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× Três meses depois ×

POV's Narradora

Os dias, as semanas, os meses pareciam passar estilo Bolt. A vida de Dulce e de Uckermann tinha mudado completamente.

Recapitulando alguns acontecimentos que ocorreram na vida de Dulce:

Dulce voltou para o Brasil, fazendo assim com que seu contrato com a Landers quebrasse por falta de comparecimento - na verdade, esse foi o motivo que Victor usou para demiti-la. O pai de Ucker a culpa por ter acabado com sua família. Coisa que ele mesmo fez, sem nem perceber.

May finalmente acordou do coma, foi uma comemoração que só. Até Lunna que achava que a mãe estava viajando, comemorou com todos. Porém, como nem tudo são flores sempre, Christian Chávez o pai de Lunna e o seu famoso namorado da adolescência, resolveu voltar acabando com a festa de boas vindas. Sim, ele apareceu do nada na festa dela. Um dia depois dela ter recebido alta. Foi um fuzuê que só. Até declaração rolou. May ficou balançada, é nítido ali que os dois ainda se gostam, mas para ela ninguém precisava saber disso e assim eles poderiam se odiar em paz.

Dul fala com Annie e Poncho quase todos os dias. Agora que eles finalmente se assumiram e estão morando juntos ela consegue falar com os dois. As vezes até pergunta de Uckermann, mas a reação deles são sempre as piores. Isso por um motivo específico, bebidas. Ela até tenta falar com ele mas nunca deu certo. Depois de um tempo, ela desistiu pois também achou que ele não queria falar com ela.

Nesse meio tempo, no máximo três meses, Dul acabou conhecendo Rodrigo. Se conhecem a quase três e desde então, começam a sair juntos, como amigos. Rodrigo é estagiário da Victoria Secrets e por recomendações dele, Dulce acabou conseguindo um estágio para ela também.

— Tem certeza que quer ir? Você sabe que pode ficar aqui, nós vamos dar um jeito nisso Dul. — May lamentava enquanto me via arrumar as malas.

— Nada disso. Eu vou aceitar o estágio, você sabe que estamos precisando já que você não poderá voltar à trabalhar tão cedo.

— Mas Londres Dul? Depois de tudo o que você me contou, vai mesmo voltar pra lá? — May indagou. Suspirei me sentando e passando a mão pelo meu rosto.

— Não vai ser tão difícil. — suspirei pra mim mesma. — E outra, vou trabalhar em empresa diferente, novos ares. Eu vou me dar bem, e nós vamos ficar bem. Afinal, tenho o Rodrigo pra me ajudar a não perder o controle. — falei pegando na mão dela e sorrindo de leve. May sorriu e me abraçou.

— O... Christian veio me ver hoje. — falou se levantando e abaixando a cabeça.

— Não acredito! O que aquele ba...

— Nós nos beijamos Dul. — disse de uma vez me interrompendo. Um silêncio obsoleto foi tomado. Me levantei e me aproximei da mesma, vi que ela estava chorando.

— Não fica assim. Ele não vai tirar a Lunna de você, nós não vamos deixar.

— Não é disso que estou com medo. Eu... senti aquilo de novo. Foi como se tudo o que vivemos a três anos atrás, viesse como um furacão novamente. E isso dói. — desabafou me abraçando.

— Você tá com medo de ainda estar apaixonada por ele. — sussurrei e a vi me olhar assustada.

— Não, eu não posso estar apaixonada por ele ainda. Se passaram três anos Dul.

— É mas, ninguém desapaixona assim May. Você... ainda o ama.

— Eu não posso, ele me deixou. Ele me abandonou. — disse enquanto limpava as lágrimas que ainda caiam.

— Não foi ele que te deixou, foi você que o mandou embora. — falei baixo. May se sentou na cama e se pôs a pensar. E sim, foi ela que o mandou embora.

— Eu sei, mas ele devia ter voltado. Eu contei para ele que estava grávida.

— Um ano depois. Vocês deviam conversar. — falei rapidamente. May me olhou incrédula. — É, vocês ainda não tiveram a oportunidade de conversar sobre a Lunna, sobre três anos atrás, sobre vocês.

May colocou a mão no rosto e ficou ali por segundos. Depois, levantou a cabeça e me abraçou.

— Não sei porque não se formou em psicóloga. — comentou sorrindo. — Eu vou conversar com ele. Sinto que isso não acabou entre nós ainda. Devemos colocar um ponto final nisso tudo.

— Assim é que se fala moreninha. — disse e beijei o topo de sua cabeça.

— Vou sentir sua falta, ruiva teimosa.

— E eu a sua, morena chata.

Sorrimos em uníssono e ela me ajudou a arrumar a mala.

×××

Com tudo pronto e as malas já feitas, estávamos no aeroporto esperando o vôo ser chamado.

May, Lunna, Mamãe, e os meus primos gêmeos preferidos. Rodrigo estava ao meu lado com um sorriso estonteante.

O vôo foi chamado minutos depois, olhei para Lunna e não segurei as lágrimas. A abracei no mesmo momento.

— Eu vou sentir tanta saudade. De vocês todos.

— Nós também meu amor. — mamãe diz já derramando algumas lágrimas.

— Titia você me leva de novo? Eu tô com saudadinha da any, do tio poncho e do Ucke. Eu quero ver eles. — Lunna diz entristecida. Sorri concordando.

— Eu vou levar você meu amor, vou levar todos. Só, esperem. Vão precisar ter paciência.

Todos sorriram e terminamos de nós despedir. Rodrigo sorriu e caminhamos até o avião de mãos dadas. Não namoramos, só saímos algumas vezes e chegamos até a ficar umas três vezes. Nada foi além disso. Mas, eu sentia que ele podia ser um bom amigo.

— Não está com medo, está? — perguntou quando já estávamos no avião.

— Estou. — disse olhando pela janela distraída, com o pensamento longe, sinto ele apertar minha mão.

— Não precisa ficar, vamos chegar em Londres rapidinho. — disse, sorri concordando e voltando a olhar pela janela.

O medo que eu estava era totalmente contrário do de avião. Eu estava com medo sim, mas de encontrar Christopher Uckermann e não conseguir me controlar.

Quem vê por fora pensa que sou cabeça, madura, resistente. E sou realmente, mas quando se trata de sentimento, é algo impossível de controlar e que muitas vezes se torna horrível não ter saber como controlar esses, muitas vezes, confusos sentimentos.

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Acho que deu pra perceber que eu adooro uma reviravolta ? Hahahaha. Não surtem, ainda muita coisa pra rolar entre Rodrigo, Dulce, Ucker, Margo. Muitas surpresinhas hahaha.

Querido Chefe - Vondy ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora