"Quem quiser vencer na vida deve fazer como os seus sábios: mesmo com a alma partida, ter um sorriso nos lábios."
Dinamor
A alegria não cabe em meu coração e transborda pelos olhos. Nossa. Eu me esforcei muito para conseguir passar no curso que daqui para frente será minha vida, mas não posso mentir, sempre fui muito pessimista e dessa vez não seria diferente. Eu pensei que não conseguiria e notar que estava errada faz meu coração querer parar de bombear.
Assim que Thais termina de dizer a situação de Alê, que foi muito boa, mãos e braços me acolhe puxando-me para si. Mamãe, papai e Alice me abraçam como se não houvesse amanhã e mal posso respirar, mas permito sem reclamar. Eles são meu porto seguro, não poderia deixar de sentir seu amor apesar de estarem quase me matando.
- Sempre soube que você conseguiria minha pequena! – Papai diz próximo ao meu ouvido com ternura. – Parabéns!
- Minha filhinha conseguiu! – Mamãe sussurra com sua voz melodiosa me enchendo de beijos.
- Não fez mais que sua obrigação bicha chata! – Alice, tenta dar uma de birrenta, mas sua voz está um pouco embargada. – Parabéns!
Assim que a família solta os novos calouros, nós nos abraçamos em conjunto. O abraço é reconfortante e cheio de saudades, já que alguns iram moram um pouco longe, mas é também de esperança porque vamos ter o futuro que sempre planejamos. Assim que nos soltamos uns dos outros, começamos a nos abraçar individualmente.
Jorge me ergue do chão e me beija apaixonadamente na frente de todos me pegando de surpresa. Nem deu tempo de ficar envergonhada, por isso correspondo no mesmo nível.
- Parabéns Grandão! – Digo sem fôlego, assim que ele me solta de seu abraço de urso. – Você conseguiu!
- Você. Também. Minha. Pequena! Todos. Conseguimos! – Ele responde me dando selinhos ao final de cada palavra dita e sorrio feito boba.
Apesar de meus sentimentos estarem mais bagunçados que o normal, o que sinto por ele desde o inicio permanece. A admiração, o companheirismo, o carinho... Tudo continua igual. Só perde para o que sinto por Alê e é exatamente o que sinto por ele que confunde tudo. Eu realmente não consigo entender porque apesar do tempo e de tudo que se passou meu coração ainda pertença a ele.
Uma vozinha sussurra dentro de minha cabeça uma frase que faz um tempo que não ouço: O que é verdadeiro permanece. E essas palavras não poderiam ser mais verdadeiras...
Depois de quase me fundir com Lili em um abraço de ferro cheio de afeto a última pessoa com que falto abraçar é exatamente o dono de toda minha confusão mental e sentimental. Ele ainda está trocando tapas nas costas com Paulinho, quando percebe que também só falta me parabenizar.
Paulinho me lança seu sorriso fofo e metalizado, que faz aparecer de forma ainda mais evidente sua covinha no queixo, passando a mão nos cabelos (Joana não quer admiti, mas se derrete toda com esse sorriso e passada de mão) enquanto se vira indo em direção à dita cuja, que já está com as pernas bambas o esperando.
Percebo que ao redor nossos amigos estão conversando uns com os outros ou com os familiares, mas pelo que percebo ninguém está prestando atenção em nós dois. A sensação de está "sozinha" com ele me deixa um pouco aflita e noto em seu olhar que ele também não está lá muito confortável também.
Dou um passo para mais perto dele querendo logo acabar com isso e parar de sentir como se tivesse uma seta gigante com leds sobre minha cabeça e ele faz o mesmo. Senti-me na época que sentia nojo de garotos, porque sinceramente não sabia como chegar e abraçá-lo, esse pensamento me faz rir um pouco e isso faz Alê ter uma atitude bem-vinda e me abraçar logo.
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O garoto da frente
Teen FictionLaila é uma menina meiga, estudiosa, linda, pequena, muito forte já que tem que ser a normal da sua família complicada demais e perdidamente apaixonada por Alê, o garoto da frente. Alê é um o filho mais novo de uma família workaholics (viciados em...