Epílogo

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P.O.V's Dulce

• 5 anos depois •

— Priscila! Não brigue com o seu irmão. — digo compreensiva a observando soltar rapidamente a mão de Henrique.

Os dois estavam discutindo sobre quem seria o capitão américa.

— Tá bom, mamãe. — ela sussurra.

Assenti e a vi se virar para o irmão.

— Desculpa rique. — diz, pegando a mão dele e depositando um beijo. Sorri e beijei sua testa, ela sorri e fico ali brincando com os dois.

Algum tempo depois, a companhia toca. Deve ser Maite. Me levantei e fui abrir a porta.

— Tia! Que bom te ver. Tem um tempão que não vai lá em casa, tô com saudade das crianças e Julieta também está. — Lunna entra com a irmã no colo. Sorri e beijei o rosto das duas.

— Que saudade, irmã. — Mai falou me abraçando. Retribuí lhe arrancando suspiros.

— Cuidado tia Dul que ela está uma fera ultimamente. Colocou até o papai pra dormir no sofá. — Ouço Lunna sussurrar em meu ouvido. Mai arregala os olhos mas antes dela falar algo, Priscila aparece puxando a calça de Lunna para irem brincar.

Lunna, sempre falando pelos cotovelos. Minha sobrinha nunca muda mesmo. Acho que Julieta com apenas dois anos consegue ser mais responsável que a irmã.

— Ai Dul. Você não tem noção do quão é difícil cuidar dessas duas. — ela resmunga. Sorri e fechei a porta de casa. Mai parece bastante cansada ultimamente.

— Eu imagino. Mas hoje não é dia de lamentações. O natal desse ano tem que ser inesquecível, mocinha. — falei e caminhamos até a cozinha já sentindo o cheiro das maravilhas que estavam sendo preparadas por Rosita, nossa chefe de cozinha.

— Foi o único ano em quatro que conseguimos nos reunir. Tem que valer a pena. — ela responde e cumprimenta Rosita. — Falando nisso, onde está Ucker, Anahí, Poncho?

— Ucker ainda está na empresa. Ele acabou de se tornar o gerente principal e terá que sair mais tarde hoje.

Dentre esses cinco anos, eu e Ucker nos mudamos para o Brasil para um novo recomeço. Optamos por criar nossas crianças aqui e não nos arrependemos. Ucker ao chegar se instalou em uma empresa de um amigo e resolveu começar por baixo. Nada de empresa da família, até porque já tinha um gerente chefe de sua confiança na empresa daqui. Seus pais não se meteram na decisão dele e optaram por viajar o mundo - mais uma vez.

— Trabalhar no natal? Onde já se viu? — ela falou indignada.

— É, foi intimado então teve que ir. — falei sorrindo de lado. — E bom, Anahí e Afonso estão em uma fase turbulenta com a Eliza e o Jonathan. Parece que as crianças então mais enjoadas do que nunca. E os pais mais cansados do que nunca.

— Foi o que eu imaginei. Cheguei até a falar com os dois sobre isso. Eu sei que as crianças só têm quatro anos mas eles precisam dar tempo pra eles também. Não só viver o mundo da barbie e dos heróis. — Mai diz pensativa.

— Acho que esse conselho deve servir pra você também. — sussurrei. Ela sorri e concorda.

— Exatamente isso que estou pensando. É hora de Lunna conviver mais com a irmã, será bom tanto pra ela quanto para Julieta. — Ela diz começando a se animar. — Vou propor isso a ela. Quem sabe eu e Christian tenhamos mais tempo pra nós né?

Ela diz sorrindo maliciosa. Apenas concordei e ela saiu indo falar com a filha.

Passei mais alguns minutos ali ajudando Rosita quando ouço a campainha tocar. Olho de relance e vejo que Mai foi atender. Volto ao trabalho até que sinto um estalo em minha bochecha.

Querido Chefe - Vondy ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora