Querido Chefe - Vondy ♥

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× Dois Meses Depois ×

— Só mais cinco minutos Dulce. — minha mãe diz entrando no quarto. Concordei e ela saiu.

Me olhei no espelho e sorri satisfeita.

— Hoje é o meu casamento! — sussurrei me proibindo mentalmente de chorar e borrar toda a maquiagem que demorou horas pra fazer.

Sim! Eu vou me casar hoje.

Bom, casar hoje não foi uma decisão tão aceita por meus parentes e os de Ucker. Pra eles, nós fomos com muita sede ao pote, disseram que estava cedo demais pra casar pois não fez nem um ano que ficamos noivos.

Mas, depois da briga boba que eu e Ucker tivemos, eu percebi que se as coisas não andassem, quem ia separar a gente era nós mesmos. E eu não posso permitir ficar sem o cara que eu amo só por orgulho meu.

Vou me casar com Ucker, continuar o tratamento contra o câncer (que por sinal está estável) e nós vamos conseguir viver, juntos e felizes, e agora com a princesinha Priscila que acabou de completar quatro meses.

— Tá pronta amiga? — Annie perguntou entrando no quartinho. Eu me virei para encará-la e vi seu sorriso se alargar.

— Eu acho que sim. Tá bom?

— Se tá bom? Dul, você tá perfeita. — falou me girando. Sorri e lhe abracei.

— Obrigada Anahí. Por tudo. Você chegou em uma hora que minha vida estava de cabeça pra baixo, com esse teu jeito fofo e meigo de ser arrumou a minha vida em um estalo de dedo.

— É, mas você quase jogou tudo pro ar com esse teu orgulho besta. — me interrompeu. Sorrimos em uníssono.

— Eu não costumo ser uma pessoa fácil de lidar. — resmunguei. — Enfim, eu só quero que saiba que eu amo você.

— Ah, eu também te amo Dulcezinha. — falou pulando e me abraçou.

— Tá lindo mas combinamos que o atraso seria de cinco minutos e não dez. — ouço Mai dizer.

— O que ela tem? — Annie sussurra.

— Ainda é a história do casamento. Acho que o ciúme de Mai não permite que eu vá morar tão rápido com Ucker. — sussurrei. Annie fez uma careta e sorriu.

— Bom, já vou indo que meu namorado me espera. — Annie diz e sai da sala.

Encarei Mai por um tempo e revirei os olhos.

— Vem cá, vem. — falei e abri meus braços. Mai passa dois segundos me olhando e sede correndo para os meus braços.

— Eu devia fazer o papel da irmã mais velha e compreensível mas não consigo María. Acho que no fundo eu ainda tinha esperança de você voltar pra casa, para o Brasil. — resmungou sem me soltar.

Quem diria que um dia eu ouviria isso sair da boca de Maitê Saviñón. Londres, realmente, mudou a minha vida.

— E quem disse que eu não vou voltar Mai? Eu não mudei mana. Agora só vou estar casada, isso não me impede de ir visitar você, Lunna, a mamãe. Aliás, agora você tem Christian, nem vai sentir tanto a minha falta assim. — sussurrei. Ouço ela sorrir e limpar a região dos olhos.

— Não estamos juntos, só voltamos a conversar. Agora que ele e Lunna não se desgrudam, é quase impossível não conversarmos. — disse se rendendo.

— Eu vi ontem a conversa de vocês. A sua língua dentro da boca dele. Aliás, elas devem se conhecer a muito mais tempo né Mai?

— Dulce! — me repreendeu e colocou a mão nos olhos.