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Já perto da hora do jantar, tomei um banho demorado e coloquei uma roupa apropriada para o meu jantar com Anahí. Por foto, ela parecia bem elegante, dificilmente parecia ser apenas uma secretaria.

Após colocar a mesa, a campanhia tocou. Ajeitei meu vestido e fui atender a porta.

— Olá. — eu digo após abrir a porta. Anahí estava com um vestido curto, formal. Assim que me viu, abriu um sorriso.

— Olá, Dulce não é? — Perguntou e estendeu a mão.

— Ah, sim. Entre. — Falei e apertei sua mão, ela entrou sorridente. Nos ajeitamos no sofá.

— Quem diria. Senhor Christopher nunca foi de contratar mulher nova assim para o cargo de secretaria. Fico feliz por ser você a minha substituta. Apesar de termos a mesma idade, ele sempre dizia que nunca contrataria ninguém depois de mim. — Anahí comenta. Eu sorri de leve e ela sorriu.

— Também fiquei surpresa. Mas, eu que agradeço por você ter sido a última a trabalhar com aquele... ser. — digo meio indiferente. Logo, um sorriso misterioso aparece em seu rosto.

— Espera! Você e o Ucker... — ela pergunta desconfiada. Me permito sorrir antes de negar rapidamente.

— Nós não temos nada. Só não nos gostamos. — Falei simplesmente. Anahí que me olhava com um sorriso estonteante, vê seu celular tocar.  — Pode atender.

Ela se levantou toda saltitante. Passa alguns minutos e logo ela volta. Com um semblante sério, triste. Ela parecia querer chorar. A olhei confusa. A mesma tentou dar um sorriso.

— Tá... tudo bem. — Ela diz com dificuldade. Corri até a mesma e a abracei assim que vi uma lágrima solitária cair de seu rosto.

— Eu sei que não vim aqui para isso, me desculpe. — Anahí disse se levantado e desfazendo do nosso Abraço. Apenas sorri de leve.

— Não precisa se desculpar. Vamos jantar? — perguntei solidária e a mesma sorri confirmando.

O jantar foi realmente perfeito. Anahí é muito comunicativa e isso só facilitou o nosso diálogo. Nos identificamos muito uma com a outra.

Em um deslize, digo que em um momento de distração ela me contou que se apaixonou pelo chefe. Por um momento achei que esse chefe era Uckermann mas ela logo negou. O chefe de quem ela disse é Alfonso, Poncho para os íntimos - o que trabalha junto com Ucker, digamos que eles são melhores amigos. Ela acabou me contando toda a história dos dois e o porquê de ter sido demitida. Meu sangue ferveu em saber que o pai de Uckermann fora tão cruel.

— Mas era ele ao telefone mais cedo, Alfonso? — perguntei para matar de vez a minha curiosidade. Eu sei que é invasão de privacidade mas eu já contei toda mina vida para ela, então não vi problema. Já estávamos íntimas até demais.

— Era sim. — Ela diz como um sussurro. — ele disse que não podemos mais tentar ficar juntos. Você acredita?

Anahí soltou e eu a olhei espantada. Não era isso que eu esperava ouvir. Me levantei rapidamente e a abracei novamente. Dessa vez, ela desabou. Depois de chorar muito, ela finalmente me contou tudo. Tudo o que envolve os dois. Estávamos agora no sofá, deitadas tomando a terceira garrafa de vinho enquanto ela fala.

— E você acredita que ele me chamou na empresa tarde da noite pra me usar? Sério, eu não sei porque eu amo tanto aquele idiota, eu faço tudo o que ele pede e o que eu ganho? "Ah, não podemos mais dormir/ficar juntos, é errado". — ela dizia já bêbada. Foram muitos copos de Vinho. Por um momento, arqueei minha sobrancelha. Os gemidos tomaram conta da minha cabeça.
— E vocês... fizeram na sala do Uckermann? — perguntei como se não quisesse nada. Anahí sorriu e quase caiu do sofá quando foi deitar.

Querido Chefe - Vondy ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora