Alê - Parte I

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"O que me deixa mais triste é saber que a pessoa que eu amo, pode ser feliz sem mim."

Anônimo


Faz exatamente cinco meses depois da mega festa de aniversario de Jorge. O dia em que perdi de vez a coisa mais linda da minha vida a qual enxotei e magoei para mantê-la bem longe de mim. Não tem um dia se quer que não me martirize por ter feito o que fiz com minha Laila, com Laila.

Depois de algumas semanas Jorge a pediu em namoro em um almoço na praia no restaurante preferido dela, depois de todos estarem satisfeitos com a maravilhosa comida (Laila tem bom gosto, com certeza) ele fez o pedido e ela tão doce quase chorou e pulou como um macaquinho no pescoço dele, selando tudo com um beijo que tão logo foi aplaudido. Estavam marcando presença Tomás e Bia, Lucas e Lili, ambos os casais estão namorando (estão muito felizes isso é bem visível) também a mais ou menos o mesmo tanto de tempo que Jorge e Laila, Alice, Nico, Emi, Jô e Leo, assim como Paulinho, os gêmeos, Gabi e Rafa, Arthur e Fernando, esses solteiros vivem de pegação, estão apenas esperando quem cai primeiro apaixonado. Lili me olhava de soslaio para ter certeza que eu não faria nada para atrapalhar e fingi apenas que não estava percebendo. Ah, claro, e tinha eu com Babi também de platéia.

Eles estão juntos desde então e sou obrigado a vê-los felizes na minha frente sempre, já que ela é minha vizinha da frente e ele é um dos meus melhores amigos.

Agora sei verdadeiramente que o que a fiz passar foi à coisa mais cruel de todas...

Eu sinto isso na pele agora e só Deus sabe como queria voltar atrás e fazer tudo diferente.

Queria poder ter me deixado sentir, como fiz para impedi, queria poder tomá-la como minha, não enxotá-la como um cão sarnento (Lai jamais usaria essa comparação já que ama os animais), queria poder aproveitar mais momentos com ela, abraça-la mais, beijá-la mais, senti-la mais... Mas fiz tudo ao contrario.

BURRO! BURRO! BURRO!

Essa é a ladainha que sempre toca em minha mente todas as vezes que os vejo juntos e todas as vezes que revivo os momentos que tivemos, ou seja, sempre.

Ainda continuo com Barbara, mas como dizia uma frase que li há pouco tempo em uma rede social:

"Estar com alguém errado, é lembrar em dobro a falta que faz alguém certo."

O meu certo agora está com outro e eu não posso fazer nada, minha vez já passou, além de esse outro alguém é Jorge, meu parceiro, eu não poderia impedir dela ser feliz verdadeiramente com alguém, mesmo esse outro alguém não sendo eu que já a fiz sofrer tanto, ela não me perdoaria...

Voltando a Babi, nós continuamos nas mesmas, apesar de que ela estar ficando um pouco grudenta demais a mim nos últimos tempos, parece que ela quer mostrar a alguém que está bem, que está por "cima da carne seca" como dizia minha avó, mas não tô nem me lixando, ela que faça isso para quem bem entender. Não quer sair sem mim, não deixa me sair sem ela e ai vai.

Meus pais até que gostam dela, já que sua mãe é compradora fiel da loja da minha e são amigas há anos. Sempre há eventos para estarmos grudados, assim como estudamos juntos e isso meus pais super apoiam já que podemos estudar juntos e ela pode me dar uma forcinha nas matérias que não sou tão bom...

Enfim, a única coisa boa, no meu ver claro, sobre tudo o que tá havendo é que o Sr. Eduardo, pai de Laila, diminui suas bebedeiras. Depois que ele conheceu o sogro de sua filha uma amizade cresceu ali, assim como fez que ele também tivesse mais amizade com meu pai, já que meu pai e Augusto (pai de Jorge) são melhores amigos. Os três vivem fazendo almoço de domingo juntos e isso quer dizer?! Mais tempo vendo quem amo com outro...

Agora verdadeiramente sei o que Caio Fernando de Abreu quis dizer sobre o amor, ou melhor, sobre a perda dele. Aquelesentimento que sempre soneguei e imaginei não existir.

"A perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro (a) - mas a morte é inevitável, e, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo (a), há então uma morte anormal. O NUNCA MAIS de não ter quem se ama se torna tão irremediável quando não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo - porque se poderia ter, já que está vivo (a). Mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: NEVER."

Mas será se jamais terei Laila novamente ao meu lado me amando como antes?

Espero que não seja uma pergunta retorica, mas só o tempo dirá...


Oi meus amores!! Tudo bom? Espero que sim, já eu estou bem cansada.
Não esqueça da estrela! Adoro elas :3 Comente também, adoro mais ainda quando vejo que estão interagindo comigo :D
Beijos, Mah!

O garoto da frenteOnde histórias criam vida. Descubra agora