"A verdade sempre aparece. É uma das regras fundamentais do tempo."
Gossip Girl
Assim que chegamos, com cerca de duas horas de viagem depois, os empregados, que são muito atenciosos, da fazenda retiraram todas as malas dos bagageiros dos carros as levando porta adentro e antes de irmos comer, coisa muito solicitada durante todo o trajeto, fomos fazer um breve tour pela casa que é imensa logo atrás deles.
Ela tem ar campal, mas com uma pegada muito forte do modernismo da cidade. A cerâmica tem um tom areia que combina com a terra presente depois do gramado a frente da casa, assim como nas laterais. A área é ao redor de toda a casa, com armadores nas paredes e nas colunas de sustentação e tem até três redes armadas (laranja, vermelha e azul-marinho).
Dentro o primeiro cômodo é uma grande sala com TV de tela plana com vídeo- game e DVD, cadeiras de macarrão branco e alguns pufes, há alguns armadores também. Entrado mais, há uma "encruzilhada" com a união do corredor vindo da sala para a cozinha cruzando com o corredor dos quartos da direita, para os meninos, e da esquerda, para as meninas.
Vamos colocar nossas malas logo nos quartos para depois só seguirmos para conhecer o resto da casa e ficarmos logo para jantar, coisa que vai ser bem rápida já que o cheiro da comida tá por toda parte nos fazendo correr.
No lado esquerdo tem três quartos. Um é do casal (meus sogros, que não será usado) o outro é de Nico (que ficará eu, Alice, Bia e Nico, claro) e o outro é de hospedes (que ficará Lili, Leo, Jô e Emi). No lado direito tem dois quartos. Um é de Jorge e o outro é de hóspedes. Nem ao menos olho direito os quartos, deixo para depois e sorrio ao constatar que os demais fizeram o mesmo já que todos nos encontramos na encruzilhada quase ao mesmo tempo.
Passamos por um corredor não muito longo e entramos em uma cozinha ampla e bem arejada, com um janelão (que agora está fechado, mas acho que a vista deva ser bem bonita) aparentemente simples, mas se olhar direito vai ver que todos os eletrodomésticos são de ponta. Saímos por uma porta de madeira clara e entramos em uma área totalmente aberta, mas coberta. No meio há uma mesa comprida de madeira escura, no sul do local tem um fogareiro jeitosinho e uma churrasqueira, no leste tem uma pia grande, um filtro de barro e mais algumas redes.
Como é uma noite sem estrelas muito aparentes, pouco depois das dependências da cerâmica está tudo um breu só, por isso deixo para ver o que tem ali ao amanhecer. A mesa está posta e não perdemos tempo, todos reclamam um lugar e botam a mão para trabalhar colocando um pouco de cada coisa. Tem Maria Isabel, feijão tropeiro, churrasco e macarronada.
Depois de todos terem matado o que estava nos matando, cada um foi para seu respectivo quarto, tomou uma chuveirada, escovaram os dentes e, digo isso por mim e as meninas que estavam no mesmo quarto que eu, desabamos nos colchões pouco depois de colocar o pijama. A viagem foi muito cansativa e logo estou em um sono profundo.
Sonho com todas as atividades que realizaremos na fazenda nesses dias que ficaremos por aqui e uma coisa me deixou incomodada, o Rodrigo era uma sombra assustadora em todos os momentos e Alê tinha uma máscara de tristeza em seu rosto que me fazia ofegar. Eu nunca tinha visto ele assim, parecia que eu o estava vendo por dentro como ele realmente estava e que escondia muito bem com sua dissimulação normal de indiferença. E aquilo me doía o peito incomumente, me vejo sozinha com ele e meu sorriso que a pouco estava meu rosto se derretia me deformando com uma carranca de tristeza espelhando-o.
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O garoto da frente
Teen FictionLaila é uma menina meiga, estudiosa, linda, pequena, muito forte já que tem que ser a normal da sua família complicada demais e perdidamente apaixonada por Alê, o garoto da frente. Alê é um o filho mais novo de uma família workaholics (viciados em...