Alê - Parte I

3.8K 266 75
                                    

"Talvez não seja nessa vida ainda, mas você ainda vai ser a minha vida..."

Armandinho

A mensagem tinha a seguinte intimação:

Laila... Estarei te esperando na praia, você sabe qual. Vá com a mente descansada e aberta, iremos decidir o que realmente vai acontecer daqui para frente.

Obs: Leve sua prancha.

Com amor, Alê.

Eu sei que fui duro ao falar com ela e até mesmo a pressionei para esse encontro, não deveria ter feito, mas fiz. Agora é esperar para que ela escute com o coração e faça a escolha certa. E espero mais ainda que ele bata mais forte por um só nome...

O meu.

Durante todo o tempo que ficamos separados, por culpa minha é claro, eu sofri e cresci. Quero falar isso a ela e principalmente mostrar se assim ela me aceitar.

No restante da festa a animação aumentou e ao mesmo tempo ficou estranho (para mim aparentemente). Não voltamos a dançar ou ter qualquer contato físico, mas isso não impediu de furtivamente a olhar e ser agraciado por ter seus olhos chocolate fazendo o mesmo.

Percebi que Jorge estava diferente, quase como se ele já estivesse esperando por algo e apesar de amá-lo como um irmão, eu rezo para que sim, que aconteça algo. Mas se Laila por fim decidir por ele eu aceitarei. Ele é a pessoa mais indicada para cuidar dela com o amor e carinho que eu cuidaria. Abriria mão dela para ele sem pestanejar, ele foi digno disso, enquanto eu fui apenas um moleque. Eu a amo e aceitarei sua decisão. Afinal o amor é isso, é abdicar da sua felicidade por alguém que merece.

Eu a amo de um jeito que jamais pensei amar alguém. A amo ao ponto de querer vê-la feliz, mesmo que não seja comigo. O amor é isso. Ele não nos magoa, ele nos eleva a um patamar maior. A abdicação por um bem maior é um sinal de evolução surpreendente.

Assim que acordo de uma noite mal dormida, um frio se apodera do meu estômago

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Assim que acordo de uma noite mal dormida, um frio se apodera do meu estômago. Ele está embrulhado e por isso nem penso em levar e tomar o café da manhã. Estou com um pouco de ressaca, já que bebi um monte na festa e simplesmente capotei aqui na casa de praia no meu quarto.

Vejo a hora no relógio e são quase 15 horas. Pela falta de barulho ou qualquer movimento na casa, eu sei que os demais voltaram para casa na cidade e me abandonaram aqui para ficar só arquejando.

Depois que enviei a mensagem para Laila, vi seus olhos chocolate se tornando mais duros durante a festa, mesmo que dançasse e sorrisse com nossa galera para mim era visível que não estava bem e eu resolvi fazer o mesmo, só que bebendo para entorpecer. A cabeça uma zona, mas por fora só alegria.

No final dancei com quase todas as mulheres acessíveis e dancei até com Rodrigo e Tomás, que já estavam para lá de Bagdá juntamente comigo. No final só estava tocando um paredão e nossa galera se juntou, tudo bêbado, e dançamos de forma sensual ou pelo menos era o que achávamos a música Rhythm Is A Dancer, fingimos até um strip-tease como gogo boys profissionais.

O garoto da frenteOnde histórias criam vida. Descubra agora