Capítulo 22 - Futura noiva

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Agnes saiu com o carro que estava estacionado em frente à calçada. Não sabia para onde ela estava indo, não sabia o que havia acontecido, mas pelo jeito, coisa boa não podia ser.

— Ela sabe dirigir? — perguntei a Alissom, já sem fôlego do meu lado.

— Bom, ela deu a partida no carro, então eu acredito que saiba...

— Ligar o carro e acelerar não quer dizer nada! — quase gritei, estava nervosa.

— Kate, eu não sei! Eu nunca vi ninguém ensinar ela, você que deveria saber disso, amigas contam tudo, não é? — ele falou, estava trêmulo, pedindo um táxi.

— Eu acho que ela não me cont... — fui interrompida por um barulho muito alto. Minha cabeça e a de Alissom viraram no mesmo segundo, procurando a fonte.

Quase quatro esquinas a frente, o carro de Alissom estava virado de cabeça pra baixo. Os outros carro haviam parado, e muitas pessoas começaram a correr para tirar ela lá de dentro.

— Não! —  gritei, ao mesmo tempo em que Alissom começou a correr em direção a ela.

Duda, em meu colo, começou a chorar, pois havia se assustado com a batida e com meu grito desesperado. Tentei acalmá-la, e tentei me acalmar também, pois uma crise de pânico no meio da rua não seria muito útil naquele momento.

Fiz alguns exercícios de respiração, balançando a pequena em meus braços, e disquei os números do telefone de Gabriel.

— Alô? — Gabriel atendeu.

— Gabriel, você tá ocupado? — tentei não transparecer pânico na ligação, ele pareceu nem notar.

— Eu tô indo aí buscar a Agnes. Falando nisso, manda ela olhar o celular. — ele falou, parecia empolgado.

— Mudança de planos, Gabi...

Assim que expliquei a situação, ele começou a gritar e se desesperar, me questionando do porquê de ela ter pegado o carro, mas nem eu mesma sabia. A ambulância chegou aos meus ouvidos, desliguei a chamada não me importando com o que ele estava falando.

Ele era o namorado dela há pouco tempo, eu era melhor amiga dela há pelo menos uns 10 anos. Se ele quisesse surtar e achar que eu devia alguma explicação, ele que falasse sozinho, eu também estava sofrendo, e precisava ajudar minha amiga.

Estava tão nervosa, que pedi carona até o hospital mais próximo para o primeiro estranho que apareceu. Por sorte, ele me levou até lá sem hesitar ou fazer mais perguntas. Chegamos quase ao mesmo tempo que a ambulância, e Agnes estava desmaiada na maca, com o pulso em um ângulo estranho.
Alissom estava na sala de espera, com a cabeça entre os joelhos, tentando não surtar. Assiknque pos os olhos em mim, desatou a chorar.

— A minha irmãzinha, Kate! Eu não posso perder ela também!

— Eu sei, eu sei. Eu não quero perdê-la também, mas ela vai ficar bem.

— Como eu vou superar isso? O que tá acontecendo! — ele começou a berrar, olhando para o teto do hospital.

— Alissom, do que você tá falando? Superar o quê?

O irmão da minha melhor amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora