C A P Í T U L O 31

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     Jantar foi como descreveram seu encontro com o grande Supremo Alpha

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     Jantar foi como descreveram seu encontro com o grande Supremo Alpha. E Katharyna conseguia facilmente imaginar a situação.

      Ela, vestida como uma prostituta, tendo as maiores vergonha de seu corpo exposta à humilhação jantando em algum salão escuro iluminado por poucas velas com um dos maiores predadores a sua frente. Encarando, analisando, debochando. Tudo atrás daqueles olhos inexpressivos.

      Mas a situação a sua frente era pior. Bem pior…

      Seria algum tipo de jogo? Uma forma humilhante de zombar de uma humana? Aquilo não era um jantar. Uma das gêmeas sugeriu que o Supremo agradeceria se ela fosse nua. Para quê? Para ridicularizá-la?

      O jantar não era uma sala confortável e aquecida. Tão pouco pretendia ser calmo. O jantar estava abaixo da luz da lua, ao redor de uma fogueira tão grande que estendia-se metros e metros no ar. E que jantar mais comemorativo é aquele? Dezenas de pessoas espremidas, gritando, rugindo e se atacando.

      Mas não era um campo de batalha. Não. Aquilo era o que ocorria toda lua cheia.

      Os lhycans seguem a risca a regra do mais forte sobrevive. Se um lhycan não tem condições de conseguir seu próprio alimento, então que se lasque. Ninguém ajudará. Porém, são uma alcateia e eles cuidam dos seus.

      A cada lua cheia há uma grande caçada. Caçadores perseguem a presa por uma semana até ser encurralada pelos batedores. Fêmeas, machos, Deltas, Bhetta ou Alpha, quem quiser, irá caçar. Mas não uma caça pequena… não. Longe disso. Eles caçam os gigantes de Hyfhyttus. Animais que estendem-se por mais de 20 metros de altura. Criaturas que precisaria mais do que duas dúzias de caçadores para ser morta.

      E Katharyna ficou impactada quando a viu, ao lado da fogueira. Assemelhava-se a cervo. Mas havia bico de pato nos lábios. A pele era acinzentada como os de uma rocha ou um largado. Os olhos abertos e sem vida de um réptil. Havia cascos em sua, paras o que indicava um herbívoro. A cauda era longa e comprida, tão grande que poderia cobrir todo o comprimento do fosso onde mulheres dançavam loucamente ao centro.

      Sim. Aquilo parecia um fosso ou, uma arena. Uma arena profunda, cheia e lotada onde música alta de tambores de couro tocavam. A melodia selvagem como de bárbaros.

      Katharyna foi guiada pelas gêmeas por baixo de uma ponte arrochada perfeitamente desenhada. O entalhe de uma meia lua refletia o brilho da própria lua na prata pura. Acima, cinco grandes feras encarava a humana inclinados. Os dentes expostos e rosnando baixo.

      Katharyna segue abaixo deles. Abaixo daqueles olhos brilhantes que fazia sua perna estremecer. O vento bateu sobre seus cabelos trançados e carregou seu cheiro.

      Então, os lobos acima da passagem ergueram suas cabeças e uivaram para a lua. E toda música parou. Toda a dança, toda a agitação silencioso-se apenas para cinco uivos em sintonia.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora