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A manhã passou rápida, a hora do almoço voando e quando vi já era hora de voltar para casa.

Passei quase que a tarde inteira preenchendo formulários e ajustando números daquelas malditas pastas entregue pelo Sr. Uckermann.

A "Margo" saiu da sala dele por volta de uma hora depois. E não, eu não estava cronometrando tudo. Só tive curiosidade em saber o que realmente ela é dele. Nada demais.

Felipe já foi, dizendo ele que tinha um jantar importante. Eu ein. Aí tem coisa.

A empresa está praticamente vazia, sempre sou a mais atrasada. Já enviei as pastas para WoXol faz um tempo, mas todos aqueles papéis espalhados pela minha mesa está realmente me incomodando, e muito. Terminei de jogá - los nos lixo, limpar toda a mesa e finamente ia saindo, quando sou surpreendida por barulhos constantes vindos de uma das salas. Barulhos que logo reconheci ser de gemidos, e vinham da sala de Christopher. Revirei meus olhos instantaneamente e saí o mais rápido dali.

Não sei o que me deu. Mas uma raiva me consumiu por inteiro e quando vi, já caminhava pelas ruas de Londres sem olhar para nada nem ninguém, só me lembrando daqueles malditos gemidos.

Cheguei em casa depois de alguns minutos. Estava tudo em ordem, tudo no seu devido lugar. Já liguei para Anahí e a chamei para jantar aqui amanhã. Assim ela me explica tudo direitinho e quem sabe, nos tornamos até amigas? Nunca se pode duvidar!

Tomei um banho relaxante, vesti minha camisola logo depois e me joguei na cama. Lia um livro sobre ficção, quando sou surpreendida por uma ligação. Me assusto por imediato mas assim que o atendo, ouço uma voz preocupada da minha mãe soar do outro lado da linha.

Filha? Filha você está bem? Me responde menina! — ela dizia sem parar.

— Calma mãe, eu tô bem. O que houve? — pergunto curiosa e com um pontinho de preocupação.

Graças a Deus! Eu acabei de ter um pesadelo meu amor. Parecia ser uma parte de mim sendo arrancada, eu não sei explicar direto. Parecia tão real. — ela diz ainda nervosa.

— Mãe a senhora não pode se estressar. Cadê o Gi? E o Gu? Faz assim, vai beber um copo de água e deixa que eu ligo pra Maite está bem? — digo tentando manter a calma. Está longe de tudo, da família é tão ruim uma hora dessas.

Tudo bem minha filha. Eu vou fazer isso! Me ligue de volta assim que puder, o mais rápido possível. — ela parecia suplicar. Respirei fundo sorrindo.

— Pode deixar mãe. Te amo.

Te amo meu anjo. Até mais. — Ela diz e então desliga.

Sinto um medo me percorrer. Esses sonhos que minha mãe tem, nunca deram errado. Foi assim que soubemos da morte do meu pai. Por um sonho que minha mãe teve. Estávamos viajando, eu, ela e Maite para Caldas Novas em uma viagem de família, meu pai iria depois. Estávamos a exatamente cinco dias lá, meu pai viajaria a noite pois para ele era bem mais tranquilo já que não seria a primeira vez. Tinha tudo para ser uma viagem tranquila, se minha mãe não acordasse assustada as três da manhã alegando está com falta de ar. Ela suava e chorava sem parar. Eu tinha doze anos e Maite tinha quatorze anos, e mesmo assim entendíamos tudo o que acontecia. E quando mamãe nos contou o sonho por impulso, nós choramos, choramos antes de saber de fato se papai estava bem ou se realmente só foi um pesadelo de mamãe. Naquele dia ninguém conseguiu mais dormir. Foi quando, a notícia que menos esperávamos - ou que já esperávamos - noticiou em todos os jornais naquela época, no fim da tarde de Quarta.

Querido Chefe - Vondy ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora