Parte - II

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"Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova."

Mahatma Gandhi


Sinto meu corpo despertando e agora percebo com precisão que estava sonhando. Pisco várias vezes para poder acostumar meus olhos à claridade e logo minha visão é tomada por um par de olhos esmeralda mais lindos e um sorriso de amolecer qualquer coração.

- Oi meu amor! – Sua vozde trovão é macia como seda a meus ouvidos. 

- Oi amor. - Digo com a voz rouca. Ele sorri mais ainda e agora percebo que estamos em seu quarto.

Deitados em sua cama!

Durante esses meses de namoros nós nunca fomos muito longe, se é que me entende, não passávamos de alguns beijos quentes e algumas mãos bobas aqui e acolá. Ele está respeitando meu tempo e isso é uma coisa linda e louvável.

- E então vai me fazer dormir com você na cama? Que horror dona Laila. - Ele diz com um horror fingindo no rosto. –Tentando corromper minha alma pura! – E faz uma aureola na cabeça com as duas mãos. 

- Meu Deus que horror Jorge. Não fale isso alto! Jamais faria isso, é pecar contra sua castidade. - Respondo contendo o riso e logo ele me ataca com beijos e cócegas (esse último me lembrou de Alê, mesmo não querendo). - Jor... Jorgeeeee - Digo ofegante devido às cócegas. - Amor, para. Você sabe que não gosto de cócegas (ele nem imagina porque), vou chutar sua cara assim.

- Que coisa feia, para uma pessoa pequena você é muito agressiva! - Disse batucando o dedo indicador na ponta do meu nariz. - Então que tal essa pessoinha minúscula voltar a dormir em? Já está tarde e mocinhas tem que estar dormindo.

- Vou voltar sim, mas antes queria tomar um banho, posso? – Pergunto manhosa. 

- Claro, mi casa es tu casa. - Sorrimos um pouco e disse:

- Pode pegar uma roupa emprestada com Nico para mim enquanto banho? Não quero dormir com esse vestido. - Mal havia terminado de falar e ele já estava saindo e ouvi um Ok abafado.

Corro para o banheiro do quarto dele e me banho rapidamente tirando a areia que trouxe da praia, como já havia uma escova reserva para mim (almoçava lá constantemente e para não ficar sem fazer minha higiene já ficava uma escova no seu banheiro) já escovo logo quando escuto uma batida na porta e ele me entrega pela brechinha que abri.

Lá no montinho havia uma calcinha Box rosa novinha, um short curto preto de algodão e uma blusa também preta grande que claro era de Jorge. Vesti tudo, desfiz o coque do meu cabelo e sai.

Ele já estava com um colchão inflável no chão ao lado da cama e ouvia música, mas não deixava nem tocar direito que já tirava e colocava outra até que desistiu de procurar e me viu ali parada.

- Fiu Fiu... Que gatinha essa minha namorada! – Diz assobiando apoiando o peso nos cotovelos.

- Deixa de ser bobo - Digo ficando vermelha, nunca me acostumarei com ele me elogiando, enquanto deito na cama Box dele me cobrindo já que o ar-condicionado estava ligado há um tempo e com minha pele ainda úmida me fez ficar com frio. - Vai dormir ai em baixo mesmo? - Pergunto mexendo em seu cabelo e não deixo de reparar que ele tragou uma respiração por minha pergunta.

- Ãn, mas a regra não é essa? - Pergunta me olhando.

- Bem, digamos que seria uma exceção? - Cubro meu rosto, pois não sabia de onde estava vindo a coragem de falar. Eu não queria sexo agora, mas queria poder dormir com ele, tipo dormir mesmo ser abraçada por ele enquanto durmo.

Baixo o lençol até o pescoço e ele já estava em pé com receio de realmente deitar. Pego em sua mão e sorrio:

- Vem, antes que eu mude de ideia! Eu realmente quero só dormir com você. – Digo com sinceridade sorrindo.

Jorge me rolou para o outro lado da cama e deitou-se virando de frente para mim e disse:

- O lado direito é meu, baixinha. - Diz me rolando para o lado esquerdo cama com o meu sorriso favorito nos lábios. 

Sorrimos e logo estamos nos beijando. Seus lábios macios próximos aos meus e seus dentes branquinhos mordiscando os meus lábios, suas mãos fortes me puxando para ele. Um calor subiu, mesmo com o ar-condicionado trincando. Minhas mãos pequenas percorriam seu peitoral vestido e seus braços, não sei como sua blusa voou de seu corpo rapidamente enquanto ele me colocava sobre ele. Nunca me sentir mais quente.

Desci minha boca até a sua e a devorava incansavelmente, ouvi pequenos gemidos e mal havia percebido que viam de mim! Ele me virou rapidamente me colocando sob ele e ai que tudo começou a pegar fogo.

Seus lábios desciam pelo meu pescoço até meu ombro, já que afastou o colarinho da blusa, e voltava para lóbulo, uma mão estava me apertando por dentro da camisa na cintura e barriga, a outra passava por minhas coxas.

Minha pele estava em arrepio total. Ofegava muito devido ao tratamento que levava. Só Alê havia me feito daquele jeito comigo, quero dizer daquele jeito forte e dominador, por um momento imaginei que estava fitando agora aquele par de hipnotizantes olhos negros com seus lábios carnudos repuxados em um sorriso safado sua pele macia e avermelhada brilhando, ao em vez disso estava vendo um par de lindos olhos verdes que agora estavam mais escuros, lábios carnudos vermelhos repuxados em um sorriso torto e uma pele macia branca.

Os dois amores da minha vida conflitando em minha mente e coração.

Finalizo o beijo com alguns leves toques de lábios nos dele, as minhas mãos acariciando o formato do seu rosto passando pelos seus cabelos e fitando-o e digo:

- Amor, acho melhor dormirmos. Estou até com sono. - – Espreguiço dramaticamente com ele ainda entre minhas pernas e com os braços o sustentando ainda pairando sobre mim. 

- É, é melhor mesmo amor. Desculpe se fiz algo que não gostou, foi cal... – Se desculpa envergonhado.

- Não, não. Você não fez nada! É porque realmente estou com sono, além de quê ainda não me sinto preparada para isso. - Corto-o logo e destrambelho a falar e ele logo me dá meu sorriso preferido dele cheio de dentes.

- Tudo bem baixinha, então vamos dormir? – Chama carinhosamente.

- Vamooos! - Digo sorrindo.

- Me abraça, tá bom?

- Com todo o prazer, literalmente.

- Jorge! - Dou um tapinha no peitoral dele que ainda pairava sobre mim.

- Tudo bem, sem trocadinhos. – Prometesolenemente.

E então sai de cima de mim sorrindo e eu o acompanho a rir. Tomo um copo d'água enquanto ele ia ao banheiro tirar o short jeans que estava usando colocando uma calça de moletom azul com uma listra preta nas laterais. Logo ele está me puxando para bem próximo dele colada no seu peitoral definido e gradativamente volto a dormir com um leve sorriso no rosto.

Um feedback chega ao mesmo tempo em que estou quase em um sono profundo e tudo de mais marcante o que aconteceu nos últimos cinco meses me atinge como um meteoro, só que bom, muito bom.


Oi amorecos! O que acharam? Eita, quase... kkk
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O garoto da frenteOnde histórias criam vida. Descubra agora