Arys parecia animado com sua primeira viagem em grupo. Agora eu guiava dois: Leon e Arys. Íamos calmamente já que tínhamos a consciência que a viagem seria longa. Assim que fizemos nossa primeira parada, ajudei os demais a se acomodarem e depois sentei um pouco distante, encostando as costas na terra úmida. Eu estava feliz e impressionada com a família que montará. Cada um de nós em estados precários e ali, juntos, acreditávamos que teríamos um futuro melhor. Eu queria realmente saber se sim; queria saber se o futuro nos reservava risos ou lágrimas. Gostaria que tivéssemos um pouco dos dois, principalmente os risos. Eu não sabia o que era, mas algo parecia me dizer que no final, as coisas finalmente dariam certo; que seriamos feliz no final da estrada. Também me preocupava com o tamanho dessa estrada.
Foi perdida em meus pensamentos que não percebi Peter se sentar ao meu lado. Levei um pequeno susto vê-lo.
- Tudo bem com você? - perguntou ele.
- Estou bem. E você? - questionei de volta.
- Depois de pensar bastante e tomar a decisão certa, sinto-me bem. - exclamou ele, suspirando.
-Hum. - concordei.
- E você? No que tanto pensava? - questionou ele.Abri um sorriso e estufei o tórax.
- Estou admirada e surpresa. Nunca pensei que estaria no meio de tantas pessoas queridas; pessoas que depende de mim e eu dependo delas. Olhe...- falei, apontando para Arys que ria das palavras que Esther dizia. - Estamos bem apenas por estarmos juntos. Acho que nada no mundo chega a ser tão bom quanto isso.
- Realmente. - concordou ele.Assenti e voltei minha atenção para o grupo. Após segundos em silêncio, falei:
- Eu disse no que pensava. Agora é a sua vez. - afirmei.
- Eu passo essa história de liderança a você. - falou ele, calmamente.
- O quê? Por que?- Desde que morava com minha família biológica, era responsável pela casa e meus irmãos e irmãs mais novos. Sempre tive esse papel. Assim que comecei minha nova vida com Esther e Courtney, achei que isso ia mudar, mas por eu ser o único homem do grupo, voltei a me tornar responsável pelas duas. Na verdade, nunca pensei só em mim; tudo que decidi era pensando em um bem geral. Porém depois que você se juntou ao grupo, vi as coisas mudarem. Sabia que respeitava minhas escolhas por eu já está no cargo, mas você demonstrou não ser dependente das minhas palavras. Sempre fez o que achava certo. Parece que tem um instinto nato de liderança. Os demais também confiam em você, assim como eu. Sei que o que disser, virará lei assim que ditas. - contou ele.
Fiquei muda. Não sabia o que responder.
- Também tenho a consciência que é forte o bastante para isso. Não quero pôr pressão ou nada disso. Até porque, estarei ao seu lado, ajudando no que precisar, assim como eu tenho a certeza que Esther e George também estarão. Então, aceita oficialmente a liderança do nosso grupo? - perguntou ele, olhando para mim.
-Hum. - concordei, assentindo.
- Ótimo. Fico feliz e aliviado com isso. - falou ele, sorrindo.Eu não sabia se as palavras de Peter eram totalmente verdadeiras, mas me alegrei ao ouvi-las. Depois de quarenta minutos contados no relógio de Gê(não me pergunte como esse menino conseguiu um relógio), voltamos a caminhar.
Realmente, chegar na China não foi rápido e fácil. Pelo contrário, foi cansativo e bem duradouro. Eu já me sentia uma minhoca por estar tanto tempo debaixo da terra. Assim que o ar puro entrou nos meus pulmões, quase pulei de alegria. Saímos ao lado de um estabelecimento, em uma espécie de beco. Olhei em volta, observando o local. Havia um monte distante, mas enorme a minha frente e moradias se estabeleciam em seus lados. A estrada que passava diante de nós, era tortuosa.
- Onde será que estamos?- perguntou Peter.
- Em algum lugar na China. Violet, o que exatamente você viu? - questionei.
- Era um lugar parecido com um templo, Tory e não parecia ser muito perto de alguma cidade.- contou ela.
- E se perguntarmos a alguém? - supus.
- E você sabe falar mandarim? - perguntou Peter.
- Não sei se percebeu, mas assim que estamos em um continente, nos tornamos fluente na língua local. - retruquei, cruzando os braços.
- Isso é verdade. - afirmou ele.Sem esperar mais algum comentário, atravessei a rua em direção ao um senhor que se encontrava na sentado na calçada. Ele parecia velho e quando sorria, seus olhos se tornavam apenas dois traços no meio de suas rugas. Sorri ao me aproximar, olhando cada contorno distinto do seu rosto.
- Com licença, senhor. Acabei de chegar com meus amigos e estamos fazendo um passeio turístico, porém não conhecemos bem a região. O senhor poderia nos informar se tem um templo por perto? - pedi, gentilmente.
- Oh, uma turista! Há um templo de Buda, naquela região, senhorita.- e aponto na direção do monte. - O Templo Nanchan. Acho que procura por ele.
- E como chega até lá? - perguntei.
- É só seguir essa rua e na bifurcação, continue a direita. É meio afastado da cidade, mas vale a pena a longa caminhada. - exclamou o senhor.
- Muito obrigada. - agradeci, voltando ao meu grupo.Parei de frente a eles e disse:
- Lugar está certo. Há um templo budista naquela região, porém é uma bela caminhada. Temos que seguir por essa rua e seguir a direita na bifurcação.
- Então, vamos lá. Sempre quis conhecer um templo. - comentou Gê, empolgado.Rimos dele e continuamos andando, seguindo a orientação do chinês. O sol estava forte e nós já estávamos ficando cansados de tanto anos. Após minutos depois de termos passado pela bifurcação, nos deparamos com uma extensa floresta que se prologava durante toda a estrada. Continuamos nosso caminho até enfim achar uma estrada mais estreita e o templo majestoso a nossa frente.
- Acho que é aqui. - confessei, respirando fundo.
- É aqui mesmo. - confirmou a Violet, sorrindo.
- Então, vamos entrar. - afirmei, subindo na direção do templo.Olá, meus queridos!
Confesso que senti muitas saudades de estar com essa turma e escrever mais sobre essa longa trajetória dos signos. Como sabem, machuquei minha mão e tive que parar por alguns dias. Ela não está totalmente boa; não 100%, mas graças aos deuses, consigo escrever. Então aí está mais um capítulo. Está curto, eu sei, mas o próximo que guarda grandes acontecimentos, estará maior. Ainda não me esqueci do que prometi e os capítulos que deixei de postar nas duas semanas anteriores serão postados em breve, em datas comemorativas para mim, como um bônus. Espero que tenham gostado deste capítulo e até breve.Um abraço,
My'lyh Grace.
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Os Doze Dons Do Sol
AventuraDoze crianças nasceram especiais. As crianças zodiacas. Uma para cada signo, planeta e constelação. Duas delas estão sobre a supervisão e cuidados do Governo. A A-51 era seu lar, mais precisamente o Setor H. Após um blecaute em todo prédio, Tory(Tou...