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P.O.V's Anahí

Duas semanas se passaram desde que Dulce foi para o hospital.

Os dias pareciam não ter fim. Os médicos nunca tinham notícias dos diagnósticos e eu já estava ficando bastante preocupada.

— O que será que ela tem? — perguntei a Poncho pela décima vez. O mesmo me abraçou forte.

— Não deve ser nada. A Dul é forte. Ela vai superar isso. — ele sussurra beijando o topo da minha cabeça.

"Ela é forte, ela vai superar" A frase que eu repetia todos esses últimos dias.

Rodrigo que procura ir atrás de informações sobre Dulce. Ele que desde que ela chegou aqui que vai conversar com os médicos, chega a ficar horas e horas na sala dele. Poncho diz não confiar nele. Já eu, rezo pra que ele traga notícias da minha amiga logo.

Uckermann que não tive mais notícias. Ele veio aqui umas duas vezes depois de ter trago Dulce e depois disso sumiu. Ouço dizerem que o mesmo só vive no bar, bebendo e bebendo como fazia ultimamente. Está completamente fora de controle.

— Amor, eu acho que Uckermann não está bem em relação a Dulce.
— Ele deve está se culpando por não está ao lado dela nesse momento. Você sabe bem que o santo dele e o do Rodrigo não bate. — Poncho diz ainda abraçado a mim.

— Você nunca me disse o porquê. — falei pensativa ouço o mesmo suspirar de leve.

— É uma longa história. Mas, vamos lá. Rodrigo e Uckermann eram grandes amigos, sempre dividiam tudo e sempre contavam seus segredos uns aos outros. Até se apaixonarem por Margo.

— Espera! Os dois se apaixonaram consecutivamente por aquela mocreia? — perguntei assustada.

— Infelizmente. Os dois procuraram chegar em um acordo mas Margo nunca deixava. Ela sempre quis os dois. Sempre foi ambiciosa. Queria sempre a mais.

— Uckermann não pode se casar com essa mulher, Poncho.

— Rodrigo e Uckermann acabaram brigando na época e por incrível que pareça, Rodrigo viajou depois disso. Até voltar agora, sócio de uma das empresas mais influentes do mundo. — Poncho termina de dizer enquanto faz carinho no meu cabelo.

— E você acha que ele voltou por vingança? Ou pior, acha que ele pode estar usando Dulce para isso?

— Ele não seria capaz. Uckermann o mata.

— Ai amor, não fala assim. — resmunguei o abraçando mais forte.

— Seja lá o que ele ou Margo estiver armando, eles não irão tão longe.

Nesse exato momento, um médico aparece na sala de espera. Eu e Poncho levantamos em uníssono.

— Parentes da paciente Dulce María Espinoza Saviñón?

— Somos nós. — falei rapidamente.

— Bom, a paciente está bem. Foi... foi só uma virose. — Diz rápido não encarando a nós dois.

— Como? Duas semanas? Uma virose? Não tem como doutor. — Me exaltei.

— Mais respeito senhorita, esta em um ambiente hospitalar.

— Eu é que peço respeito. Aqui não é circo para brincadeiras dessas serem feitas. Eu exijo a verdade! Eu aguento, só me diz o que minha amiga tem?

— Calma Annie... — Poncho sussurra ao meu ouvido.

— Sua amiga está ótima. Foi só uma virose senhorita. Era poderá receber visitas, podem entrar. O senhor Rodrigo já está lá. — O médico termina de dizer e saí. Me sento exausta e coloco a mão em meu rosto.

— Uma virose Poncho? duas semanas? Não tem cabimento uma coisa dessa.

— Não precisa ficar assim Annie, talvez seja só isso mesmo.

— Eu vou lá ver como minha amiga está. E se eu descobrir que esse médico mentiu, eu mesma vou acabar com a carreira dele. — falei decidida me levantando.

— Tá bom, agora acho que alguém quer ver a amiga. — Poncho diz e me levanto sorrindo de leve seguindo com ele até a sala de Dulce.

P.O.V's Margo

Duas horas! Como pode alguém atrasar duas horas? Odeio atrasos. Me sento depois de andar voltas e mais voltas. Essa maldita criança só presta pra se mexer, ainda do peso que é carregá-la. E sim, é uma menina, uma garotinha que eu vou ter o prazer de deserdar quando eu consegui tudo o que quero.

Pego o celular pra ligar pela décima vez pro irresponsável quando escuto a porta sendo aberta.

— Finalmente! Pensei que iria virar vegetal aqui nesse cafofo.

— Você gostava antes.

— Gostava, quando eu não estava tendo que segurar uma pentelha por nove meses. — resmunguei. Rodrigo sorriu e me beijou. — Mas então, conseguiu enrolar o médico lá?

— Foi difícil. Mas eu consegui. Ele não vai dizer nada. Quer dizer, só o que eu mandei ele dizer. — Diz se sentando na cama.

— Perfeito. Essa mulherzinha vai ter o que merece por ter entrado no meu caminho.

— Mas não precisava bater tanto nela Margo. Dulce María é uma garota boa. — Diz sorrindo.

— Não era pra ser ali, eu só não aceitei quando a vi vomitar. Eu realmente pensei que ela estava esperando um filho seu. — resmunguei o abraçando.

— Eu mesmo mataria. Eu não quero um filho com ela, eu quero com você. — Rodrigo diz de uma vez. Sorri e trocamos um beijo.

— Temos só que esperar essa bastarda nascer. Não vejo a hora de entregar esse filho de Uckermann, roubar todo aquele dinheiro da família dele e fugir com você. Meu verdadeiro amor.

— Mas precisava engravidar daquele otario Margo?

— Você sabe que sim. Ou eu engravidava, ou ele nunca se casaria comigo. Aí não teria testamento, nem nada. Mas, confesso que foi mais fácil enrolar o pai dele.

— Senhor Uckermann sempre foi um idiota. Tal pai, tal filho. — Resmunga sorrindo. — Em breve, toda a fortuna da família Uckermann será nossa. Meu amor.

— Toda nossa e da nossa família. Meu amor. — Sorrimos em uníssono e nos beijamos.

Não é à toa que estamos a mais de um ano tramando esse assalto. Nada vai dar errado, nem mesmo uma secretária será capaz de me atrapalhar. Nem que pra isso eu tenha que acabar com ela.

— Está tudo de pé para a semana que vem? Eu não vou deixar ela estragar o meu casamento. — falei já abraçada ao mesmo.

— Está tudo perfeitamente bem. Já subornei uma pessoa que eu sei que odeia a Dulce. Não vai ser difícil fazer o que estamos planejando com ajuda de quem a conhece bem. — Rô diz sorridente. Sorri em conjunto.

— Ótimo. Daqui a alguns meses, quando esse bastardo nascer e eu finalmente der um jeito em Uckermann, nós vamos ser felizes para sempre.

— Tudo o que sempre queríamos. — Rô acompanha e me beija em seguida.

A tal secretaria vai ter o que merece ou eu não me chamo Margo Riveira.

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Não sei de quem eu tenho mais raiva, de Margo ou de Rodrigo! Esses dois se merecem viu. Até o próximo cap. ♡

Querido Chefe - Vondy ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora