"Supremo". A palavra não deixava sua mente conturbada por histórias que recebia de sua avó.
Supremo Alpha…
Lhycans…
Sempre adorava ouvir as histórias de grandes feras que tinham forma humana. Muitos os chamavam de bestas e pragas enviadas pelo demônio, contudo é apenas uma forma de recusar a reconhecer sua soberania. Cinco raças, todas lideradas por um governo de uma hierarquia rígida e perigosa.
O mais forte sobrevive. É a regra natural de sua forma de viver. Uma sociedade tão perigosa que até mesmo os próprios membros vivem sobre a pressão das consequências de sair da linha. Um povo corajoso e audacioso que aprendem desde cedo o preço de ser parte de uma das mortais sociedade existente.
Um lugar que não tem espaço para diferenças de gênero. Simplesmente você é fraco se for fraco e será condenado por ser fraco. Mulher ou não, homem ou não todos são tratados como iguais. E se sair da linha, ninguém terá piedade por ser uma grávida prestes a parir ou um doente incapacitado. Pois todos conhecem a selvageria de seu mundo.
Uma selvageria de uma sociedade dominante liderada por oito grandes alcateias. Sua avó a comparava a reinos marcado com poder espelhados por todo o mundo em uma forma letal e objetiva de manter a ordem e o poder. Sete grandes reinos com uma liderança genuína. Alpha Genuíno. É como ela os chamava.
Sete grandes Alphas Genuínos. A liderança máxima auxiliado por conselheiros de guerra, estratégia, armadilha e qualquer outro talento que possa vir. Três conselheiros chamados de Bhetta Genuínos.
Sua avó contava que apenas eles tinham o privilégio fornecido pelos deuses, onde apenas os grandes honrados teriam esse presente; reencontrar seu grande amor, predestinados por um laço invisível mas inquebrável.
Um povo tão perfeito que vive abaixo de uma tirania incontestável. A oitava e última alcateia. A mais perigosa e mortal dentre todas as demais. Tão letal que sua autoridade levou o massacre de muitos povos em milênios.
Dentre eles, os poderosos dragões que sobrevoavam as terras mágicas de onde vieram. Onde os deuses dançam aos céus, os espíritos vagam sobre os ventos e sobre beleza genuína, a terra brilha a noite. A água floresce em cores luminosas de azul, verde, vermelho, lilás, dourado e todo tipo de cor viva. E as plantas… tão perigosas quanto belas portando seu próprio sol na seiva venenosa e curativa.
Tanta magia, tanta beleza… porém tão mortal como dragões que dominanvam os céus antes de, um por um, caíram sobre o poder titânico de um Supremo. O Supremo Alpha.
O líder máximo de todo o povo. O líder Supremo portador de um poder devastador de destruição e ferocidade titanica. A Suprema Alcateia, liderada pelo Supremo Alpha e seus quatro conselheiros; um Bhetta de R𝖍ǝēll, o inteligente; um Bhetta de Sangue, o feroz; um Bhetta de Zraæfዘs, o veloz; e um Bhetta de Fenrir, o traiçoeiro. Não que Katharyna conseguisse falar com precisão os nomes, mas a ideia da pronúncia ressoava em sua mente cada vez que sua avó acertava na fala. Isso foi apenas três vezes em dezenas de tentativas falhas.
É assim que sua avó disse entendê-los. O idioma licantrópico é único e complexo que vai muito além do verbal. Os sons são de frequência única devido as minúsculos músculo na garganta e cordas vocais. É incapaz de pronunciar tal idioma.
Mas o som de suas vozes, cada aumento sonoro e as mínimas controvérsias das palavras podem ser aprendendido na convivência necessária. Ela entende o que dizem. Mas não é biologicamente capaz de falar. Como se fosse uma mulher que nasceu sem falas aos seus lábios mas tem os ouvidos perfeitamente audíveis.
E assim, ela contava as histórias. Katharyna sempre adorou mas parte dela ainda duvidava da originalidade. Será que sua avó não é como o povo descrevia; uma velha louca?
Mas uma parte dela queria acreditar. Queria que realmente existisse algo além de humanos. Foi quando sua irmã mais velha veio a falecer e as palavras daquela dada como bruxa tornaram-se ameaça de morte. As bestas vieram de modo tão feroz que Katharyna sentiu medo da mulher que a criava.
"Humanos são os verdadeiros monstros. Tudo ficará bem, Katharyna." Foram suas palavras no calento da noite sobre um feroz ataque. É nisso que ela queria acreditar.
Ainda quer acreditar. Mas como fazer isso quando é tratada como objeto? Sente falta de sua avó, de suas histórias. Nunca achou que sentiria falta de alguém daquela aldeia. A solidão é profunda e só consegue sentir raiva das mulheres curandeiras.
Foi ignorada completamente a cada pergunta que fazia. Recebeu olhares que a deixava desconfortável. Como uma mercadoria. Uma escrava. E sentia medo de ser avaliada como tal. Não aguentaria viver de tal modo.
E assim, quando a noite caiu após do dia seguinte, durante seu sono elas retornaram. E com elas trazia um cálice contendo uma bebida avermelhada. Facilmente lembrava o vinho devido a cor uvada. Elas mandaram-na beber da excencia. Mandaram, não pediram. Katharyna reparou nessa diferença.
Incomodou-se e sentiu vontade de rejeitar. Mas quando uma das irmãs da matriarca abriu a boca e informou-a sobre a melhora que teria, Katharyna segurou a taça com toda a ajuda da mulher. O utensílio é de prata e pesava em suas mãos bambas. Mas ingeriu sua excencia salpicada e doce. Como uva. Era delicioso.
A matriarca aproximou-se da humana na cama. O queixo erguido e o corpo ereto exalando arrogância. Fez menção de toca-la, mas ela recuou. Já não mais queria ser tratada como objeto.
— Preciso examiná-la. — Informou. Ela sequer pediu. Katharyna não conseguiu resistir e retorceu seu nariz antes de pirratear:
— Em mim você não toca. — Foi inevitável a feição de surpresa no rosto da matriarca pela audácia da humana. Katharyna estava determinada a fazer essas suas principais palavras antes de ignorar completamente a mulher.
Poderia ser considerada a uma criança birrenta com o pequeno bico nos lábios e os braços cruzados. Estava orgulhosa e, como pretendia, ignorou todas-a. Claramente uma revolta pelo último encontro.
Mas temeu o rosnado da mulher em direção a ela. Recuou de medo e, assim, todo seu corpo enrijeceu em alerta instintiva. Agora Katharyna queria que ela afastasse-se e mais do que nunca repudiaria seu contato.
Mas a matriarca foi parada por uma de suas irmãs. É 乇hęnzh, a segunda mais velha. Encarou sua irmã e disse:
— Pretende trazer a ira do Supremo sobre sua alma? — Então ela recuou. Recuperou a compostura orgulhosa e saiu do quarto sem dizer uma única palavra. Assim, suas irmãs a acompanhou.
A humana ainda é a predestinada ao Supremo. E se algo interferir em seus planos em relação a ela, pobre alma a sentir sua ira. Mulher ou não, ninguém teria sua benevolência e muito menos piedade. Não é de seus costumes.
Sልtth, a matriarca recorreu ao Supremo informando-o da rebeldia de sua escrava. O Alpha nada demonstrou através do escuro da calada dá madrugada. Como seu pai e o pai dele antes dele, nenhuma emoção fora demostrada em seus olhos quando encarou-a. Viu a raiva da lhycan na situação quando abriu sua boca para que apenas uma ordem saísse:
— Deixe-a.
Que Sልtth aturasse Katharyna. O Supremo não tinha interesse algum nela que não fosse a saúde e sua fertilidade. Não poderia morrer antes de ser mais intimamente examinada.
E se Katharyna está incomodada que as curandeiras a examine, mal tem ideia do que o Supremo pretende a ela.
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Escravizada pelo Alpha - A Profecia
LobisomemSol e Lua... Humanos não são apenas daltônicos por não enchergar as mudanças da lua; Eles são orgulhosos, abusivos, destruidores e defeituosos por não sentir as mudanças do sol. Foi nesse mundo que ela nasceu... Sua avó costumava contar histórias an...