60 dias. Os Schweiber.

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Depois de passar quase dois minutos do outro lado da rua, ela volta, as duas mãos cobrindo o rosto.

Meu coração bate forte. Muito, muito forte. Não acredito que planejei tudo isso para ela... Eu não me imaginaria fazendo isso nem em um milhão de anos.

Vejo que nenhum dos seus braços estão riscados mas, antes que algo dentro de mim possa murchar, ela tira as mãos do rosto e eu vejo que meu nome está escrito em sua testa.

Nesse momento, eu não sei se dou risada, se a abraço ou se a beijo. Ela toma a iniciativa e se joga em meus braços, me beijando calorosamente.

- Eu te amo - essa é a primeira vez que ela diz isso e eu sei que sou o cara mais feliz do mundo.

- Agora é a minha vez - digo, pegando a caneta e, mesmo sem ver, escrevo seu nome em minha testa. Ela ri com vontade e me beija mais uma vez. - Agora vamos oficializar as coisas - a puxo para perto do juiz de paz que eu contratei e ele sorri para nós.

- Vocês são um casal muito bonito.

- É claro que somos! Você já viu alguém tão bonito quanto eu? - pergunto, rindo.

- Olha, bonito com certeza eu já vi, mas feliz, duvido muito.

- Tenho que concordar... Melhor você adiantar logo isso antes que ela mude de ideia.

- Eu não desistiria nem se me ameaçassem de tirar meus remédios.

Tiro do bolso o anel que eu e a Tess havíamos visto nas coisas da minha mãe no outro dia. Ela não vai dar falta, tenho certeza, já que ela não usa há muitos anos.

- Charlie, por que você pegou o anel da sua mãe?

- Relaxa, é provisório, só até eu comprar um para você - conto e ela parece aceitar. Enfio delicadamente o anel em seu dedo fino e, como era de se esperar, ele fica folgado.

Nós dois caímos na risada.

- Acho que não ficou muito bom - comenta o juiz.

- Você acha? - fala Tess, claramente sarcástica. - Eu acho que ele ficou perfeito. E você, querido?

- Uma maravilha. É quase como se seu dedo tivesse ganhado um bambolê.

E tornamos a rir como se tivéssemos bebido ou fumado alguma coisa.

Percebendo a nossa total distração, o juiz nos interrompe e vai direto ao ponto.

- Tess Watson, você aceita se casar com Charlie Schweiber?

- Definitivamente aceito - ela responde, olhando para mim.

- E Charlie Schweiber, você aceita se casar com a Tess?

- Eu não te paguei para chegar aqui e dizer não, não é mesmo?

O juiz da de ombros, brincalhão.

- Faz sentido... Bom, então eu os declaro marido e mulher. Sr. e Sra. Schweiber, podem se beijar.

Ao invés de beija-la, eu a abraço e digo em seu ouvido:

- Espero te fazer a garota mais feliz do mundo.

[CONCLUÍDA] A Contagem Regressiva de Charlie e TessOnde histórias criam vida. Descubra agora