C A P Í T U L O 39

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     Peixe

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     Peixe.

     Katharyna não sabia que amava tanto peixe quando o teve em sua frente. Um enorme peixe de um metro seria sua refeição. A carne assada, o cheiro atraente. Sua boca salivou.

     E ela atacou o animal. Não pensou muito em manter os restos de bons modos ao saborear a carne. E pareceu esquecer que o Supremo estava em sua presença observando tudo.

     Em uma forma de recuperar o volume natural dos cabelos, eles foram inteiramente trançados e posto para trás da orelha por uma faixa branca. As tranças tinham a largura do dedo mindinho de uma criança e traçava suas curvas magrelas na ceda igualmente branca.

     Mas todo o glamour da beleza da humana se perdeu quando ela sentou-se relaxada no lugar. E mal usava os talheres assim que a carne estava em seu prato.

     Sem modos e sem educação. O Alpha mal tocou na comida e ficou observando-a. Até ela se incomodar e perguntar:

— O que foi? — A boca estava cheia quando perguntou e o Alpha arqueou uma sobrancelha. Katharyna engoliu o alimento e correspondeu o olhar. — Não vai comer?

     O Alpha não respondeu. Os olhos azuis continuavam fixo em sua face. Os braços permaneciam cruzados acima do peito musculoso. Katharyna afastou o prato.

— Sabe falar? — Nenhuma expressão mudou. E Katharyna desviou o olhar para a janela. A auroras boreais brilhavam em tons de roxo, vermelho e azul acima da floresta fluorescente.

     Ela lembrou-se do quão diferente é seu mundo humano. Tão sem vida, escuro. Não apenas parece uma terra morta em comparação a Hyfhyttus, mas parece podre. Terras Podres é como chamam. E talvez com razão.

     Humanos contaminam a terra, queira ela ou não. Mas também não conseguia esquecê-los.

— O que fez com Maria? — A escrava que ele puniu simplesmente por cuidar mais do que o permitido de Katharyna.

     E o Alpha não gostou da pergunta. A possessão dos lobisomens é violenta. Muito mais quando o suposto relacionamento não está definido. O macho passa a querer mais a atenção de sua pretendente e não tolera tipo algum de concorrência.

     Katharyna o encarou hesitante, mas ansiando por uma resposta. O olhar do Alpha ficou levemente lilás pela mescla de azul e vermelho. Mas logo retornou a coloração normal.

— Trabalhando como um macho humano.

— Ela não é um homem! — Katharyna exaltou-se.

— E humanos não são homens.

     Machos… homens. Katharyna parou um momento para processar sua fala. Lobisomens são extremamente cuidados com o que falam. Macho, para eles, é quem tem um pênis entre as pernas. Aquele que engravida mas não pare. Homens, por outro lado, são seres honrados e dignos de respeito e grandeza.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora