C A P Í T U L O 36

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     Arrependimento

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     Arrependimento. É isso que Katharyna sentia.

     Lobisomens não são seres de mentira, mas são traiçoeiros. A mínima palavra errada pode custar muitas coisas em um acordo. E suas exatas palavras ao mais perigoso das feras foi " Então aceito ser sua mulher".

      As vantagens que ele poderia tirar dessas palavras são amplas e traiçoeira. Katharyna estava encurralada e arrependeu-se severamente quando notou o que disse. E imediatamente buscava uma forma de compensar o maldito erro.

      Mas o Supremo apenas a encarava. Nenhuma alteração no olhar esverdeado. Os músculos calmos e a arrogante dominância impregnada no ar. Ele não demonstrava nada. Sequer parecia importar-se.

      Contudo, aproximou-se. E foi esse gesto que a calou. Ela baixou o olhar. Mas era seus olhos que ele desejava ver. Então pegou em seu queixo e forçou-a erguer a cabeça. As garras negras acariciando sua pele.

      Nada foi dito. Eles apenas encararam-se por longos minutos. As malditas palavras "então aceito ser sua mulher" rodeava sua mente. As vantagens e desvantagem. Ela conseguiria aguentar aquele homem? Ser mulher dele?

      Ele é um Titã e ela uma humana. Provavelmente irá desejar herdeiros. Irá desejá-la em sua cama já que Katharyna não o quer com outras. O problema é que ela não quer…

      Ela quer um homem em tudo, exceto na intimidade do prazer e da procriação. Teria sido uma boa jogada? Exigindo respeito de suas decisões e escolhas, ela poderá negá-lo na Lua de Sangue.

      Ela pode negar-se a tomar banho! Talvez não seja tão má esse suposta acordo, afinal…

— Qual o seu nome? — Sussurrou.

     O Supremo estreitou o olhar para seus lábios. Quando voltou a encarar os olhos castanhos, sua íris estava azul. A garra negra escorregou pelo maxilar e seu rosto aproximou-se. Seus lábios foram selados, mas ele não a beijou.

— Tudo ao seu tempo, princesa. — Um beijo na testa foi tudo que Katharyna recebeu antes de escutar um arroto atrás de si. O cão d'água havia terminado de comer.

      O Supremo permitiu que ela interagisse com a criatura por mais alguns minutos antes de levá-la de volta a floresta. Ele guiou-a até uma deserta formação rochosa em frente ao mar onde a mantém junto de uma fogueira e comida.

— De onde isso veio? — Perguntou ao encarar a carne no espeto que sua mão segura. Tudo já estava pronto depois que chegaram. O Alpha apenas estendeu sua para o mar. O ouro de seu antebraço reluzindo a luz.

     A luz das algas transparência pela água até o arredor das praias. O lugar tinha uma vista privilegiada de todo seu mundo. As criaturas nadavam em ritmo perfeito. 

— Nunca comi peixe. — Murmurou e permaneceu em silêncio por um tempo até ouvir calmo do homem à sua frente. Ele estava encostado em uma pedra e segurava um graveto cuja carne havia levado a boca.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora