Alguns meses mais tarde...
Tudo estava calmo, a casa era um silêncio completo. Exceto pelos chorinhos de bebê, de vez em quando.
Duda dera seus primeiros passos e agora, vivia bagunçando meus matérias da escola. Também aprendeu novas palavras, mas ainda tinha um pouco de dificuldade com a letra R.
Ela já estava perto de seu um ano de idade e minha mãe estava enlouquecida planejando a festa.Vitória já havia completado as 38 semanas de gravidez, porém não quis saber o sexo de seu bebê.
Apesar de não terem participado muito da gravidez, os pais dela deram o enxoval dos sonhos. O que fez Alissom perder de vez o quarto de hóspedes, pois o berço e os móveis do bebê, foram instalados lá.Eu continuava apaixonada por Alissom, e as vezes parecia que não havia como amá-lo mais, porém eu olhava para ele e descobria que sim, era possível.
A madrugada estava calma, Duda ainda não tinha acordado. Eu estaria dormindo, se não fosse pelo fato de que Vitória me acordou.
— Kate, acho que tem algo errado com o bebê — ela falou, se aproximando da minha cama.
— O que foi? O que você tá sentindo? — levantei rápido, acordando Alissom.
— É uma pontad... Ah! — ela gritou.
— Você tá tendo contrações! Calma, respira! Vamos para o hospital — Me levantei, e sentei ela na cama.
Peguei a bolsa dela e a do bebê, arrumei Duda, e Alissom nos levou.
— Aaah! — ela gritou novamente — Isso dói pra cacete!
— É um preço a pagar...
— Já estamos chegando! — Alissom disse, ele estava nervoso.
Chegamos no hospital e ela estava com três dedos de dilatação e contração de dez em dez minutos.
Ela andou pelo hospital todo, reclamando das dores, mas precisava andar para ter dilatação.Quando finalmente conseguiu, ela segurou minha mão.
— Kate, eu tô com medo! — ela disse, chorando.
— Calma, vai dar tudo certo!
— Por favor, não me deixa sozinha!
— Nunca! — sorri.
Na sala de parto, o médico dizia pra quando fazer força, e confesso que estava bem nervosa, pois nunca havia presenciado um parto na vida.
— Kate, eu não aguento mais! — ela disse, com a voz fraca e melancólica.
— Você consegue, Okay? Só mais uma vez... — falei, beijando sua mão.
Foi então que eu escutei aquele chorinho de neném.
— Olha só que meninão lindo! — O médico disse o enrolando num pano azul.— Você ouviu? É um menino! — falei, e ela começou a chorar.
— Meu menino... — a enfermeira o colocou em seu colo.
Depois de alguns minutos, eles cortam o cordão umbilical e o enrolam colocando em uma cama ao lado da de Vitória.
— Qual vai ser o nome dele? — uma das enfermeiras perguntou.
— Henri... O meu pequeno Henri!
— O nome de um príncipe, para um verdadeiro príncipe! — falei, e sorri.
Após algumas horas, as visitas foram liberadas e Henri recebeu seus primeiros amigos.
Duda e Alissom vieram, quietinhos e ficaram olhando o novo bebê.
— Nenê, papá! — Duda disse, batendo palminhas.
— É meu amor, é um nenê! — ele disse orgulhoso.
Depois, chegaram mais visitas e o espaço foi ficando apertado, então eu resolvi deixar as novas pessoas admidararem o novo bebê.
— Kate, espera! — Vitória disse, ao me ver saindo.
— O que foi? — falei, chegando perto de sua cama.
— Quero agradecer por não me deixar sozinha...
— Não precisa agradecer, — sorri — você acabou se tornando uma amiga e tanto.
— Eu quero te propor uma coisa... — ela segurou minha mão.
— Que coisa? — perguntei.
— Quero que você e o Alissom sejam padrinhos do Henri!
Na hora que ela falou, eu fiquei sem reação. Não sabia se ria ou se chorava... não sabia o que dizer, não sabia o que fazer. Só sabia que dentro do meu peito, existiam fogos de artifício queimando.
— Nós adoraríamos! — Alissom respondeu e eu assenti.
Me senti tão bem com aquele convite, eu estava nas nuvens...
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O irmão da minha melhor amiga
RomanceDizem que o amor e o ódio andam lado a lado. Kate discorda disso totalmente. Alissom também. Kate nunca entendeu por que Alissom parecia odiá-la. Desde criança, ele era sempre distante, grosseiro e fazia questão de evitar qualquer lugar onde ela est...