C A P Í T U L O 06

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     Sozinha

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     Sozinha. É algo que bem se enquadra no que ela está sentindo-se.

     Não está em condições de sair da cama. E assim permaneceu sob cuidados de curandeiras.

     Mas quando terminaram seu trabalho e se retiraram, sentiu-se sozinha. Um passado não muito distante povoa sua mente com saudades de pessoas que já se foram.

     Algo incomum a faz lembrar-se de sua irmã mais velha. Tão determinada, tão valente. Tão decidida. Estava sempre com ela apoiando-a em qualquer momento, bom ou ruim.

     Mas ela se foi.

     Por causa de pessoas que sempre assola ao seu redor, como pragas ansiando para dar derrubar, ela perdeu todos que mais amou. E agora, nesse lugar grande e vasto, sente-se sozinha.

     Sequer seu instinto de sobrevivência aflora para buscar informações quando sua garganta foi umedecida por água. Uma jarra inteira passou pela garganta até ela quase se afogar no líquido.

     Katharyna não importou-se quando as mulheres tiraram sua vestimenta e ajudam-na a entrar em uma banheira de água quente. Não importava.

     Não questionou o banho. Realmente precisava de um. Contudo, odiava que tocassem sua pele.

     Mas seus cabelos, por outro lado, amou a atenção que teve. São ondulados com o movimento da água e foram lavados com o máximo de cuidado possível. As mulheres permaneciam em silêncio enquanto cuidavam do mínimo detalhe de sua higiene.

     Assim, pouco em pouco a água ia escurecendo. Katharyna olhava para aquilo sem importar-se com nada. Só pensava na sua vida.

     E nele…

     O único que atraia sua atenção além de seus problemas pessoais. O mistério de seus olhos e seu encontro. Quem é e o que pretende?

     Como deve se chamar? De onde veio?

     Tantas perguntas. Nenhuma resposta.

     Estava tão perdida em pensamentos com sua feição catatônica que só voltou a atenção para as mulheres quando sentiu uma dor em suas axilas.

— Perdão… senhora! — A mulher que cuidava de sua depilação é branca. Exageradamente tão branca quanto a neve. Seus lábios eram salpicados num tom mais avermelhado e possuía grandes olhos. Ela volta a atenção ao corpo da mulher e parece sentir nojo do que tem que fazer.

— Q-Quem é você? — A voz de Katharyna é doce. Ela é tímida e gaguejava pela condição de sua saúde.

     Sequer era para sair da cama, mas foram ordens superiores o banho da camponesa assim que o sol esquentasse as pedras.

— Sou Mary McLasttair princesa da corte real. — A garota que não parece haver mais do que 18 anos ganha completamente a atenção de Katharyna. Ela arregala os olhos e imediatamente busca uma forma de manter respeito 

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora