P.O.V's Beatriz
Festa de formatura. Exatamente o dia em que a minha amizade com a Dulce María foi por água a baixo. Ela o beijou. Ela beijou Felipe mesmo sabendo que eu sou completamente apaixonada por ele.Posso até está sendo precipitada, até mesmo louca em achar que Dulce tem inveja de mim. Mas tudo o que ela já fez ou quis fazer diz respeito a mim. Ela roubou Felipe de mim, se não tivesse ela como pretexto com toda a certeza eu e Felipe já estaríamos noivos. Mas, ja que ela não quer colaborar, eu preciso tira-la do meu caminho.
— Não precisa ficar com vergonha Dulcezinha. — falei voltando a me sentar agora na sua frente.
— Estou... surpresa. — ela sussurra ainda sem me encarar. Revirei os olhos e ela finalmente me fitou. — Por quê?
— Por quê? Ainda tem coragem de me perguntar isso? Não seja hipócrita Dulce María! — brandei irritada. Ela tossiu e saiu sangue. Arqueei minha sobrancelha. — Você tá bem?
— Te importa? — perguntou debochada.
— Não deveria mas me preocupo com você.
— Ah se preocupa? Eu sinceramente achei que seu ciúmes possessivo tinha ido embora. — pergunta agora irônica e indica com as mãos o sótão e as algemas em suas mãos.
Me levantei suspirando e andei novamente de um lado para o outro.
— Sabe, não precisava ser assim. Mas infelizmente você não colabora. Era pra você ter se afastado do Felipe.
— Além de tudo, além de você, nós somos amigos! Eu não vou me afastar dele em hipótese alguma.
— Dulce, Dulce. Você vai se afastar dele querendo ou não. Ou melhor, você vai se afastar dele por bem ou por mal. — falei agora me abaixando em sua frente. Peguei em seus cabelos e tirei uma tesoura do meu bolso. Eu já tinha largado o fósforo, vou fazer a mesma sofrer de outra maneira.
— Eu preciso me alimentar Beatriz. Não seja tão má, me dê comida por favor. — ela sussurrou de olhos fechados.
— Não, anjo. Primeiro, eu vou te dar um presente. — falei agora cortando uma mecha considerável do seu longo e chamativo cabelo avermelhado.
— Não faça isso.
— Por que não? Só estou te fazendo um favor. Daqui a alguns... meses, você não terá mais nada... — sussurrei agora em ouvido. Logo vejo seu olhar surpreso. Ela estava com medo, e eu me senti bem.
— Você é doente. Não precisa disso. O que você quer dizer? Que eu vou morrer? — sussurrou agora encolhida.
Me levantei rapidamente a olhando com pena.
— Bingo! — gritei agora comemorando. — Mas infelizmente não vai ser pelas minhas mãos.
— Seja clara pelo menos uma vez na sua vida! — brandou. Pude sentir o medo em sua fala. Não posso negar que essa sensação é incrível.
— Você está morrendo aos poucos Dulce María Saviñón. — falei de uma vez. Vi seu olhar rodear pelo lugar imundo. Logo, seus olhos se encheram de lágrimas.
— Não. Você está blefando. Eu não posso está morrendo. Eu só tenho vinte e três anos!
— Mas está! Achou mesmo que duas semanas no hospital só por causa de uma virose? Pensei que era mais esperta. Com os sintomas que está sentindo se não é gravidez, você só pode está com...
— Câncer... — ouço a mesma sussurrar encarando o nada.
— Finalmente! Ponto para Dulce María. — bati palmas sorridente. — E se depender de mim, você só vai sair desse lugar no seu último suspiro.
Sai do sótão no mesmo instante. Bati a porta e senti meu coração se contrair. Tantos anos de amizade e iria acabar assim. Mas eu não posso sentir pena dela, não de Dulce María. Não depois de tudo o que ela fez.
×××
Já era noite quando estava entrando no apartamento. Uma movimentação louca tomou conta do andar.
— Felipe? O que está acontecendo aqui?
— Ah, Bia. — ele suspira e me abraça. — A Dulce, ela sumiu ontem e ninguém sabe dela.
Arqueei minha sobrancelha e me permiti fazer uma cara de preocupada. Pura fachada, por dentro a minha felicidade transbordava.
— Nossa! Sério? Mas, ninguém viu ela? — perguntei o abraçando.
— Não. Já perguntamos pra todo mundo. Até para o sindico que disse que só a viu correndo desesperada.
— Credo Felipe, será que aconteceu alguma coisa?
— Vira essa boca pra lá coisa ruim. Nada vai acontecer com a minha amiga, ela é forte. — Anahí disse chegando junto com Poncho. Arqueio minha sobrancelha e ela pareceu suspirar.
— Felipe, precisamos que você e a Beatriz vá até a delegacia. — Poncho diz.
— Delegacia? — perguntei de repente. Anahí me olhou no mesmo instante.
— É... por que? Tá com medo Beatriz? — Ela me perguntou com a sobrancelha arqueada.
— Não! Só acho precipitado.
— Ah... — Diz sem deixar de me encarar. — Não é precipitado. Dulce está doente, e alguém a levou.
— Já eu acho que ela só está querendo atenção. Já já ela aparece aí. Deve está com dor de cotovelo por hoje ser o casamento do Uckermann. — falei olhando minhas unhas. Subi o olhar e vi olhares de desgosto pra cima de mim.
— Vem Poncho, essa garota tá louca. — Anahí diz e sai sendo acompanhada de Poncho.
— Pegou pesado Beatriz. — Felipe diz e vai saindo. Pego rapidamente em sua mão fazendo o mesmo se virar para mim.
— Mas e o nosso jantar romântico?
— Não estou com cabeça pra isso Beatriz. Dulce está desaparecida, eu preciso encontrá-la. — Diz se soltando e indo até o apartamento de Dulce María.
Bufei e peguei meu celular. Preciso informar Margo sobre o que está acontecendo.
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Não sei a vocês mas essa Beatriz não me desce haha. Quero logo essa chata se ferrando. Ela e a cambada toda. E nossa Dulce que só sofre? O que acham? Será que ela está mesmo com câncer? Mais capítulos em breve. ♡
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Querido Chefe - Vondy ♥
Fanfiction"É errado querer você. Mas eu sempre tive uma queda por erros." Dulce é uma estagiária que sonha em trabalhar fora do País. Já trabalha na empresa Venture a mais de dois anos. Como sempre foi uma ótima e elogiada funcionária, ela recebe uma propost...