C A P Í T U L O 56

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     No resto daquele dia, Katharyna ficou com sua avó

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     No resto daquele dia, Katharyna ficou com sua avó. Até mesmo se recusou a dormir no quarto do Supremo.

     Por uma bondade misteriosa, ele aceitou. Temporariamente.

— Ele não tem sentimentos, vovó. — Katharyna sussurrou. — Sinto tanta falta da mamãe mesmo não a conhecendo. Sinto por meus irmãos…

— Ele é um Titã, pequena.

— Ele disse que mataria o próprio pai se estivesse vivo. — Katharyna estava indignada com aquilo.

     Enquanto seu coração arde por saudade, pela falta que sente de seus familiares, Jæysøn̶ Ådamhs demonstra nada além de violência contra aquele que o criou.

— Você sabe como foi a convivência dele com o pai, Katharyna? — Mas a pergunta de Kathe Demarttel a alertou e aguçou sua curiosidade.

     O franzir confuso de sua testa era uma resposta mais do que suficiente.

— Você não sabe nada sobre a vida dele. — Afirmou. — Sabe o nome?

— Sim. Não consigo pronunciar então ele me deixa chamá-lo de…

— Pela Lua, não termine! — Kathe saltou com a possibilidade de receber um conhecimento que a levaria a morte. — O sopro de Nykhall não deve passar por mim hoje, Katharyna! Está louca? Ele me mata sem a menor consideração. E você já percebeu o quão cruel ele é.

     As bochechas de Katharyna ficaram vermelhas. Tanto que a humana encolheu-se e sorriu de vergonha.

     Ela só conseguiu dizer:

     O Supremo havia a prevenido sobre o que faria de ela desse um sinal de que indicasse seu nome verdadeiro. Apenas ela, Katharyna Demarttel tinha sua permissão para saber. Para chamá-lo com essa intimidade — mesmo que pronunciada errada — para seus ouvidos escutarem apenas sua voz ao dizê-lo.

     Ele mataria qualquer outra pessoa mesmo sua avó se ela contasse.

— Você sabe que ele é cruel. Ele mataria o próprio pai. O que acha que ele iria fazer comigo? — Katharyna não queria pensar nisso. Mas percebeu um leve suor nas têmporas da senhora. A possibilidade de saber o nome dele não a assustou. A aterrorizou.

     Por mais belo e bonito que seja. Deu-lhe pavor.

— Desculpe.

— Eu deveria colocar-la ajoelha no milho por quase me matar, Katharyna! — A avó não era louca de fazer aquilo. É então que garantiria sua morte. Mas blefar fez a humana entender a gravidade da situação. — Você realmente sabe que ele é cruel. Mas ainda não tem noção do perigo, certo?

— E que… ele é tão bom comigo. — Katharyna sorriu docemente ao relembrar do tempo em que passaram na floresta. De como ele enterrava a neve e encolhia-se a ela para dormir. Ou como ele chegava no meio da noite e deitava próximo a ela.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora