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Assim que desembarcamos no aeroporto, fomos direto para o apartamento que meus pais tinham alugado para mim. Eu iria morar só, Felipe no apê da frente e Beatriz no apê ao lado. Estava tudo caminhando perfeitamente bem, tudo no seu devido lugar. Assim como eu tinha planejado a anos.

- Como é bom está aqui, e com vocês. - eu disse após largar minhas malas em casa e suspirar aquele ar de casa nova.

- Vai ser uma viajem e tanto, espero aproveitar cada segundo com vocês. - Felipe disse me olhando, e sorriu.

- É, vai ser bem interessante. - ouvi Beatriz resmungar enquanto rodeava meu apartamento com o olhar.

Os convidei para um jantar, uma coisa mais íntima quando a noite caísse. Beatriz pensou até em recusar, mas quando Felipe concordou em vim, ela mudou totalmente de opinião sobre o que queria em segundos.

Assim que eles foram arrumar suas coisas, observei o apartamento melhor. Era maior do que eu imaginava, meus pais arrasaram na escolha certamente. Tinha dois quartos, dois banheiros, cozinha, sala de estar enorme e um escritório bem pequeno, eu diria que ali se concentrava uma mine casa. E o melhor, já estava tudo mobilhado e cheio de comida.

A noite caiu, terminei de arrumar minhas roupas que estavam na mala e corri para tomar um banho. Terminei rapidamente e vesti um vestido florido com estampa de flores Turquia, uma rasteirinha bege e uma maquiagem leve. A campanhia toca e vou correndo atender, ao abrir uma miragem tomou conta do meu olhar.

- Você está linda. - Felipe disse sorrindo. Me perco em seu olhar alguns segundos apenas olhando para seus olhos castanhos mel, tão vibrantes.

- Você também está lindo. - Eu disse lhe arrancando um sorriso. Está tão próxima assim de Felipe me fez recuar, lembrei-me de Beatriz, do avião, de mais cedo e desmanchei o sorriso assim que vi Beatriz aparecer diante de nós.

- Então, vamos entrar? Estou morrendo de fome. - ela diz com certo desdém, finjo não ligar e saí da porta para que os dois entrassem. Ultimamente ela anda estranha, como se eu fosse a estranha ali.

- Filme, pipoca, chocolate? - pergunto depois que eles se acomodaram. Felipe sorriu e Beatriz concordou rapidamente. Fui até a cozinha buscar e quando volto, Beatriz já tinha colocado o filme. Romance, ela sabe que odeio romance.

- Já escolheu o filme Bia? - pergunto de forma dócil, para não explodir ali mesmo. -Não combinamos que todos iriam votar para chegar em um acordo como sempre fazemos?

- Ah, desculpe Dul mas eu me permiti escolher o filme dessa vez. Tudo bem para você né? - Ela pergunta caminhando em minha direção, respirei fundo fechando meus olhos e sorri da forma mais alegre que consegui, fail.

- Tudo bem, vamos assistir isso logo. - eu disse rapidamente e ela sorriu me abraçando em seguida.

Deitamos no chão da sala que tinha um tapete macio e aconchegante. Ela deu play no filme e se deitou ao lado de Felipe, suspirei e coloquei minha melhor fisionomia de tédio que encontrei. Enquanto o mesmo passava lento e chato na TV, Beatriz se derramava em lágrimas - e detalhe, ela já assistiu aquele filme a mais de três vezes.

Uma hora e meia depois, solto um ar de alívio por ter finalmente acabado aquilo. Me levanto e vejo que Felipe e Beatriz dormiam no tapete, sorri com o jeito que os dois se viravam para permanecer ali e caminhei até meu quarto pegando um casaco de frio e um cobertor para eles. Após arrumar o cobertor nos dois, resolvi andar por aquela cidade até porque ainda era cedo, e à noite era o melhor horário de visita-lá.

Saí devagar e fechei a porta, caso acordassem era só trancarem para mim depois. Quando finalmente coloquei o pé para fora daquele apartamento, a sensação foi indescritível. Sorri boba para cada canto que olhava, era como se o paraíso estivesse na minha frente. Andava radiante e sorridente encarando as variadas lojas que haviam ali. Porém não durou muito, logo senti um impacto que me fez ir ao chão.

- Tá doida garota? É turista não é? Só pode ser! Aqui também passa carro está bem? - Um cara alto falou após me salvar de um atropelamento, não sei se sorria em forma de agradecimento ou se lhe dava um tapa por ter sido tão grosso comigo. Fiz os dois, talvez o pegando de surpresa.

- Não me leve a mal, só estava querendo conhecer a cidade. - falei emburrada.

- E morrer atropelada nela, não deve está nos seus planos não é? - ele continuou a falar grosso. Suspirei e então me lembrei que ainda estava debaixo dele, lhe empurrei e o mesmo se levantou, detalhe, sem me ajudar.

- Belo cavalheiro você é. - resmunguei me levantando. - Até nunca mais, seu grosso.

- E meu obrigado? Eu salvei a sua vida. - ele afirmou indignado, suspirei.

- Sabe o que você faz com o seu obrigado? - perguntei de forma gentil. - Engole, junto com sua falta de educação, babaca. - disse no mesmo tom que ele e saí dali deixando o mesmo de cara feia e resmungando.

- Tá tudo bem senhor Uckermann? - ouço alguém perguntar.

- Como se fosse uma bonequinha frágil. - resmunguei.

Respirei fundo mais uma vez e segui o meu trajeto, afinal não seria aquele ogro que estragaria a minha noite.

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Que bela recepção esses dois tiveram ein? Hahaha. Espero que estejam gostando. Qualquer crítica construtiva ou concelho podem comentar ? Estou aqui pra tudooo.

Querido Chefe - Vondy ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora