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P.O.V's Uckermann

Não demorou mais de cinco minutos e já estava no hospital. Nesses últimos dias Dulce nunca teve esse incidente de desmaiar ou coisa parecida. Ainda mais depois de recebermos a notícia que o seu Câncer está estável. Ela sempre compareceu as quimioterapias e posso dizer que estava até tendo uma melhora.

Eu realmente não entendo o que causou esse seu desmaio. E eu preciso confessar que estou morrendo de medo. Eu não posso perder essa mulher.

— Seja forte, meu amor. Por nós dois. Eu vou estar ao seu lado. Para sempre. — sussurro em seu ouvido enquanto a levam as pressas em uma maca. Sinto sua mão apertar a minha e um sorriso involuntário saiu de meus lábios junto com as diversas lágrimas que caiam dos meus olhos.

— Sinto muito, mas o senhor não pode passar daqui. — a enfermeira diz me impedindo de passar por uma enorme porta branca onde estavam a levando.

— Ela é a minha mulher. Me deixe ir com ela. — disse um tanto alterado.

— Calma Ucker. — Mai sussurrou junto ao meu ouvido, me viro e vejo ela limpando o rosto. Sem objeções, eu a abraço.

— Dulce é forte. Mais forte que qualquer um de nós aqui Ucker. — Ouço Annie dizer. Ao me separar de Mai, caí no sofá com as mãos em meu rosto. 

— Mas ela estava tão bem. Eu não entendo. Não entendo. — resmunguei deixando que algumas lágrimas caíssem de meus olhos.

— É assim mesmo Christopher. Meu pai é médico e já convivi de perto com esses casos. Mas, os Saviñón são fortes, ela vai conseguir. — Christian diz. Levanto meu olhar. Mai está abraçada com Christian. Annie com Poncho e Blanca está inconsolável, enquanto Giovanni tenta acalmá-lá.

Depois do imprevisto foi impossível continuar com a cerimônia. Todos ficaram inconsoláveis. Meus pais logo se prontificaram em ajudar. Mai deixou Lunna com eles pois a garotinha não entendia nada do que estava acontecendo e já que ela gostou tanto de Priscila, Mai e Christian não viram problema em deixá-lá aos cuidados de meus pais.

As horas pareciam passar em câmera lenta. E eu já não estava mais aguentando ficar sem notícias.

— Familiares de Dulce María Saviñón?

Me levantei bruscamente. O médico a nossa frente não estava com a melhor fisionomia. E isso me preocupou bastante. Mas, nunca deixaria de ter fé. Nunca.

— Somos nós. E então doutor, como minha mulher está? — falei rápido e aparentemente, aflito. Todos se levantaram de onde estavam encarando o médico.

— Bom...Dulce está bem. — diz dando um sorriso amarelo. Suspiros longos foram ouvidos pela sala pequena de espera. — Mas, dependendo do resultado dos exames, teremos uma notícia boa e outra não tão boa assim.

— E...quando vão ficar prontos? — Annie diz limpando o rosto.

— Se tudo der certo, amanhã mesmo.

— Eu posso ver a minha esposa, doutor? — perguntei paralisado. Só de pensar que algo ainda pode atrapalhar nosso amor. Meu peito dói.

— Por enquanto não. Dulce acabou de sair de uma série de exames e precisa descansar. Amanhã mesmo, quando ela acordar, vocês poderão ir vê-la. Se me dêem licença. — Ele diz e logo sai da pequena sala.

Caí no sofá suspirando. Afrouxei a gravata sentido uma angústia que me fez abaixar a cabeca imediatamente.

— Relaxa Uckermann. Ela vai ficar bem. Vamos ter fé. — Poncho diz batendo a mão em minhas costas.

Querido Chefe - Vondy ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora