— Ka-Katherine? — Katharyna chamou apreensiva pela mulher a sua frente. Ela enrijeceu. Estava sentada na mesa de refeição e engasgou com a comida.
Começou a tossir e, após recompor-se, virou-se para a mulher atrás de si.
O olhar de ambas se encontrou e Katharyna a reconheceu. É como se visse Kathwhen em sua frente. O olhar castanho a encarando enquanto desenhava. Os lábios que tanto sorria e as palavras gentis.
Os olhos de Katharyna lacrimejaram. A assombrosa semelhança. E, inclusive, da última vez que viu Kathwhen com vida. Era noite de tempestade. E ela acariciava sua barriga, encarando o céu.
Katharyna a chamou.
— Não consegue dormir?
— Tive um pesadelo… — Sussurrou. Kathwhen sorriu sem ânimo. — Está esperando ele?
— Talvez chegue tarde demais. — Katharyna teve a impressão de que sua irmã estava chorando. E não se lembra das palavras que trocaram no minuto seguinte. Mas lembra-se perfeitamente dela dizendo. — Eu te amo tanto, Katharyna.
E agora, Katherine está em sua frente.
— K-Katharyna? — Mesmo a voz… idêntica.
Tudo ao seu redor gira, ela perde completamente a compostura e cambaleia para trás. Jæysøn̶ rapidamente se adianta ao pegá-la.
E sem forças para se manter em pé, ele a coloca numa cadeira. Logo, serve água a um cálice de ouro. Bebe do liquido antes de servir-la.
Katharyna treme. Mal consegue segurar o cálice. Estremece completamente. E Jæysøn̶ tem que colocar em sua boca, ajudando a ingerir de pouco em pouco.
Ele pressiona sua pele, avalia a temperatura e até sua pulsação. Katharyna está gelada… praticamente.
Com a cadeira sendo espaçosa, ele se senta ao seu lado e a aquece com seu próprio corpo ainda ajudando-a ingerir a água. Em alguns minutos, ela estava melhor. Mas se recusava a deixar os braços do companheiro.
Como se, o que perseguia Kathwhen, perseguisse ela.
Então ela abraça o Alpha necessitando de sua proteção e conforto. E ele não a nega. Procura acalmá-la com carícias no cabelo trançado.
— Achei que estivesse morta… — Disse em tom baixo.
Katherine estava sentada, encarando-a completamente sem palavras. Observa como sua irmã está nos braços daquele homem. Como ele cuida, aparenta protegê-la e a alinha ao seus músculos expostos.
— Adoraria estar. — Disse sincera. E tanto Katharyna, quanto Viggø, no fundo da sala, a encarou.
— Onde esteve? — A voz de Katharyna estava embargada. Os olhos prestes a chorar, como se tivesse sido abandonada.
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Escravizada pelo Alpha - A Profecia
WerewolfSol e Lua... Humanos não são apenas daltônicos por não enchergar as mudanças da lua; Eles são orgulhosos, abusivos, destruidores e defeituosos por não sentir as mudanças do sol. Foi nesse mundo que ela nasceu... Sua avó costumava contar histórias an...