"Arrependimento não mata, só mostra o quanto você foi idiota."
Desconhecido
Atendo o celular e mal o coloco na orelha já começa o bombardeio de perguntas e ela nem tomava fôlego para falar.
- Alexandre o que você tem na cabeça? Porque não me avisou? Eu fiquei sabendo por terceiro, terceiros Alê! Que tipo de namorado não avisa quando alguém da sua família está mal? Eu podia tá lá com você! Sabe o que as pessoas vão pensar do nosso namoro e... - Nem a deixo terminar.
- Você está pensando no que os outros vão dizer em vez de perguntar como minha mãe ou até mesmo eu estou Bárbara? Pensei que você fosse melhor que isso.
- Alê, mas... ... – Ela começa, mas não quero ouvir mais sua voz.
Desligo o celular sem deixá-la dizer o que queria, eu simplesmente não tenho cabeça para isso. Ela pensa que é quem? Eu sei que estava errado por não avisar, mas o que ela disse foi à gota d'agua. Eu simplesmente não suportava mais namorá-la. Esse é o momento que esperei para terminar com ela, infelizmente o modo que se deu esse momento não foi que imaginei.
Meu celular toca e é ela, desligo novamente e começo a recusar todas as suas ligações. Fecho toda a casa, ligo a cerca elétrica que havia me esquecido de ligar assim que cheguei e vou para meu quarto. Ao deitar meu celular toca novamente, mas agora era com outro toque e nem preciso olha para ver minha foto aparecendo na tela com minha irmã, Liana.
- Ei. - Digo ao atender.
- Oi Lelê, pensei que não fosse atender mais já estava quase desligando. – Informa impaciente.
Reviro os olhos ao ouvir "Lelê", ela me chamava assim desde quando nasci e sabe que eu odeio! Já tenho um apelido razoável precisa de mais esse, sendo que é ridículo?!
- Estava no banho. - Minto com um rosnado, ela cai na mentira e ainda ri do meu jeito de falar devido ao apelido.
- Ah, tudo bem. Como mamãe está? - Seu tom de voz cai e posso detectar a tristeza dela por não estar aqui para cuidar dela.
- Ela está melhor, sua cor estar no tom correto novamente. Está em observação para... – Tento explicar o que a médica me falou assim que puder ver mamãe, mas Liana me corta.
- É eu sei, para não haver complicação no caso já complicado dela, apesar de ser relativamente "leve". Ela não tem idade para ter cistos funcionais foliculares, ela já está na menopausa, geralmente acontece mais em estados mais férteis.
- Ãn... okay, pois é. – Digo sem saber ao certo o que falar. – Ela já fez todos os exames e testes que foi possível e creio que amanhã ela estará em casa. – O alívio é notável em minha voz.
- E como ficou? Ela vai fazer cirurgia para tirar ou vai ser feito outro tipo de procedimento? – Busca mais informações.
- Pelo que papai me disse, o cisto é grande. Então vai precisar de cirurgia. Estou preocupado com isso, ela corre algum risco? Eu não sei de quase nada disso. Ela pode vir a ter um câncer? –Pergunto preocupado. – Diz e não deixo de me perguntar se isso é para me acalmar ou é realmente verdade.
- Calma pirralho! Mamãe vai ficar bem, ela é forte. Ela ainda está na menopausa, geralmente o câncer vai acometer mulheres que estão no pós-menopausa. Logo vai ser retirado o cisto e ela não será acometida por nada mais. – Ela desata a falar e fico apenas a ouvir.
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O garoto da frente
Teen FictionLaila é uma menina meiga, estudiosa, linda, pequena, muito forte já que tem que ser a normal da sua família complicada demais e perdidamente apaixonada por Alê, o garoto da frente. Alê é um o filho mais novo de uma família workaholics (viciados em...