Eu te amo

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A manhã de sábado estava nublada, e eu esperava que fosse um ótimo dia pra ficar em casa, fazendo nada. Pensei ser um dia tranquilo, um dia com o qual eu não deveria me preocupar. Bom, eu nunca estive tão enganada em toda minha vida.


— Alissom, eu vou ao mercado comprar fraldas para a Duda, vou deixar meu celular em casa. Ah, e o Bernardo vai vir aqui almoçar. — falei, pegando as chaves.

— Eu adoro o jeito que você foge da sua família. — ele disse, cruzando os braços.

— Se você tivesse nascido nela, iria entender. Cuida bem da Duda. — falei, saindo.

Levei menos de vinte minutos para ir r voltar, mas foi o suficiente para uma bomba estourar na minha própria mão.
Assim que saí  do elevador, Alissom abriu a saída de emergência e foi praticamente pulando os degraus da escada.


— Ei! — gritei, mas ele nem mesmo me ouviu.

- Ele está bravo, deixa ele expandir essa raiva! - a loira disse, se jogando no sofá.

- O que aconteceu? - perguntei.

— Ele viu as mensagens que o Arthur te mandou. Bem íntimas, hein. — Vitória disse, me entregando o celular.

Peguei o aparelho das mãos dela, olhando as três mensagens que tinha com o contato "Arthur". Não fazia nenhum sentido.

- Oi, gatinha.
Estou com saudades, quando vamos ter aquela noite quente de novo? Bjos.

— Isso não é verdade, eu nem tinha o número do Arthur. — falei, pedindo um carro para me levar até a escola, pois era nítido o lugar onde Alissom estava indo.

— Eu sei. Você deveria me parabenizar pelo plano perfeito, tá? — ela disse, dando um sorriso malicioso.

— O quê quer dizer com isso?

— Que esse número é meu. Eu peguei seu celular, que estava sem senha e apenas adicionei o meu número com o nome do Arthur. O resto, Alisosm se encarregou sozinho.

— Você fez o quê? — eu iria presa, com certeza, mas antes precisava resolver o problema com o homicídio que o Alissom iria cometer.

Deixei Duda com Bernardo, e fui até a portaria, entrando no carro que estava estacionado lá. Obviamente a viagem me custaria uma fortuna, afinal, o colégio era na cidade vizinha, no meio do mato.

Ao chegar lá, já podia ouvir os gritos. Um homem com o orgulho ferido querendo retratar a honra de sua dama... em que século estávamos mesmo?


— Do que você tá falando? — Arthur disse, franzino o cenho.

— Eu vi nitidamente as mensagens que você mandou, e quero saber que merda é essa? — Alissom gritou, pegando Arthur pela gola do uniforme.

— Alissom, solta ele. Não é nada disso que você... — comecei, mas ele me interrompeu.

— Vai defender ele, Kate? — ele me olhou, com raiva — Você deveria estar muito desesperada pra ficar com alguém como ele, né?

— Você só pode estar brincando comigo. — sussurrei.

— Não, quer saber? Vocês até que combinam. Dois filhinhos de papai, mimados e sem noção. — ele praticamente cuspiu.

O irmão da minha melhor amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora