50 - Especial Ponny

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P.O.V's Anahí 

Esses dias têm sido conturbados. As coisas foram acontecendo assim, uma em cima da outra e acompanhá-las estava sendo uma tarefa difícil.

Além de ir visitar Dul todos os dias no hospital - mesmo ela estando na UTI e sem poder receber visitas - tive que aturar esbarrar diversas vezes no crápula do médico que a examinou e diagnóstico apenas uma "virose". Isso porque na época, eu só o denunciei e as investigações ainda estavam no começo. Lembro como se fosse hoje, Poncho teve que me acalmar todas essas vezes em que ele trocava olhar comigo como se nada estivesse acontecido ou como se não me conhecesse. Mas, isso já foi resolvido e ele já está no lugar onde merece. No lugar onde todos que fizeram mal a minha amiga estão ou vão estar.

Beatriz. Eu nunca mais a vi desde o dia da nossa delicada conversa. Pra falar a verdade, as investigações sobre o sequestro de Dul e de Ucker já estavam acontecendo e mesmo que eu quisesse que ela não fosse presa grávida, ela vai acabar indo. Fiquei sabendo que ela e Lipe viajaram para New York, espero que ela consiga fugir até a criança nascer, caso contrário, Felipe vai sofrer muito.

Pra falar a verdade ele irá sofrer de qualquer forma.

Rodrigo já desceu para o presídio e pelo andar da carruagem, ele não vai sair de lá por tão cedo. Pelo menos é isso que eu espero.

— O que tanto pensa? — Ouço Poncho sussurrar ao meu ouvido. Me viro para o mesmo e deito em seu peito.

— Os últimos acontecimentos. Quase não tivemos tempo para nós. — falei enquanto arranhava de leve seu peito. O mesmo beija o topo de minha cabeça.

— Eu sei. Mas, foi por uma boa causa...

— Foi por uma ótima causa. Dulce é a melhor pessoa que conheci em toda a minha vida. — o interrompi sorrindo.

— Então... mas agora que ela não está correndo perigo, já saiu da UTI e tudo mais, vamos poder descansar. — Ouço ele dizer.

— Mas... ela não está curada meu amor. Isso leva tempo. Pode ser até meses ou anos. — limpei uma lágrima que caiu dos meus olhos.
— Dulce tem a gente, tem Mai e seus parentes. E agora tem Uckermann. Ela vai sair dessa.

— Vou rezar por isso. — sussurrei e o abracei.

Trocamos um último selinho, Poncho desligou o abajur e assim dormimos rapidamente.

—♡—

Sábado. Mais um final de semana  dentre muitos em que acordo ao lado de Poncho. Com certeza, está sendo uma experiência que pretendo ter pra sempre ao seu lado.

Estamos namorando já faz uns meses e dentre todo esses dias, eu nunca me senti tão confortável e tão otimista na sua presencar. Sinto que hoje será um dia diferente, um dia especial. O barulho dos pássaros me dizem isso.

— Bom dia flor do dia! — ouço Ponho dizer. Me viro e o vejo com uma bandeja enorme de café da manhã.

— Devo me preocupar? — arqueei a sobrancelha me levantando. Ele se aproxima e apoia a bandeja na minha frente.
— Quanta desconfiança Anahí Portilla. Só estou afim de agradar minha mulher. — abriu um sorriso tão lindo quão o céu de Londres.

— Ai que bonitinho. Eu tenho o melhor namorado do mundo. — sorri e lhe dei um selinho. — Agora eu vou comer pois estou morrendo de fome.

— Só não demore. Hoje o nosso dia e almoço vão ser especiais. — fez suspense. Apenas suspirei.

— Não começa gatinho. Sabe que eu sou bastante curiosa e posso não sobreviver até o almoço de tanta ansiedade. — falei fazendo um pequeno drama. Talvez não tão pequeno assim.

Querido Chefe - Vondy ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora