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POV's Uckermann

Após sair do apartamento de Dulce, decidi ir pra casa, dúvidas então começaram a surgir. O fato dela me dispensar por conta do amigo me intrigou. Afinal, eu sabia que ela estava solteira, ela mesma havia me dito isto.

Suspirei mandando meus pensamentos vagarem só por coisas boas, não sei se por ironia mas meus pensamentos vagaram para uma pessoa, uma de personalidade forte e de beleza absurda, Dulce. Assim que nos beijamos, eu tive a certeza que era com ela que eu iria dormir aquela noite. Que mulher. Se ela era misteriosa, o beijo era o mais misterioso possível. Era uma pegada diferente, um sentimento estranho que eu até tive um certo medo de ter sentido mas que eu queria sempre mais. Foi algo quente, algo nosso. Algo que eu nunca havia sentido antes, por mulher nenhuma.

Mas eu sei que isso é proibido. Sentir isso pela minha secretaria é proibido. E não estou afim de acabar que nem o poncho. Então, no caminho até a empresa eu já tinha decidido, eu vou me afastar de Dulce María. Isso não deve e nem pode ir longe demais. Eu sou só a pessoa que vai lhe orientar e não vai passar disso.

Quando cheguei a empresa no dia seguinte ela já estava lá. E eu não a tratei como acho que deveria, a tratei bem diferente por sinal.

- Bom dia senhor Uckermann. - ela disse formal. E eu sabia que aquilo era só fachada. Pois se eu parecia conhecer ela tão bem em semanas, ela nunca falaria assim comigo.

- Bom dia! - digo seco e entrei na minha sala. Bufei passando a mão em meus cabelos e fechei os olhos. Liguei para Poncho e o mandei vir até minha sala. Assim que ele chegou, comecei a dizer tudo o que aconteceu e tudo o que iria fazer diante daquela situação.

- Não acha que ela vai pensar que você só a usou? Por quê convenhamos, a ignorar depois de ter a beijado... - Poncho dizia intrigado.

- Ela não tem que achar nada Poncho. Eu não a suporto e ela não me suporta. Aquele beijo foi só... um deslize. - respondo fazendo pouco caso.

- Se você está dizendo, não sou eu que vou discordar. - deu de ombros e se levantou.

- Tá tudo bem? Você normalmente não costuma concordar comigo. - falei desconfiado. Poncho suspirou e afagou os cabelos.

- Eu e a Annie terminamos. Acabou tudo. - falou de uma vez sem me encarar. Lá no fundo eu já sabia que eles estavam se encontrando e que estavam tentando fazer dar certo. Mas nunca que passaria pela minha cabeça que iriam terminar.

- Você que fez merda não é Poncho? Porque pelo o que conheço de Annie, ela não seria capaz disto.

- É, foi eu mesmo. Não teve jeito Uckermann, não podemos ficar juntos. - diz desesperado. Me levantei.

- E Poncho faz merda mais uma vez. - falo irônico. -
Você ama essa mulher, não poderia ter desistido assim.

- Ou era ela, ou o meu trabalho. - diz de maneira egoísta. Coisa que nunca pensei que Poncho seria capaz de dizer. Bufei e apontei para a porta.

- Sai da sala que eu vou tentar consertar a sua burrada. Anda. - Falei calmo.

- Você não preci...

- É claro que eu preciso Alfonso. Não vou deixar você deixá-la ir sem antes lutar pelo amor de vocês. Sinceramente? Esse não é você. - digo de uma vez sem nem me reconhecer. Ele arqueia a sobrancelha mas sai. Caí na cadeira suspirando.

O que eu estava fazendo? O que eu falei segundos atrás? Eu só posso está louco.

- Uckermann, tem uma mulher aí fora chamada Margo, e ela quer falar com o Thuthuco dela. - Ouço uma voz debochada mas reconhecível de Dulce ecoar pela sala. Tiro a mão do meu rosto e a fito.

Querido Chefe - Vondy ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora