C A P Í T U L O 69

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— Ka-Katherine? — Katharyna chamou apreensiva pela mulher a sua frente

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— Ka-Katherine? — Katharyna chamou apreensiva pela mulher a sua frente. Ela enrijeceu. Estava sentada na mesa de refeição e engasgou com a comida.

     Começou a tossir e, após recompor-se, virou-se para a mulher atrás de si.

     O olhar de ambas se encontrou e Katharyna a reconheceu. É como se visse Kathwhen em sua frente. O olhar castanho a encarando enquanto desenhava. Os lábios que tanto sorria e as palavras gentis.

     Os olhos de Katharyna lacrimejaram. A assombrosa semelhança. E, inclusive, da última vez que viu Kathwhen com vida. Era noite de tempestade. E ela acariciava sua barriga, encarando o céu.

     Katharyna a chamou.

— Não consegue dormir?

— Tive um pesadelo… — Sussurrou. Kathwhen sorriu sem ânimo. — Está esperando ele?

— Talvez chegue tarde demais. — Katharyna teve a impressão de que sua irmã estava chorando. E não se lembra das palavras que trocaram no minuto seguinte. Mas lembra-se perfeitamente dela dizendo. — Eu te amo tanto, Katharyna.

     E agora, Katherine está em sua frente.

— K-Katharyna? — Mesmo a voz… idêntica.

      Tudo ao seu redor gira, ela perde completamente a compostura e cambaleia para trás. Jæysøn̶ rapidamente se adianta ao pegá-la.

     E sem forças para se manter em pé, ele a coloca numa cadeira. Logo, serve água a um cálice de ouro. Bebe do liquido antes de servir-la.

     Katharyna treme. Mal consegue segurar o cálice. Estremece completamente. E Jæysøn̶ tem que colocar em sua boca, ajudando a ingerir de pouco em pouco.

     Ele pressiona sua pele, avalia a temperatura e até sua pulsação. Katharyna está gelada… praticamente.

     Com a cadeira sendo espaçosa, ele se senta ao seu lado e a aquece com seu próprio corpo ainda ajudando-a ingerir a água. Em alguns minutos, ela estava melhor. Mas se recusava a deixar os braços do companheiro.

     Como se, o que perseguia Kathwhen, perseguisse ela.

     Então ela abraça o Alpha necessitando de sua proteção e conforto. E ele não a nega. Procura acalmá-la com carícias no cabelo trançado.

— Achei que estivesse morta… — Disse em tom baixo.

     Katherine estava sentada, encarando-a completamente sem palavras. Observa como sua irmã está nos braços daquele homem. Como ele cuida, aparenta protegê-la e a alinha ao seus músculos expostos.

— Adoraria estar. — Disse sincera. E tanto Katharyna, quanto Viggø, no fundo da sala, a encarou.

— Onde esteve? — A voz de Katharyna estava embargada. Os olhos prestes a chorar, como se tivesse sido abandonada.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora