Seu pulso coça, os pés doem e os músculos pesam. Ao tropeçar em uma raiz, cai no chão, machucando sua sensível carne humana. A dor é grande e o cadeado não permite que levante. Ouve alguém chamar por si. É Lúcios, um dos filhos do líder de nossa aldeia. Ele tocar em seu ombro
— Estás bem?
Não há resposta. Ela permanece quieta. Água. É algo que faz falta desde o momento em que deixou a aldeia acorrenta, sendo levada por essa carruagem.
"Escravos"… Foi o que afirmou o homem.
O quão cruel é a vida? Qual a maldita razão de viver?
Ela lembra-se perfeitamente dos gritos. O homem elevou a voz e declarou a serventia da aldeia para seu novo rei. Cada homem foi escravizado. Cada criança foi pega. As mães que lutaram por elas… ela lembra-se do que ouve. Foram chamadas de alines; aryas e, na frente de todos, violentadas.
Nem mesmo ela que recuperava-se doente escapou. Sua casa modesta casa de madeira não impediria uma fera de quase dois metros arrebenta-la. E não impediria-os de estraçalha-la.
Mas algo incomum atraiu a atenção das feras.
Um homem sem vestimentas superiores, trajando elegantemente apenas uma calça e uma bota aproximou-se. Havia um ar de arrogância em seus olhos dourados. Sua carne é pintada de símbolos tribais e de suas correntes ele a prendeu. Admirou sua beleza e gritou ordens duras e firmes.
As palavras proferidas eram sons irreais ao ouvido da humana. Sequer tentaria pronunciar uma única combinação sem o risco de invocar um demônio. E, pensando bem, talvez até mesmo o próprio demônio a ajudasse a tentar pronunciar o idioma daquele escravista.
Mas sua avó entendeu.
E quando puxaram sua neta, ela praguejou e afirmou:
— Minha neta não é escrava!
Imediatamente a idosa ganhou o foco de todo escravista presente. A pele é branca, enrugada e marcada pela idade de mais de meio século. Os cabelos loiros perdem-se no branco da idade. Os olhos são azuis, contudo, o cheiro é claro. É uma humana.
Uma humana não é capaz de pronunciar o idioma lhycantropico. Mas é capaz de entender se conviver o suficiente com uma alcateia. E mesmo assim, seria necessário uma criação especial.
— Quem é você? — Perguntou naturalmente em seu idioma querendo a certeza de há uma comunicação. E houve;
— Eu sou Kathe Demarttel, última sobrevivente de uma alcateia do Alpha da Noite Dylan Rucker. — Confiante, ela dá um passo à frente e puxa seu vestido de modo que mostre seu ombro. Um símbolo equivalente a uma meia lua é exposta. Foi trabalhado a mão, de fato. E o significado é mais do que um desenho. — Eu era uma adolescente. Faltava pouco para juntar-me ao bando quando foi exterminado. E ela, minha neta, é descendente desse massacre!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Escravizada pelo Alpha - A Profecia
WerewolfSol e Lua... Humanos não são apenas daltônicos por não enchergar as mudanças da lua; Eles são orgulhosos, abusivos, destruidores e defeituosos por não sentir as mudanças do sol. Foi nesse mundo que ela nasceu... Sua avó costumava contar histórias an...