C A P Í T U L O 48

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— S-Supremo? — Encolhida na cama, novamente em seus braços, Katharyna o chamou

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— S-Supremo? — Encolhida na cama, novamente em seus braços, Katharyna o chamou. Três horas depois, ela estava acordada novamente.

     Hesitante, levou suas mãos trêmulas até a barriga do Alpha. Empurrou levemente. Então o homem abraçou com mais força.

— S-Supremo? — Katharyna balançou, agora seu peito tatuado.

— Hm? — Resmungou o homem.

— Está acordado?

— Dorme, Katharyna. Dorme. — A voz saiu mais rouca que o normal devido a sua ressonância baixa.

     Qual o problema da humana com o sono, afinal?

— Não consigo… — Apesar de tudo, estava carente. Algo a fazia não ficar brava com o Supremo. E o medo, rapidamente se transformava em uma necessidade de proteção. Ela se encolheu. Então sussurrou: — Tive um pesadelo.

     O Alpha abriu os olhos azuis e fixou na humana. Ela não estava mais na defensiva. Apenas precisava de atenção e consolo sem saber o que, exatamente, queria.

— Não aguento mais. — Ela aperta sua própria mão. — Sempre o mesmo. Mas pior.

— Conte.

     Não

     Pavor… é o que percorria seu corpo. Medo do desconhecida. Medo da morte.

     Está sem fôlego…

     Mas contínua!

     Precisa continuar. Mas suas malditas pernas estão falhando. Seus nervos mais e mais sensíveis. Seu corpo dói. E os pulmões lutam por ar.

     Corre desesperadamente pela densa floresta escura. Os galhos das árvores cortam e rasgam suas vestimentas. Seus músculos doem. Mas não para. Está cansada e ofegante. Escuta rugidos atrás de si, mas não atreve-se a olhar.

     Olhar significaria morte… é morte.

     Mas a dor persiste. Aquele lugar é familiar. A sensação.

     Não importa o fôlego, só queria correr. Mas seu corpo não irá aguentar para sempre. E mesmo assim, não conseguia deixar de perguntar-se; Por quê?

     Desde a adolescência sempre perguntava-se; Para onde realmente vão as almas após a morte? Qual o segredo escondido por trás da vida? Qual o seu propósito?

     Katharyna tropeça em uma raiz. A dor no tornozelo arranca um grito de sua garganta quando vai ao chão. Além de torcer-lo, cortou. O sangue escorrega pela carne branca e frágil e o cheiro vaga pela floresta até às narinas da fera.

     Qual o desconhecido que aguardava-lhe após sua morte? Sempre perguntava-se.

     E agora pergunta-se em seus devaneios olhando para trás. Não poderia olhar. Significaria morte. É o fim! Sua última visão do mundo seria daqueles ferozes dentes afiados da enorme fera pulando para abocanhá-la…

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora