C A P Í T U L O 14

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     O dia já havia amanhecido quando Katharyna abriu os olhos ainda recordando do que ouve durante a noite

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     O dia já havia amanhecido quando Katharyna abriu os olhos ainda recordando do que ouve durante a noite.

     Ela leva sua mão até o pescoço onde as mãos dele se formaram. E quando foi solta, não perdeu tempo em correr para debaixo dos cobertores onde chorou compulsivamente. Chorava de medo, raiva e angústia ao ser expostas a uma situação como essa em um lugar onde não conhece ninguém.

     Chorou tanto que perdeu a noção do tempo e mal notou a presença de tudo que dava-lhe medo durante aquela madrugada. O fogo na lareira estava mínima, contudo, durante um certo momento a paz veio após seu desabafo e o sono a consumiu.

     Ele estava encostado na parede no lado de fora, encarando a porta. Não entraria e apenas ficou ouvindo-a. Quando o fogo da lareira apagou-se, Katharyna já dormia.

     Mas a imagem dele ainda estava em sua mente juntamente com seus olhos verdes.

     Verdes

     Não parava de pensar nele e em sua pose arrogante e autoritária. Forte e poderoso, ele a intimidava. Mas algo incomum a afetava. Seu seio eriçou e sua intimidade contraiu-se em arrepio ao recordar, não uma, mas várias vezes dele. Os cabelos negros, os olhos tão claro que quase chega ao branco, a pele morena e toda masculinidade que exala em meio sua confiança e perigo.

     Mas nem tudo é agradável. Ele tem garras retráteis e perigosas. Músculos para esmagar e matar com um único soco. Seus olhos não tem emoção alguma. É rápido e preciso como um predador que exala violência e perigo.

     E com essa sensação de fragilidade, o mesmo sonho de sempre percorreu a sua mente.

     Não

     Ela lembra-se de seu pavor.

     Está sem fôlego…

     Mas contínua!

     Corre desesperadamente pela densa floresta escura. Os galhos das árvores cortam-lhe e rasgam suas vestimentas. Seus músculos doem. Mas não para. Está cansada e ofegante. Escuta rugidos atrás de si, mas não atreve-se a olhar.

     Fica perdidas em pensamentos enquanto corre. Não importa o fôlego, só queria correr. Mas não conseguia deixar de perguntar-se; Por quê?

     Desde a adolescência sempre perguntava-se; Para onde realmente vão as almas após a morte? Qual o segredo escondido por trás da vida? Qual o seu propósito?

     Katharyna tropeça em uma raiz. A dor no tornozelo arranca um grito de sua garganta quando vai ao chão. Além de torcer-lo, cortou. O sangue escorrega pela carne branca e frágil e o cheiro vaga pela floresta até às narinas da fera.

     Qual o desconhecido que aguardava-lhe após sua morte? Sempre perguntava-se.

     Pergunta-se em seus devaneios. E como sempre, acordou sobre as imagens dos dentes afiados e ferozes de um grande fera pulando para abocanhá-la.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora