansada. Daquilo, de seu comportamento, dele...
- Falar com você - ele disse, suspirando, e fiquei tentada a revirar os olhos, porque estávamos ali há alguns minutos, e nenhum dos dois havia dito nada. Na verdade, parecia que estávamos competindo para ver quem conseguia ficar mais tempo encarando o outro em silêncio.
- Então fale - me sentei ao seu lado, porque eu não queria brigar. Uma parte - idiota - de mim queria resolver as coisas com ele, o que quer que isso significasse. E outra parte - realista - ainda estava com raiva e queria se manter afastada. E eu não sabia qual das duas ouvir.
O encarei, esperando, e percebi o quanto ele parecia cansado. Mick tinha olheiras, levemente arroxeadas, ao redor dos olhos, como se não tivesse dormido - o que eu não duvidava. Na verdade, apostava que ele havia passado a noite num bar. Ou com uma garota, o que não era da minha conta, mas de certa forma me incomodava, ao me lembrar que, há algumas noites, era eu.
Me lembrei da garota na festa, e do fato de eles terem, obviamente, ficado juntos, mas afastei aquilo de minha mente, antes que eu parecesse magoada na sua frente. Eu não queria que ele visse.
- Leah - ele me encarou, e percebi que talvez eu estivesse sendo óbvia, porque ele pareceu chateado. Puxei minha bolsa, porque eu precisava me levantar, mas ele segurou a manga da minha camiseta, e o encarei.
- Não.
- Você nem sabe o que vou dizer - ele suspirou, irritado, e dei de ombros, porque não importava. Eu não queria pensar naquilo. Na verdade, havia sido um erro pensar que podíamos "resolver" as coisas.
- Eu não quero ouvir - olhei para minhas mãos, tentando me concentrar no esmalte azul escuro brilhante que descascava, porque eu sabia que ia parecer uma idiota se chorasse na sua frente. Porra.
Não percebi que eu estava forçando minhas unhas na palma da mão, até que ele as tirou, segurando minha mão, e eu não a retirei, porque eu gostava daquela sensação.
- Você pode me perdoar? - ele perguntou, e eu sabia que havia raiva entre nós. Em seu olhar, eu podia ver que, apesar de estar sinceramente arrependido, ele também estava magoado. Não comigo, talvez, mas estava. Eu sabia que havia raiva entre nós, e que as coisas estavam um pouco estranhas, mas sua mão ainda era sua mão, e aquela sensação ainda deixava minha pele arrepiada de um jeito bom.
- Você não precisa me afastar - eu disse, me referindo àquela noite, porque eu sabia que no fundo se tratava daquilo. Mick fazendo coisas idiotas para afastar as pessoas.
Você não precisava fazer aquilo, acrescentei, em silêncio, e pude ver em seu olhar que ele pareceu entender.
Então ele assentiu, e suspirou, pegando uma mecha do meu cabelo, e pareceu subitamente cansado.
- Então não me afaste, Leah.
Eu sabia que havia sido eu quem o afastara inicialmente, mas não imaginei que aquilo o havia chateado. Talvez...nós pudéssemos ser amigos - pensei, embora aquela ideia, que eu havia descartado inicialmente, me parecesse um tanto quanto sem sentido. Entretanto, nós nos dávamos bem. E eu gostava de Mick. Eu realmente gostava da companhia dele, e talvez aquilo pudesse dar certo. Talvez, apesar de toda aquela bagunça - que ele era, e eu era, nós pudéssemos manter uma amizade ok.
- Estou aqui, não estou? - segurei sua mão, e ele me deu um sorriso fraco.
Algumas gotas, grossas, começaram a cair em nossas cabeças, mas continuamos assim por algum tempo, até ele me puxar para perto, e ficarmos embaixo do telhado, protegidos - não totalmente - da chuva.
- Como você está? - eu perguntei, porque eu realmente queria saber. Depois de tudo aquilo da noite anterior, eu realmente precisava saber. Porque ele não parecia nem um pouco bem.
Eu não conseguia imaginar como seria perder alguém da minha família, e não conseguia imaginar como seria ter que lidar com isso.
- Estou bem - ele deu de ombros, e eu sabia que estava mentindo, mas não insisti, porque eu o conhecia o suficiente para saber que ele não falaria.
- Eu sinto muito - falei, e ele pareceu quase irritado, por alguns segundos, e pensei que talvez eu não devesse ter tocado no assunto, porque ele suspirou, soltando minha mão.
- Vamos sair daqui - ele disse, então, estendendo a mão para que eu me levantasse, e começamos a correr no meio da chuva em direção ao estacionamento.
- O que você planeja? - perguntei, sabendo que ele provavelmente tinha em mente cabular aula, e que eu possivelmente concordaria, porque a perspectiva de passar o dia, em qualquer lugar, com Mick, era melhor do assistir aulas de física. E, com aquela chuva, eu duvidava que a treinadora iria nos mandar para a piscina.
- Dirigir até encontrar o bar mais próximo - ele me lançou um olhar, como se aquilo fosse óbvio, e fiz uma careta, porque eu simplesmente não tinha estômago para beber naquele horário.
- Isso é sério? Você quer ficar bêbado às... - precisei consultar meu celular - 9 da manhã? Porra, Mick...
- Não seja uma estraga prazeres - ele revirou os olhos, colocando as chaves na ignição - Eu posso arrumar outra companhia.
Eu sabia que ele estava brincando, mas aquilo me deixou irritada.
- Então vá lá com elas - fiz uma careta, cruzando os braços, e tentei tirar aquela cena de minha cabeça. Ele, numa festa como a daquela noite, com uma garota aleatória, e substâncias que eu nunca experimentara.
- Eu estou brincando, Leah. Você sabe disso - ele me lançou um olhar significativo, e fiquei quieta, porque eu não queria entrar em assuntos difíceis, como o fato de nós, constantemente, nos beijarmos toda vez que bebíamos. Ou estávamos sóbrios, ou eu tê-lo encontrado num quarto, bêbado, com uma garota.
- Eu só quero me distrair - ele completou, e concordei.
- Enchendo a cara? - perguntei, brincando, e em parte preocupada, porque eu ainda me lembrava do que Zach havia dito. Sobre, em fases ruins, Mick não saber quando parar.
- Sim - ele não me encarou, parecendo um pouco disperso, e estacionou em frente a um bar de esquina, que eu não entraria de maneira alguma se estivesse sozinha, e levantei as sombrancelhas, porque aquele lugar não me parecia o tipo que Mick frequentava.
- É o único lugar que vamos encontrar aberto - ele respondeu, notando meu olhar, e o segui, observando meu reflexo nas janelas do carro, numa tentativa de arrumar meu cabelo bagunçado pela chuva.
- Vamos, você está ótima - ele colocou a mão em minhas costas, parecendo um pouco apressado, e o acompanhei.
- Alguém está mal-humorado - murmurei, e ele fez uma careta, mas não disse nada.
Nos sentamos, e pensei em pedir um milk shake, apenas para ver o que ele diria, mas Mick pediu para nós dois um drink chamado B-51, me dizendo que eu deveria experimentar, e levantei as sombrancelhas, com certo receio, porque aquilo parecia basicamente forte pra caralho, mas acabei desistindo de meu milk shake, porque eu nem sabia se eles faziam aquilo ali, e eu sabia que, no fundo, eu também queria uma bebida.
Dei alguns goles, lentos, naquilo, que desceu queimando por minha garganta, enquanto Mick virou metade do drink de uma só vez, e pensei que talvez ele não estivesse brincando quando disse que queria ficar bêbado.
- Vá com calma - eu disse, quando ele acabou o seu, e enquanto eu brincava com meu canudinho.
- Não seja estraga prazeres, Lee - ele olhou na direção do meu drink, quase intocado, e o passei para ele, dando de ombros.
- Alguém precisa dirigir.
Aquilo era verdade. Eu gostava de beber - com Mick, e da sensação que a bebida me dava, mas eu não era idiota. Eu não deixaria ele dirigir bêbado e tão pouco pegaria no volante. Mas aquilo era só parte da verdade. Eu tinha medo de beber novamente com ele - e as coisas acabarem indo longe demais.
- Se divirta, Leah. Nós pegaremos um táxi depois - ele tomou o conteúdo de meu copo, mas pediu outra bebida para nós dois.
- Acho que temos definições diferentes de diversão - eu ri, mas peguei a bebida, prometendo a mim mesma que aquela seria a única.
E foi, mas não para Mick. Eu estava mergulhando uma batata frita no molho de cheddar e já havia perdido a conta de quantas bebidas ele havia pedido. Metade delas, entretanto, era para mim, mas eu sabia que não aguentaria aquilo, e ele acaba tomando quase tudo.
Eu terminei minhas batatas quando ele se levantou para buscar uma cerveja, irritado com a demora do garçom, e eu podia ver por seu andar cambaleante que ele não estava bem.
- Acho que está na hora de ir pra casa - eu me levantei, o seguindo, e ele me ignorou, voltando com duas garrafas pequenas de cerveja, me estendendo uma, que eu recusei.
- Tudo bem - ele deu um gole grande na sua, fazendo uma careta - Sobra mais pra mim.
- Me dá isso - eu tirei a garrafa de suas mãos, virando boa parte do conteúdo rapidamente, porque eu não aguentava mais vê-lo beber, e depois de alguns segundos também peguei a outra - Agora vamos embora?
- Eu não quero ir pra casa, baby.
- Bom, então eu vou - fingi dar as costas pra ele, torcendo para que ele me seguisse, porque eu não estava segura sobre o que ele poderia fazer - ou quanto poderia beber - ali, sozinho. E eu estava quase voltando para trás e o arrastando quando ouvi alguns passos atrás de mim, e ele suspirou, com outra garrafa de cerveja na mão.
- Eu já disse que você é uma péssima companhia para encher a cara, Parker? - ele sussurrou no meu ouvido, e mostrei a língua para ele.
- Eu já disse que você é um saco bêbado? - suspirei, pegando as chaves do carro no bolso de sua jaqueta, porque eu não o deixaria dirigir daquele jeito.
Ele ligou o rádio no volume máximo, numa música do AC/DC, e o encarei, porque as pessoas com certeza nos achariam loucos, mas não pude evitar rir quando ele dedilhava uma guitarra imaginária, e cantava o refrão a plenos pulmões.
Ele não parou, mesmo percebendo que eu o encarava, e me encorajou a cantar com ele, o que eu fiz, mesmo preferindo ouvi-lo - e mesmo não sabendo toda a letra.
Ele tocou na minha mão quando a música acabou, e percebi que eu havia esquecido de ficar brava com ele na metade da música.
- Você vai ficar bem? - perguntei, estacionando em frente à sua casa, e ele murmurou um "é claro" que não me convenceu muito, então, um pouco irritada comigo mesma, também desci do carro, o acompanhando.
Fechei a porta atrás de mim, e ele se virou, franzindo o cenho.
- Leah. Eu gosto de ter você aqui, mas não quero...sua pena - ele pareceu quase com raiva, mas vendo meu olhar, provavelmente magoado, suspirou, suavizando o tom de voz - Não quero que se preocupe. Eu estou bem.
Ele se sentou no sofá, me encarando, mas não acreditei em uma palavra do que ele havia dito. Sobre a parte de estar bem. Eu podia ver aquilo. Mas não disse nada, e apenas me limitei a sentar ao seu lado.
- Eu gosto de ficar com você, Mick - suspirei, porque eu não queria ter que precisar dizer aquilo, mas ele me deu um daqueles seus sorrisos, e encostei minha cabeça em seu ombro.
- Você disse que eu era um pé no saco bêbado...- ele me provocou, e então se levantou, andando em direção à cozinha, e voltou com uma garrafa de vinho cheia.
- Eu não vou limpar vômito de ninguém - fiz uma careta, porque do jeito que ele estava bebendo, logo estaria desmaiado, ou vomitando, o que mostrou-se verdade, porque alguns minutos depois de a garrafa estar quase pela metade (e eu ter dado apenas uns goles), Mick cambaleou para o banheiro, e eu podia dizer que ele estava vomitando.
- Alguém está ficando fraco pra bebidas - gritei, porque ele estava lá em cima, e eu não sabia se podia me ouvir, e depois de alguns minutos, subi, porque eu estava começando a suspeitar que ele havia desmaiado ou algo do tipo.
Entrei em seu quarto, e bati na porta do banheiro algumas vezes, até ele me mandar ir embora, então a abri, e ele escovava os dentes na pia.
- Não se pode vomitar em paz? - Mick fez uma careta, e perguntei se ele estava bem, porque ele parecia bastante pálido, e fiz uma anotação mental de nunca beber tanto. Ou sequer beber.
Então o empurrei em direção ao chuveiro, e ele quase tropeçou, o que poderia ser engraçado, não fosse tão trágico.
- O que você tá fazendo? - ele riu, me encarando, e encostei-o contra a parede, colocando as mãos em seu pescoço, como se eu fosse beijá-lo, e então liguei o chuveiro, e ele soltou um palavrão.
- Isso não foi legal, Leah - ele fez uma careta, e me puxou para ele, e soltei um grito involuntário, porque a água estava gelada pra caramba, e eu não queria chegar toda molhada em casa.
O empurrei, pegando uma toalha pendurada num dos cabides, e tentei não prestar atenção enquanto ele tirava a camisa.
- Você não quer ficar? - ele perguntou, com um sorriso irônico, enquanto eu fechava a porta, e lhe mostrei o dedo do meio, mas não pude evitar um sorriso involuntário.
Me encarei no espelho de seu guarda roupas, e eu não sabia o que estava pior: meu cabelo, que em algum momento do dia estivera bom, e agora era um emaranhado molhado e bagunçado, ou minha maquiagem, que em algum momento do dia também estivera ok, e agora só mostrava alguns vestígios.
Eu penteava meu cabelo quando Mick saiu do banheiro, sem camisa, enrolado numa toalha, parecendo não ter noção do efeito que aquilo causava - ou talvez ele tivesse. Aquele metido filho da mãe.
Eu estava prestes a sair do quarto, porque eu podia vê-lo fazendo alguma piadinha sobre eu querer ficar ou não, quando ele me estendeu uma camiseta escura.
- Está limpa. Acho que vai ficar um pouco grande, mas está seca - ele gesticulou para as minhas roupas molhadas, e agradeci, indo para o banheiro.
Vesti sua camiseta - aquela mesma de manga cumprida que eu já o vira usando uma vez - e tentei não pensar no fato de que tinha seu cheiro. Ou de que ele, em algum momento, já a vestira. Dobrei um pouco as mangas, porque ficaram grandes, e lavei meu rosto.
Mick estava deitado na cama, e ouvia música em seu I pod. Ele me estendeu um dos fones, e deitei ao seu lado, fechando os olhos.
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Perto do limite
RomanceEu passei muito tempo tentando entender o que essa história representa - para os leitores e para mim, mas acho que, no fim, é uma história sobre se apaixonar. Sobre como o amor pode trazer de volta cores para uma parte da sua vida que estava em somb...