Laila - Parte I

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"O truque foi esquecer o que ela havia perdido... e aprender a seguir em frente com o que lhe restara."

Lisa Kleypas


Mas o que diabos Alê estaria fazendo aqui? Ele está doido? Eu estou tentando seguir minha vida como ele fez! Por que não me deixa fazer isso? Meu Deus, só pode ser carma!

- O que faz aqui Alê? Não devia estar com sua namorada agora? - Jorge disse calmante saindo de cima de mim.

- Ela está com umas amigas dela. - Ele passa fervorosamente a mão pelos cabelos do jeitinho mais lindo, que conheço bem de quando está estressado.

- Isso responde minha segunda pergunta, mas e a primeira? - Jorge estende a mão para mim e me ajuda a levantar. Me limpo, já que estou cheia de areia seca e molhada, como também sal.

Olho para Alê esperando sua resposta ao lado de Jorge. Ele agora está com o olhar perdido, como se saísse de um transe. O ódio que estampava sua face se foi e ficou o arrependimento.

- Eu não sei bem, mas preciso falar com você Jorge. - Ele olha para mim e conclui: - A sós.

Jorge olha para ele como se não acreditasse no que estava acontecendo.

- Eu estou meio ocupado agora. Não pode ser outra hora? – Impaciência é algo muito presente na sua voz.

- Não tudo bem, eu vou voltar para festa. Podem conversar a vontade. - Eu digo e ambos me olham. Alê aliviado e Jorge com tristeza e raiva.

- Então, eu a acompanho. - O último oferece carinhosamente, passando a mão na base das minhas costas. Um leve arrepio passa por mim e vejo Alê serrar a mandíbula.

- Não precisa eu vou sozinha, sei o caminho. Não se preocupe comigo. - Sorrio delicadamente para mim e diz:

- Tudo bem, mas a ajudo a sair daqui, tudo bem? - Pediu e não pude negar... Ele é muito fofo.

- Tudo bem então. – Aceito.

Alê ficou com cara de taxo em meio a nossa conversa particular e se afasta rapidamente para passarmos, já que está em frente à escada. Nem me despeço dele, por que até estou decepcionada. Ele tão pouco me olha.

Queria ter beijado Jorge, eu mereço isso. Já sofri demais por ele e agora que tento me reerguer e ficar realmente bem, ele atrapalha.

Jorge me ajuda a subir e a descer ambas as escadas e quando já estou sã e salva do outro lado eu chego bem perto dele e digo:

- Obrigada por me trazer aqui, eu realmente adorei. Espero um dia poder ver isso pela manhã... - Me estico toda, planto um beijo na bochecha e sorrio para ele que me corresponde me dando um leve beijo no canto da minha boca. Sorrio um pouco por surpresa, ele me lança um olhar incendiador que quase desfaleço. Quero poder abraçá-lo, mas apenas devolvo a jaqueta que me emprestou e acho por bem seguir de volta para a casa.

Mas apesar de andar com presa quase correndo, o que eu queria era ser uma mosquinha para poder voltar e ver o que Alê tem a dizer. Aquilo me pegou de surpresa e não entendi nada, mas o jeito é esperar para ver no que dá.

Entro casa a adentro e nem olho ao redor, não estou com estômago para ver pessoas se beijando, vomitando ou transando descaradamente. No caminho vejo a namorada de Alê com um copo colorido na mão dançando loucamente com umas meninas e sei que é daquilo que preciso.

Sigo direto para o bar, deixo para procurar pelas meninas como segunda opção. O que preciso agora é algo forte.

Bem forte.

Oi amores! E aí? Tão gostando do Jorge? Da dor de cotovelo do Alê? Da Laila tentando seguir em frente?
Vamos lá quero a opinião de vocês... comentem rsrs

Beijinhos, Mah! Não esqueçam das estrelas... 

O garoto da frenteOnde histórias criam vida. Descubra agora