C A P Í T U L O 87

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     Sem gritos…

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     Sem gritos…

     Sem dor…

     Tudo está em absoluto silêncio. Katharyna havia parado de deixar os animais da floresta surdos…

     Mas, em algum lugar daquela vegetação densa… lá está ela.

     Jæysøn̶ sente. Como Alpha… ele sabe que há uma intrusa naquelas terras.

     Então o feroz lobo ergue a cabeça, levanta o focinho e uiva. Uiva alto, chamando-a… enganando-a para vir em sua armadilha.

     Para as garras do macho Alpha!

     E sabe que ela escutou. Mesmo não tendo uma compreensível resposta — mesmo deixando o Alpha… o Alpha sem resposta — Jæysøn̶ sabe que ela ouviu.

     Suas audições sensíveis captam o chamado. O instinto de que ele está com o filhote fará a loba vir correndo em sua direção passando por qualquer criatura de Hyfhyttus.

     Antes ela era uma presa fácil…

    Mas agora… continua sendo a presa fácil do Supremo Alpha.

    Ela veio. Lobinha ingênua!

    O Alpha estava contra o vento acima da mesma cachoeira em que o traidor fora revelado. Acima da rocha que dá origem a água em que Relíquia mergulhou atrás de sua predestinada… morta.

     E ele sente o cheiro da loba. Sente sua presença mais próxima deixando-o excitado. Está mais forte… como uma lhycan.

     Seu membro lupino pulsa abaixo de sua barriga. O tesão de sexo o domina mesmo na forma animalesca. E a loba continua vindo… esmagando galhos, esfregando-se nas árvores e rosnando ao ficar presa em algum lugar. Toda desajeitada… mas vem!

     Então… ele a vê…

     Ela parcialmente se entala ao passar por duas árvores extremamente próximas uma da outra. E rosna para a madeira como se fosse a culpada de estar nesta situação. Ela arranha e busca impulso para frente.

     O que deveria ser um salto termina com ela tropeçando e batendo a cabeça no chão. Ela levanta, brava e chacoalha aquele pelo branco.

     Ou melhor, que deveria ser branco…

     As patas estão sujas de lama. Há folhas e galhos presos no pelo e a bunda está suja. O que faz o Alpha imaginar o escorregão que aquela loba deu para cair de bunda — mesmo tendo quatro patas — no chão.

     Ela encara o lobo acima da cachoeira, grande, poderoso… perfeito. Tão negro quanto a noite sem estrelas. Os olhos vermelhos como o sangue sendo destacados. E firme em sua postura arrogante.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora