Parte II

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"Não há nada como a respiração profunda depois de dar uma gargalhada. Nada no mundo se compara à barriga dolorida pelas razões certas."

As vantagens de ser invisível 


- Que festa? - Leonor indaga e todas nós ficamos de orelha em pé para sabermos também.

- Vocês sabem o Tomás? O carinha que conheci naquele evento da Igreja? – Pergunta animada e com o ar sonhado que não é nada comum a ela. 

Todas assentimos curiosas e ela continuou:

- Então ele me chamou para uma social na casa de um amigo dele, perguntei se poderiam chamar algumas amigas e ele disse que claro! – Ela cantarola como um tenor e pula sem sair do lugar. 

- Mas você o conhece direito? De quem vai ser essa social? E onde? - Jô começa a bombardear Bia de perguntas e eu a interrompo com o levantar de mãos e digo:

- Ele se chama Tomás, tem 19 anos. É um cara legal, família e na minha pesquisa sobre ele não encontrei nada que o comprometesse. Não é um namorador, tipo, galinha e está no segundo período de Direito na Federal daqui, então é muito estudioso. Mora ainda com os pais e é filho único. – Relato e finjo lixar as unhas com uma serrinha invisível, soprando logo em seguida. 

- Nossa, puxou a ficha mesmo. Tu trabalhas para o FBI Laila? Tipo aquelas agentes secretas? Porque, meu Deus - Diz Emi sorrindo.

- Ele tem um gatinho siamês chamado Tufi e o CPF dele é... - Gargalhei e disse: - Estou brincando, eu não sei o CPF dele, só o RG, brincadeira também. - Elas me encararam sorrindo - Quié? Fiz o trabalho de casa certinho. Não ia deixar a Bia falar com qualquer cara. Enfim, ele é confiável, aparentemente. – Me defendo, enquanto desabo na minha poltrona. 

- Tá legal, mas onde irá ser? - Lili pergunta.

- Vai ser na casa de praia dos pais do Jorge. Sabe? Aquela grandona no lado leste da praia do Coqueiro. - Bia responde.

- Aí amo aquela praia. Ela é muito linda, nunca me canso de lá. - Diz Leonor com sua imensa e continua animação. - A comida é maravilhosa, temos que marcar para passar o dia lá, quando passar a temida prova - Diz fingindo roer as unhas, assentimos em concordância.

- Ah! Sei qual é. Aquela mansão. Putz! - Emi fala finalizando com o leve assobio. - Vou falar com meus pais para ir, se não deixarem eu dou outro jeito. Sempre quis entrar naquele lugar e ir logo a uma festa? Jesus amado! Temos que ir. Estamos precisando, já estamos pirando só pensamos em estudar! Vamos dar uma pausa nesse dia! – Exclama Emi pulando da cama e abraçando Bia.  

- Com certeza! - Eu e as demais meninas falamos juntas empolgadas.

- Ah e vamos marcar passar o dia lá sim! Estou morta de saudade da comida do Sr. Júlio e da Sra. Márcia, eles são os melhores! - Falo empolgada e elas concordam. 

- Mas que roupa vamos usar? – Joana indaga e assim começamos a cogitar as possibilidades.

Depois do alvoroço sobre a festa e diversas gargalhadas depois voltamos ao trabalho que nem ao menos iniciamos. E penso que aquela festa vai ser minha válvula de escape perfeita. 

Eu realmente estou precisando urgentemente de uma...

Oi amores! Não esqueçam de curtir e se quiserem comentem também kkk quero saber se estão gostando.
Beijos, Mah!


O garoto da frenteOnde histórias criam vida. Descubra agora