Capítulo 45 - Expulsa

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As horas tinham passado rápido, e de repente, o sinal já havia tocado. Alissom tinha ido embora uns minutos antes, vendo que o guarda ja começava a fazer a ronda em volta do pátio, mas eu não tinha o intuito de deixar aquele belo horizonte tão cedo.

— Finalmente mostrou o seu eu verdadeiro, né Kate? Está pastando, como as vacas fazem. — Vitória apareceu, me assustando.

— Nossa, Vitória, você gastou seus último dois neurônios pra pensar nessa piadinha? — falei.

— Vou agora mesmo falar com a diretora, tenho certeza de que ela vai querer revisar as câmeras pra saber porque você está aí deitada. — a menjna cruzou os braços, me desafiando a chutar a cara dela.

— Eu acho que você deveria realmente pensar se está mesmo apaixonada pelo Arthur, ou se é por mim. — levantei, ficando de frente pra ela.

Sem dizer mais nada, Vitória saiu marchando para a sala da Diretora, e eu rezei para que ela não levasse a sério esse negócio de câmeras. Eu seria expulsa, com certeza, mas Alissom poderia ser processado por invasão de propriedade, e com certeza perderia a guarda de Duda.

Entrei no corredor, onde todos já estavam se dirigindo para o refeitório, eu não tinha dormido nem um mísero segundo, não sabia como prosseguiria o resto do dia. Ao entrar no quarto, as quatro meninas viraram a cabeça abruptamente para mim, com sorrisinhos bestas.

— Eu estou com muito sono, me façam perguntas quando meu cérebro voltar a funcionar. — falei, as meninas riram.

— Está com sono por que, Kate? Dormiu fora da sua cama? — a voz enjoada da Diretora surgiu atrás de mim.

— Dormi sim, violei alguma regra? — mal olhei para ela, segui arrumando minha cama bagunçada.

— Por que você dormiu na grama se você tem uma cama? — ela perguntou, sem paciência.

— Eu vou repetir a pergunta: violei alguma regra? — cruzei os braços, chegando perto da figura rígida para em minha porta.

— Não há nenhuma regra que proiba você de dormir na grama, mas tem regras sobre o horário fora do campus, Kate. — ela falou, gentilmente, parecendo ter ganhado a guerra.

— Por mais que eu adore quebrar uma regra, essa eu não quebrem. Sim, há uma regra sobre o toque de recolher, mas não há nenhuma regra, sobre acordar mais cedo. Quando eu saí do meu quarto, já estava dia, então não tem nenhum motivo pra me acusar ou me por de casti... — fui interrompida por um barulho estrondoso de janela quebrando.

— Ah!!! O que foi isso? — a diretora gritou, se abaixando atrás de mim.

— Jogaram uma pedra na janela! — Vivian gritou, furiosa. Jogando a pedra de volta.

— Por que fariam uma coisa dessas? —da perguntou, ainda abaixada atrás de mim.

— Ah, você não tem nenhuma ideia? A Lorena e o seu filho estão namorando, metade das meninas tem motivo pra querer matar ela.

— Kate... — Lorena resmungou, batendo na testa.

— Você está namorando com o meu filho? — a mulher arregalou os olhos.

— Opa, não era pra contar? Foi mal. — pus a mão na boca.

— Tem um bilhete!!! Aqui diz: "Kate, você roubou tudo de mim, chegou a hora da.minha vingança. Assinado V." — Pérola mostrou o papel

— É uma ótima referência ao filme. — Vivian deu de ombros.

— Como a Vitória é idiota. — bufei

— Vocês acham que foi ela?

— Você tem alguma dúvida? Mas pode deixar que vou conseguir uma prova concreta. — falei, a mulher me olhou assustada.

— O que vai fazer? — Vivian perguntou, assim que eu saí pela porta.

Marchei até onde Vitória estava, no meio do pátio se gabando para as meninas de ter "dispensado" Arthur, mas todas nós sabíamos que era mentira. Vivian veio atrás de mim, não sei se para me ajudar, ou me impedir.

—  Covarde!

— Tá falando comigo? — ela levantou a cabeça.

— Sim, com você, sua covarde.

— Covarde por quê? Só porque não consegui acertar a pedra na cabeça da sua amiga? — ela deu um riso cínico.

— Covarde por não ter peito o suficiente pra enfrentar alguém do seu tamanho. — foi a última coisa que falei, antes de partir pra cima dela.

...


— Isso é inadmissível! Duas das minhas melhores alunas se metendo em brigas. — a diretoria disse, se referindo a Vivian e Vitória, depois olhou para mim — De você eu não esperava nada diferente.

— Muito obrigada.

— Você veio parar aqui pelo menos umas três vezes só essa semana!

— A Kate já pode pedir música no Fantástico. — Vívian resmungou.

— Eu não acredito que a senhora vai me punir sendo que eu fui agredida! — Vitória abriu a boca, fingindo estar chorando.

— Vitória, não se faça de sonsa. Eu vi muito bem a pedra que você jogou no quarto das meninas, eu estava lá. Poderia ter machucado alguém!

— Esse era o objetivo!

— Bom, diante dessa afirmação, eu não posso fazer mais nada além de expulsar vocês três.

— Expulsa? Eu não posso ser expulsa! Meu pai dá rios de dinheiro pra esse lugar todo ano! — a loira explodiu.

— Expulsa, sim! E pode deixar que eu mesma informo os seus pais. Agora saiam daqui, e sumam da minha escola.

— Não precisa nem pedir duas vezes. — falei, puxando Vivian comigo.

Vitória ainda quis argumentar, se demorando na sala da diretoria mais um pouco. Por mais que ela fosse insuportável, não queria que ela perdesse sua vaga na escola que era tão queria por ela.

— Sua mãe não vai ficar brava? — perguntei, Vivian deu de ombros.

— Minha mãe tá viajando, e ela não tá nem aí. Provavelmte vou ficar com a minha tia. E você? —

— Minha mãe vai ficar possuída! — sorri.

Continuava com medo de que ela pudesse fazer alguma coisa contra Alissom, mas ao mesmo tempo, eu não via a hora de sair daquele lugar horroroso!

O irmão da minha melhor amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora