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Já era manhã e a minha animação não tinha igual. Acordei cedo e super feliz. Terminava de ajeitar tudo do café da manhã quando ouço a campanhia tocar. Com toda a certeza era Felipe, o liguei e pedi para que o mesmo tomasse café aqui pois tínhamos que conversar. Ele concordou e voilá, eis Felipe aqui na minha frente.

— Bom dia Lipeee. — gritei por conta do som alto.

— Que animação uma hora dessa. São exatamente... sete da manhã? — pergunta confuso olhando no relógio de pulso. Sorri e fui abaixar o som.

Estava tocando justo a minha música favorita, Inevitable.

Estou feliz. E tenho ótimas notícias. — disse indo até o balcão da cozinha onde ele estava beliscando um pedaço do ovo mexido que tinha acabado de sair do fogo.

— Deixa eu adivinhar, tem haver com o Sr. Uckermann? — pergunta com um certo deboche.

— Nãoooo. Quer dizer, sim. Mas não é como você deve está pensando. — disse meio confusa. — Só que antes, vamos conversar sobre ontem a noite.

— O que rolou ontem a noite? — se fez de desentendido.

— Não sei. Você que deveria me dizer. Afinal, não é todo dia que eu vejo Felipe e Beatriz literalmente juntos. — joguei no ar indo pegar um copo no escorredor de louça. — Me conta tudo. Só não em detalhes, por favor.

   Felipe sorriu e negou. Me sentei ao seu lado e ele começou a contar tudo que aconteceu. Senti saudade do tanto que gostava das nossas conversas. Chorava de rir com as palhaçadas que ele contava de cinco em cinco minutos.

— Então ela te atacou dentro do museu? Aquela hora da noite? Ah, conta outra vai Felipe.

— Não, é sério. Ela disse que eu tinha me sujado de salgadinho e se ofereceu para limpar.

— Velho isso ein. — comentei rindo. — Mas então, o que vocês são?

— Somos amigos... coloridos. — diz meio inseguro. Apenas concordo e terminamos de comer.

— Adivinha quem está de carro novamente? — pergunto balançando a chave nas mãos. — Espera aí que só vou trocar de roupa. Já já nos vamos.

— Tudo bem. — responde e pega o celular.

Em menos de cinco minutos eu já estava pronta.

Es que no enamorarme
De ti es inevitable
Quiero pero no puedo
Resistir este sentimiento. — cantarolava enquanto desligava o som e pegava a chave de cima da mesa. Felipe sorriu.

— Nunca se cansa dessa música não é garota? — pergunta em seguida. Revirei meus olhos e o puxei até a saída.

— Você sabe que é a minha preferida.

— É, eu sei. — responde e logo depois descemos.

— Então, qual era a notícia que tinha pra me contar? — Felipe pergunta ao entrar no carro. Sorri e neguei.

— Na hora do almoço conversamos... — falo simplesmente e o vejo mudar de expressão. — Mas se você tiver marcado com a Beatriz tudo bem, pode deixar pra...

— Não. — ele me interrompe. — Tudo bem, vou almoçar com você.

  Apenas sorri em concordância e seguimos o caminho todo em silêncio. Chegamos à empresa mais cedo que o normal. E naquele momento, eu só desejava saber o que tinha rolado entre Annie e Poncho na noite anterior. Me ajeitei na mesa e logo Uckermann chegou. Bem vestido e cheiroso. Dono de um sorriso esplêndido.

Querido Chefe - Vondy ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora